A CRÔNICA
por
GloboEsporte.com
Luan mal tinha um ano de idade. Devia estar aninhado entre lençóis na
noite de 30 de agosto de 1995, quando o Grêmio enfrentara pela última
vez o Nacional de Medellín, conquista do bicampeonato da América. Mas,
nesta terça-feira, na Arena, que sequer existia naquela época, Luan
mostrou que cresceu. A ponto de ser capaz de devolver ao torcedor
gremista - 33.640 presentes - o sentimento guardado há 19 anos, de que é
possível pensar no tricampeonato. Está certo que é apenas o começo, não
só da carreira de Luan como da 15ª participação tricolor na
Libertadores. Mas o 3 a 0 em Porto Alegre, gols do jovem meia-atacante,
de Ramiro e Alan Ruiz, não deixa de ser promissor. Afinal, combinada à
vitória na estreia em Montevidéu, alça o time de Enderson Moreira à
liderança isolada do Grupo 6, que ainda conta com o Nacional-URU e o
Newell's Old Boys.
Numa noite não só de Luan, é verdade. Foi a vez de outros talentos que mal deixaram a adolescência brilharem. Como Wendell, Ramiro e Alan Ruiz. O primeiro gol foi polêmico, enfureceu os catimbeiros, mas também habilidosos, colombianos. Luan aproveitou lançamento do pequeno volante, que inicialmente se destinava a Riveros. O paraguaio, no entanto, optou por não participar do lance. Abriu, portanto, a brecha para o árbitro Patricio Polic validar a jogada. E para Luan se consagrar. Para quem achava que Gauchão não poderia ser parâmetro, o menino de 20 anos comprova que também pode ser o Luan da América. O mesmo vale para Wendell, o lateral cruzou para Ramiro igualmente ser recompensado pela rotina de garçom e anotar o seu, num jogo com contornos de tensão pela postura ofensiva de um rival sem medo. Aos 43 do segundo tempo, a promessa argentina Alan Ruiz, que entrara na vaga de Luan, fechou o placar.
Luan marca e recebe o carinho dos também destaques Ramiro e Wendell (Foto: AFP)
Luan, a cara do Grêmio
Papel picado decorando o campo perto das traves, torcida inflamada e um jogo duro, de três cartões amarelos por lances ríspidos em 19 minutos. O confronto começou com a cara da Libertadores. E sempre com o Grêmio pressionando. Um Grêmio, aliás, que manteve a cara da estreia vitoriosa sobre o Nacional-URU. Enderson Moreira levou ao gramado desta vez impecável da Arena os mesmos três volantes, deixando o novato Dudu no banco.
O meia-atacante, ex-Dinamo, até estava cotado para iniciar. Mas, de qualquer forma, o talento de que tanto o Grêmio precisava já estava entre os 11 eleitos. É Luan, o garoto-sensação desse início de temporada. Até o árbitro chileno apitar para a bola rolar, o jovem de 20 anos tinha um gol e duas assistências em nove partidas. Ou melhor, teria dois gols. Porque Luan é a cara desse Grêmio renovado de 2014, que estende a mão para a base e busca em casa suas soluções. Antes de marcar, no entanto, Luan mostrou que encarana o espírito da Libertadores. Fizera falta dura sobre Bernal, levando amarelo aos cinco minutos. Aos 19, o esquentado volante colombiano revidou e acabou igualmente amarelado. Eis que, finalmente, aos 28 minutos, Luan acrescenta mais esse gol a sua promissora estatística.
O gol, na verdade, nasceu com toda a cara de replay. Assim como em Montevidéu. Ramiros lançou Riveros. Desta vez, no entanto, o volante paraguaio não mergulhou na bola. Usou a cabeça de outra maneira. Refugou e dispensou o toque. Estava impedido. Luan, não. Vindo de trás, como uma lança, um raio, um meteoro. Do nada, surgiu na frente de todos. E encobriu Martínez. Golaço. Com a cara do esquema repleto de volantes voluntariosos e eficientes. Com a cara de Luan, que é promessa de bom futebol, mas também esperança de tricampeonato da Libertadores.
