quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Após sete anos de prejuízo, Bruno Soares vibra ao somar R$ 4,6 milhões

Em busca do tetracampeonato do Brasil Open, mineiro terceiro colocado do ranking mundial de duplas espera não torrar a sua fortuna

Por São Paulo

Bruno Soares tênis (Foto: David Abramvezt)Bruno Soares vibra com montante
(Foto: David Abramvezt)
 
Quando olha para a sua conta bancária e vê um saldo pomposo, Bruno Soares agradece aos céus por ter deixado de lado a carreira de tenista de simples e ter optado por virar um jogador de duplas. Se ele não tivesse tomado tal decisão em julho de 2007, não teria virado o duplista mais vitorioso e mais premiado da história do tênis brasileiro. Terceiro do ranking mundial de duplas e dono de 16 títulos, além de um Grand Slam de duplas mistas – o US Open 2012 –, Bruno tem comemorado nos últimos dias uma marca que ele nem sonhava atingir: o rompimento da barreira de US$ 2 milhões (R$ 4,6 milhões) em premiação na carreira. 

– Finalmente, eu estou conseguindo compensar o prejuízo que tive em sete anos de investimento em uma carreira que não estava dando certo. Mas esses US$ 2 milhões não valem tanto assim, o que vale é o quanto você conseguiu juntar. Estou tentando fazer render – comemorou Bruno Soares, que ao lado do austríaco Alexander Peya, estreia nesta quarta-feira no Brasil Open contra a parceria formada pelo espanhol Guillermo Garcia-Lopez e o austríaco Phillipp Oswald. O brasileiro vai em busca do seu tetracampeonato consecutivo na competição.

Bruno Soares tênis (Foto: David Abramvezt) 
Bruno Soares tênis (Foto: David Abramvezt)

Em simples, Bruno não ganhou nenhum título de primeiro nível, teve a 221ª posição como melhor posto no ranking mundial e penou para pagar as suas viagens pelo mundo para disputar competições. Agora, como um vitorioso duplista, o tenista de 31 anos se dá ao luxo de ter patrocinadores individuais, uma equipe técnica ao seu dispor e até auxílio do Ministério do Esporte, através do programa Bolsa Pódio. 

– Realmente, agora eu não posso reclamar. Eu estou patrocinado. Tenho apoio e tenho remuneração boa como profissional de tênis. Mas preciso juntar dinheiro e fazer o dinheiro render para sustentar a minha família. 

Bruno Soares tênis (Foto: David Abramvezt) 
Bruno Soares faz dupla com Alexander Peya 
(Foto: David Abramvezt)

Como número 1 do Brasil em simples, Thomaz Bellucci ocupa apenas a modesta 108ª colocação do ranking mundial, Bruno Soares vem conseguindo preencher a carência de um ídolo e conquistar aos poucos os torcedores brasileiros. Como maior expoente do tênis nacional neste momento, ele entende que deve sempre jogar nas quadras centrais nos torneios no Brasil. E isso só aconteceu uma vez na semana passada, no Rio Open, no Rio de Janeiro, justamente quando ele e Peya foram eliminados nas semifinais do torneio carioca.

– Eu quero jogar na quadra central no Brasil. Eu mereço a quadra central. A minha reclamação no Rio foi porque colocaram dois jogos de brasileiros ao mesmo tempo. (No dia da minha estreia) Eu estava na quadra 1 cheia e o Feijão (João Souza) estava na quadra central vazia. Mas estou muito feliz que estou conseguindo levar público para os meus jogos. Em alguns torneios, mais gente vai ver as duplas do que os jogos de simples – disse Bruno. 

Já na sua estreia no Brasil Open, Bruno Soares vai ter o desejo atendido. Ao lado de Alexander Peya, ele vai fechar a programação noturna desta quarta-feira da quadra central, no Ginásio do Ibirapuera. A partida vai acontecer logo depois duelo entre o alemão Tommy Haas e o italiano Potito Starace, que começa às 19h (horário de Brasília).


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2014/02/apos-sete-anos-de-prejuizo-bruno-soares-vibra-ao-somar-r-46-milhoes.html

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