quinta-feira, 8 de maio de 2014

Pacotão do Vasco: a volta da torcida, chuteiras diferentes e Inacreditável FC

Cruz-Maltino se garante na terceira fase da Copa do Brasil com empate em São Januário que teve Luan em noite infeliz, gol mal anulado e Yago caçado em campo


Por Rio de Janeiro

 
Cerca de nove mil torcedores prestigiaram a classificação do Vasco para a terceira fase da Copa do Brasil. Mas apesar da vaga, o desempenho não foi o esperado pelos vascaínos no empate por 1 a 1 com o Treze, da Paraíba, na noite de quarta-feira em São Januário (veja os melhores momentos no vídeo ao lado). E a partida ficou devendo em vários aspectos: os garotos não foram bem, houve falhas individuais, erro de arbitragem, jogador caçado, par de chuteiras diferentes em campo e até um gol mal anulado de presente do Dia das Mães. Cenário que terminou com um misto de vaias e aplausos.  

Reencontro e despedida
 
Depois de dois jogos com portões fechados em São Januário - ainda em função da briga nas arquibancadas na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2013 -, o Vasco, enfim, reencontrou sua torcida. O público presente de 8.623 vibrou, gritou, ficou apreensivo e no fim se dividiu entre vaias e incentivos. Foi a cena final dos vascaínos no estádio no primeiro semestre, já que o clube terá que fazer mais uma partida com portões fechados em casa e outras três a 100 km do Rio de Janeiro. A próxima fase da Copa do Brasil será só após a Copa do Mundo.

FALHAS E CHUTEIRAS
 
Até os melhores também erram. Um dos mais regulares do Vasco em 2014, Luan teve noite para esquecer em São Januário. Falhou em algumas jogadas, como no recuo equivocado para Martín Silva que originou o gol do Treze. E quando não é o dia... Mesmo melhor no segundo tempo, o defensor teve um pé de sua chuteiras rasgada e, sem outra igual para calçar, teve que jogar os últimos minutos da partida com um pé de cada cor: uma laranja e outra preta.

INACREDITÁVEL FC
 
A classificação do Vasco poderia ter sido muito mais tranquila se os jogadores tivessem acertado a mira nas conclusões. Mas de todas as 19 finalizações cruz-maltinas no jogo, uma não vai sair tão cedo da memória do torcedor. 
Após um chute forte de Thalles, o goleiro Gilson fez uma defesa estranha, e a bola correu paralela à linha do gol. No rebote, Marlon chegou a tempo de concluir contra a meta aberta do Treze, mas conseguiu acertar a trave. A falta de tranquilidade para marcar foi uma das reclamações de Adilson Batista após a partida.

dia da caça
 
Aposta de Adilson nos últimos três jogos do Vasco, o trio de frente formado pelos garotos Thalles, Marquinhos e Yago desta vez não funcionou como o esperado. Porém, dos três, quem mais incomodou a zaga do Treze foi o último. Veloz, o jovem e franzino atacante de 20 anos quase sempre foi parado com falta e terminou a partida como o jogador que mais sofreu infrações: ao todo foram 11 das 28 cometidas pelos paraibanos. O que resultou em dois cartões amarelos e um vermelho ao adversário. Se faltou o gol, ao menos foi o dia da caça comemorar a classificação.

gol (mal anulado) para a mãe
 
Dos quase nove mil presentes em São Januário, uma pessoa via pela primeira vez ao vivo o seu filho defender os profissionais do Vasco num jogo oficial. Era dona Rita, mãe de Marquinhos, um dos destaques do time nas últimas partidas. Desta vez, porém, o jovem de 20 anos não brilhou. Foi discreto, mostrou nervosismo, mas poderia ter dado de presente para a mãe, às vésperas do Dia das Mães, um gol. Aos 32 minutos do primeiro tempo, ele pegou um rebote do goleiro Gilson mandou para a rede, no que seria seu primeiro gol no time principal. Porém, a arbitragem viu um impedimento inexistente e anulou a jogada.

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