Marcelo, Daniel Alves e Maicon têm desempenho discreto na Seleção. Especialistas na posição, Júnior e Roberto Carlos veem influência do esquema de jogo de Felipão
Maicon, que nesta Copa ganhou a vaga de Daniel Alves nas quartas de final, fez um e deu passe para outro em 2010. Cafu foi autor de uma assistência em 2002 e duas em 2006. Roberto Carlos deixou sua marca com um belo gol de falta em 2002. E até nomes menos badalados como Júnior (ex-Palmeiras), Cicinho e Gilberto tiveram seus momentos de glória nas Copas mais recentes.
Em 2014, porém, o que se viu foram atuações longe de empolgar. Apontados como importantes armas da equipe de Felipão, Marcelo e Daniel Alves foram discretos. Após ganhar a vaga do titular, Maicon praticamente não alterou o panorama. Reserva de Marcelo, Maxwell sequer entrou - foi o único dos 20 jogadores de linha a não atuar até agora.
- O esquema da Seleção fez com que eles tivessem menos liberdade do que nos clubes em que atuam, onde têm liberdade para atacar. Foram muito burocráticos, e isso afetou também a parte individual. Eles seguiram uma determinação, e isso refletiu no desempenho bem diferente do da Copa das Confederações, por exemplo. Tirando o bom primeiro tempo contra a Colômbia, todos os jogadores, não só os laterais, tiveram um rendimento decepcionante - analisou Júnior, titular da lateral esquerda do Brasil nas Copas de 1982 e 1986 e hoje comentarista da TV Globo.
Maicon, Daniel Alves e Marcelo:
atuações sem brilho nesta Copa
do Mundo (Foto: Editoria de Arte)
Nas Copas de 2002 a 2010, foram oito os gols do Brasil criados a partir de passes de laterais (veja o vídeo abaixo). Este ano, Marcelo até contribuiu com duas assistências (contra Camarões e Alemanha), mas fez um gol contra na estreia. Daniel Alves foi muito explorado pelos rivais e, por seu setor, Camarões e Croácia conseguiram criar seus gols na primeira fase. Com cinco chutes a gol, não balançou a rede e tampouco deu qualquer assistência.
Pentacampeão com a Seleção Brasileira, o ex-lateral-esquerdo Roberto Carlos evitou comparar a equipe atual com a de 2002 e afirmou que o jogo dos laterais na Copa não funcionou na prática:
- No papel, eles chegarem bem, mas nada saiu do jeito que a gente queria. O Daniel Alves e o Marcelo sempre foram muito ofensivos e ficaram mais presos. Muita gente tenta comparar a Seleção do Felipão atual com a de 2002, mas não tem como. Naquela equipe, existiam líderes mais experientes e era um futebol diferente. No futebol de hoje, é difícil ver um sistema de jogo bem definido e isso dificulta para os laterais saberem o momento certo de atacar ou de ficar mais na defesa. É complicado para analisar longe do campo - afirmou Roberto Carlos, que também comenta a Copa na TV Globo.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2014/07/timidos-laterais-ficam-muito-aquem-de-antecessores-em-copas-recentes.html
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