À moda colombiana: Nacional se joga ao ataque
Que quase virou fumaça em chute violento de Cardona, que vence Grohe, mas só balança a rede pelo lado de fora. Mas Luan não deixaria o seu primeiro tempo terminar com outro símbolo se não ele próprio. Aos 45, emendou calcanhar, tabelou com Zé Roberto e, ao dividir com o goleiro, só não marcou de novo porque o zagueiro salvou na pequena área. E o primeiro tempo terminou como começara: com os colombianos catimbando e reclamando da arbitragem, embora também tivessem mostrado bom futebol, dominando a posse de bola.
- Eu saí de trás, vi que não estava impedido - explica Luan, sobre o gol inaugural, com a sua já costumeira timidez.
- Temos que ficar com a possa de bola no segundo tempo - pediu o bom lateral Wendell.
Luan tenta, Ramiro decide
O plano, no entanto, fracassou. O Nacional voltou melhor. Empilhou chances claras de gol e parecia ter feito da Arena o histórico Atanasio Girardot. A principal oportunidade se deu logo a um minuto. Uribe invadiu a área e, ao tentar driblar Grohe, parou nos pés do goleiro. O perigo não passou. A bola aérea rival virou tormento. De tão visitante que o Grêmio se tornou na etapa final, as melhoras chances foram em contragolpes, como aos seis minutos, com Riveros lançando Barcos, que desperdiçou.
O desafogo só chegava quando Luan tocava na bola. Aos 16, atirou cruzado para Martínez agarrar. No minuto seguinte, roubou do zagueiro e cruzou para Zé Roberto tentar de voleio. Novamente, o goleiro salvou. Quando marcaram Luan, os colombianos se esqueceram de outra joia. Wendell ganhou o fundo, cruzou e aos 19 minutos, Ramiro, em chute de primeira, deixou a vida de garçom na Libertadores: 2 a 0. A Arena, receosa, voltou a pulsar. Ainda mais quando Alan Ruiz, aos 43, que entrou na vaga de Luan, fez bela jogada individual e ampliou. Para confirmar que os garotos também podem ter a cara da Libertadores e escreverem uma nova história tricolor sobre o Nacional de Medellín.
Numa noite não só de Luan, é verdade. Foi a vez de outros talentos que mal deixaram a adolescência brilharem. Como Wendell, Ramiro e Alan Ruiz. O primeiro gol foi polêmico, enfureceu os catimbeiros, mas também habilidosos, colombianos. Luan aproveitou lançamento do pequeno volante, que inicialmente se destinava a Riveros. O paraguaio, no entanto, optou por não participar do lance. Abriu, portanto, a brecha para o árbitro Patricio Polic validar a jogada. E para Luan se consagrar. Para quem achava que Gauchão não poderia ser parâmetro, o menino de 20 anos comprova que também pode ser o Luan da América. O mesmo vale para Wendell, o lateral cruzou para Ramiro igualmente ser recompensado pela rotina de garçom e anotar o seu, num jogo com contornos de tensão pela postura ofensiva de um rival sem medo. Aos 43 do segundo tempo, a promessa argentina Alan Ruiz, que entrara na vaga de Luan, fechou o placar.
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Agora, brasileiros e colombianos dão um tempo na Libertadores. O Grêmio
volta as atenções ao Gauchão, no qual lidera a sua chave nove pontos à
frente do segundo colocado. No sábado, visita o São Paulo-RS,
provavelmente com time misto. Pensará no torneio continental em duas
semanas, quando recebe o Newell's Old Boys em 13 de março. Já o Nacional
enfrenta o Pasto no domingo, em Medellín, pelo campeonato nacional.
