Treinador, que recusou convite em 2010 para assumir vaga de Dunga, ressalta que se a opção for por um estrangeiro, só dois nomes servem: Guardiola e Mourinho
Muricy não é contra estrangeiro na Seleção, mas só se for Mourinho ou Guardiola (Foto: Marcos Ribolli)
A
decepcionante atuação da seleção brasileira na semifinal da Copa do Mundo
aumentou e muito a pressão pela troca no comando da equipe, que hoje é dirigida
por Luiz Felipe Scolari. Muricy Ramalho, hoje técnico do São Paulo, é um dos
nomes comentados nos bastidores. Nesta sexta-feira, o treinador concedeu
entrevista coletiva, disse que se for chamado topa conversar, mas que vê Tite, que
atualmente está sem clube, como a bola da vez para assumir a equipe, caso Felipão saia.
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Primeiro é preciso dizer que existe um treinador lá, que está trabalhando.
Antes da Copa, todos falavam que a comissão estava fazendo tudo certo. Se não
permanecer, acho que a bola da vez é o Tite, que foi o último técnico aqui a
conquistar grandes títulos. Está preparado, já provou sua capacidade. Volto a
dizer, ainda existe um treinador lá e não sabemos o que vai acontecer. Estou
respondendo apenas o que vocês estão perguntando - disse o treinador.
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Em 2010, Muricy Ramalho recusou o convite para assumir a vaga deixada por Dunga. Ele chegou a se reunir com o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, mas não houve acordo, e a vaga acabou ficando com Mano Menezes, demitido três anos depois. Agora, se surgiu um convite, o treinador diz que aceita conversar.
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Se aparecer, a gente senta e conversa. Muita coisa precisa ser analisada. O que
menos importa é a questão financeira. Precisa ter condições de trabalho e,
principalmente, segurança para realizar seu trabalho. Não é justo um treinador
que começa um ciclo de Copa não ir até o Mundial. Se for para o Felipão ficar,
que ele continue até 2018. Caso contrário, quem assumir deve ter o mesmo prazo para
trabalhar - afirmou.
O
comandante são-paulino também abordou a possibilidade de um técnico estrangeiro
trabalhar na Seleção. Ele não se opõe à ideia, mas diz que apenas dois nomes serviriam.
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Os tops são Guardiola e
Mourinho. Acho difícil que isso aconteça. Até porque é muita coisa diferente, o
cara vai chegar e estranhar tudo, precisa de tempo para adaptação. Não adianta
pensar em estrangeiro e trazer aventureiros, que só conseguem bons empregos
porque têm ótimos empresários - analisou.
Muricy
não quis falar sobre a goleada sofrida pela seleção diante da Alemanha.
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Tudo que eu falar aqui pode soar mal e é preciso ter respeito pelas pessoas que
estão trabalhando lá. São profissionais capacitados, que ganharam Copa do
Mundo. Todos estão tristes, ninguém esperava o que aconteceu - finalizou.
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