Eu comento esportes: Mãos prontas: manicure Brait prepara o Osasco na reta final da Superliga

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Mãos prontas: manicure Brait prepara o Osasco na reta final da Superliga

Acostumada a pintar as unhas das colegas de time, líbero mostra talento em salão. Adenízia aprova: 'Não é só vaidade, fortalece as unhas'

Por Joanna de Assis e Marcos Guerra São Paulo

O bloco de notas na concentração marca os horários. Entre treinos do time do Osasco ou da seleção brasileira de vôlei, as jogadoras querem um tempo com a líbero Camila Brait, a manicure improvisada do grupo. Além de bonitas, as unhas têm de ficar fortes, reforçadas por bases e esmaltes. Só assim para se manterem inteiras depois de bloqueios e defesas. Na reta final da Superliga, então, as mãos precisam estar prontas. A convite do SporTV, Camila mostra sua habilidade e vira manicure por um dia em um salão de beleza de São Paulo, tendo como uma de suas clientes a central Adenízia.

- Isso aqui é meu parque de diversões. Meu kit de esmaltes é enorme. Vou comprando, comprando e, quando vejo, tenho um monte (risos). Meu sonho é abrir um salão quando eu parar de jogar vôlei. Vou lá só para monitorar, fazer minhas unhas, meu cabelo (risos). Adoro fofocas de salão - disse Brait.

Camila Brait foi manicure por um dia

em um salão de São Paulo

(Foto: Marcos Guerra)

A líbero tagarela sem parar em meio a um turbilhão de cores de mais de mil esmaltes. Ela logo escolhe seus favoritos e se afasta dos tons de verde.

Algumas clientes olham desconfiadas e não se arriscam a pintar as unhas com a jogadora. Uma resistência que não existe no time do Osasco e principalmente na seleção brasileira.

Esmaltes ajudam a deixar as unhas fortes para
não quebrar nos jogos (Foto: Marcos Guerra)

- Quando as meninas descobriram, começaram a abusar de mim. Com certeza as que mais abusam são a Adenízia e a Sheilla. Quando viajamos com a seleção é que estou ferrada. Elas marcam hora. Falo: “Gente, eu tenho de treinar também. Minha primeira profissão é o vôlei, e a segunda é manicure”. No time, elas preferem o salão. Não sei o porquê - brincou Brait.

- Entrar em quadra com as unhas mal feitas é impossível. Se não cuidar direito, ela quebra. Unha pintada não é só vaidade. A Brait está bem cotada até demais, está muito cara (risos), mas quando pode ela quebra um galho. Às vezes você está na Ásia e não tem como ir a um salão. Temos receio também, não sabemos se é igual ao Brasil. Procuramos a Brait. Vamos improvisando um salão - disse Adenízia.

Camila Brait pintou as unhas de Adenízia

(Foto: Marcos Guerra)

Camila começou a “brincar” de manicure ainda criança. A líbero vivia pedindo para a mãe pintar as unhas dela, mas a mãe tinha de trabalhar. O jeito era a garota mesmo pegar os esmaltes e se aventurar. Os dedos ficavam todos borrados, mas a habilidade melhorou muito com a prática. Bom para o Osasco, que pode contar com Brait para preparar o principal instrumento de trabalho das jogadoras: as mãos.

- Qualquer defesa mais forte arranha a unha. Uma vez, minha unha quebrou no meio. Ficou na carne. Eu chorava. O Luizomar (de Moura, técnico) pensava que eu tinha fraturado o dedo (risos). Com esmalte a unha fica mais forte - disse Brait.

- Primeiro, tem de manter uma boa alimentação para ficar com as unhas fortes e grandes. Eu gosto delas grandes. Muitas vezes com a bola batendo, elas quebram. Eu sempre fortaleço com uma base. Unhas compridas não atrapalham. O que pode acontecer é machucar alguma menina. Já aconteceu isso. Arranhei na hora de subir para o bloqueio - disse Adenízia.

Camila Brait também fez as unhas de

uma cliente do salão

(Foto: Marcos Guerra)

Com as mãos feitas e as unhas fortes, as jogadoras do Osasco já têm a melhor campanha da Superliga Feminina. Invictas em 28 partidas, o time vice-campeão na última temporada está nas semifinais e voltará a encontrar o rival estadual Sesi, que levou a melhor na final do Sul-Americano. A primeira partida está agendada para esta sexta-feira, às 21h30m, no ginásio José Liberatti, em Osasco. A partida terá transmissão ao vivo do SporTV, e o GloboEsporte.com acompanha tudo em Tempo Real.

- Perdemos para o Sesi na final do Sul-Americano. É recente e está dolorido ainda. Elas querem chegar à primeira final delas, e nós queremos manter nossa tradição de estar sempre na final - disse Adenízia.

Brait, Adenízia, Sheilla, Thaisa & Cia. estão com as mãos prontas para continuar vencendo na Superliga e, assim, chegar ao título.