Pela Libertadores, duela com o Nacional, do Uruguai, também em casa, dia
11.Luan marca e recebe o carinho dos também destaques Ramiro e Wendell (Foto: AFP)
Luan, a cara do Grêmio
Papel picado decorando o campo perto das traves, torcida inflamada e um jogo duro, de três cartões amarelos por lances ríspidos em 19 minutos. O confronto começou com a cara da Libertadores. E sempre com o Grêmio pressionando. Um Grêmio, aliás, que manteve a cara da estreia vitoriosa sobre o Nacional-URU. Enderson Moreira levou ao gramado desta vez impecável da Arena os mesmos três volantes, deixando o novato Dudu no banco.
O meia-atacante, ex-Dinamo, até estava cotado para iniciar. Mas, de qualquer forma, o talento de que tanto o Grêmio precisava já estava entre os 11 eleitos. É Luan, o garoto-sensação desse início de temporada. Até o árbitro chileno apitar para a bola rolar, o jovem de 20 anos tinha um gol e duas assistências em nove partidas. Ou melhor, teria dois gols. Porque Luan é a cara desse Grêmio renovado de 2014, que estende a mão para a base e busca em casa suas soluções. Antes de marcar, no entanto, Luan mostrou que encarana o espírito da Libertadores. Fizera falta dura sobre Bernal, levando amarelo aos cinco minutos. Aos 19, o esquentado volante colombiano revidou e acabou igualmente amarelado. Eis que, finalmente, aos 28 minutos, Luan acrescenta mais esse gol a sua promissora estatística.
O gol, na verdade, nasceu com toda a cara de replay. Assim como em Montevidéu. Ramiros lançou Riveros. Desta vez, no entanto, o volante paraguaio não mergulhou na bola. Usou a cabeça de outra maneira. Refugou e dispensou o toque. Estava impedido. Luan, não. Vindo de trás, como uma lança, um raio, um meteoro. Do nada, surgiu na frente de todos. E encobriu Martínez. Golaço. Com a cara do esquema repleto de volantes voluntariosos e eficientes. Com a cara de Luan, que é promessa de bom futebol, mas também esperança de tricampeonato da Libertadores.
À moda colombiana: Nacional se joga ao ataque
Que quase virou fumaça em chute violento de Cardona, que vence Grohe, mas só balança a rede pelo lado de fora. Mas Luan não deixaria o seu primeiro tempo terminar com outro símbolo se não ele próprio. Aos 45, emendou calcanhar, tabelou com Zé Roberto e, ao dividir com o goleiro, só não marcou de novo porque o zagueiro salvou na pequena área. E o primeiro tempo terminou como começara: com os colombianos catimbando e reclamando da arbitragem, embora também tivessem mostrado bom futebol, dominando a posse de bola.
- Eu saí de trás, vi que não estava impedido - explica Luan, sobre o gol inaugural, com a sua já costumeira timidez.
- Temos que ficar com a possa de bola no segundo tempo - pediu o bom lateral Wendell.
Luan tenta, Ramiro decide
O plano, no entanto, fracassou. O Nacional voltou melhor. Empilhou chances claras de gol e parecia ter feito da Arena o histórico Atanasio Girardot. A principal oportunidade se deu logo a um minuto. Uribe invadiu a área e, ao tentar driblar Grohe, parou nos pés do goleiro. O perigo não passou. A bola aérea rival virou tormento. De tão visitante que o Grêmio se tornou na etapa final, as melhoras chances foram em contragolpes, como aos seis minutos, com Riveros lançando Barcos, que desperdiçou.
O desafogo só chegava quando Luan tocava na bola. Aos 16, atirou cruzado para Martínez agarrar. No minuto seguinte, roubou do zagueiro e cruzou para Zé Roberto tentar de voleio. Novamente, o goleiro salvou. Quando marcaram Luan, os colombianos se esqueceram de outra joia. Wendell ganhou o fundo, cruzou e aos 19 minutos, Ramiro, em chute de primeira, deixou a vida de garçom na Libertadores: 2 a 0. A Arena, receosa, voltou a pulsar. Ainda mais quando Alan Ruiz, aos 43, que entrou na vaga de Luan, fez bela jogada individual e ampliou. Para confirmar que os garotos também podem ter a cara da Libertadores e escreverem uma nova história tricolor sobre o Nacional de Medellín.
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