sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Rotina de troca de técnicos volta a todo vapor no Brasileirão 2013

Apenas seis treinadores mantêm emprego do início ao fim do campeonato, deixando para trás tendência da última temporada, quando nove continuaram em seus cargos

Por Rio de Janeiro


Marcelo Oliveira, técnico do Cruzeiro (Foto: Rafael Araújo / GloboEsporte.com)Marcelo Oliveira dirige o campeão Cruzeiro na atual temporada (Foto: Rafael Araújo / GloboEsporte.com)
 
O ano de 2012 marcou um recorde de nove técnicos mantidos no cargo na Série A do Brasileirão do começo ao fim da disputa, tendência esta que não se confirmou na atual edição da competição nacional. Foram 14 os clubes que optaram por não seguir trabalhos iniciados na primeira rodada do campeonato ou mesmo antes. E essa é justamente a média de equipes que decidem pela mudança, desde 2006 até hoje com a fórmula de pontos corridos e 20 times.

Dos seis que mantiveram o emprego, um já sabe que não fica: Tite, do Corinthians. Oswaldo de Oliveira, do Botafogo, vem sendo especulado como novo treinador do Santos. Às vésperas da disputa do Mundial de Clubes da Fifa, Cuca estendeu seu compromisso com o Atlético-MG até o fim de 2014; Marcelo Oliveira renovou contrato com o Cruzeiro; enquanto Enderson Moreira, do Goiás, e Cristóvão Borges, do Bahia, ainda negociam a permanência com suas respectivas diretorias. Destes, se nem todos foram brilhantes como a campeã Raposa, nenhum vai ser rebaixado para a Série B.

dança dos técnicos da Série A numerologos (Foto: Editoria de arte / Globoesporte.com) 
Confira acima todas as mudanças de técnicos no 
Brasileirão Série A em 2013 (Foto: Editoria de arte 
/ Globoesporte.com)

01
Mudanças: o que deu certo e o que deu errado

Só não dá para dizer que trocar de técnico é mau negócio. Afinal, Grêmio e Atlético-PR mudaram e se deram bem. No Tricolor, Luxemburgo dirigiu o time em cinco rodadas, com aproveitamento de 53,3%. Com Renato Gaúcho à beira do campo, esse percentual subiu para 58,3% e a vaga na Taça Libertadores 2014 foi assegurada. Os números do Furacão são ainda mais significativos. Ricardo Drubscky deixou a equipe na zona de rebaixamento após seis jogos e 33,3% dos pontos conquistados. Após mais uma derrota com o interino Alberto Valentim, Vagner Mancini assumiu o posto na oitava rodada para colocar a equipe rubro-negra nas cabeças graças a um impressionante aproveitamento de 61,1% desde que assumiu o cargo. Os paranaenses ainda não se garantiram na competição sul-americana, mas só dependem do próprio resultado para alcançar a meta.

Vanderlei Luxemburgo Corinthians e  Fluminense (Foto: José Patrício / Agência estado)Luxemburgo teve dificuldades comandando Grêmio e Fluminense (Foto: José Patrício / Agência estado)
 
Luxa, por sinal, além de decepcionar no Grêmio, também teve passagem frustrante pelo Fluminense com aproveitamento de 37,5%, o que colocou o Tricolor como sério candidato ao rebaixamento. O substituto dele, Dorival Júnior, pode se envolver na queda de dois clubes cariocas. Ele dirigiu o Vasco por 25 rodadas com um aproveitamento ruim, de 33,3%, que manteve o Cruz-Maltino como integrante constante do Z-4 em 2013. O treinador chegou ao Flu para comandar a equipe por cinco jogos e conquistou 58,3% dos pontos disputados em quatro partidas, o que nem seria tão mau se o Tricolor não estivesse desesperado.

Quem mais usou e abusou do troca-troca foi justamente o lanterna Náutico, que foi dirigido por cinco técnicos diferentes até se conformar com o descenso. Silas, Zé Teodoro, Jorginho, Levi Gomes e Marcelo Martelotte se alternaram sem conseguir fazer o Timbu render o suficiente para se manter na elite. Coritiba, Criciúma, Flamengo, Fluminense, Ponte Preta, São Paulo e Vasco tiveram três comandantes. No geral, foram 24 mudanças de comando, quatro a mais que 2012, mas seguindo a média desde 2006.


iNFO - vai e vem dos técnicos (Foto: Editoria de Arte) 
Tabela mostra total das trocas de treinador ano a 
ano no Campeonato Brasileiro de pontos corridos 
(Foto: Editoria de Arte)

02
Série B: só três técnicos do início ao fim

Como é de praxe, as trocas de técnico na Série B foram muito mais intensas. No total, 35 passagens de bastão entre os "professores" movimentaram a Segundona. Apenas três equipes mantiveram os técnicos desde o início: o campeão Palmeiras de Gilson Kleina, o vice Chapecoense de Gilmar Dal Pozzo, e o Paraná de Dado Cavalcanti, que integrou o G-4 durante boa parte do campeonato, mas caiu de rendimento na reta final e perdeu a chance de retornar à Primeira Divisão. Sport e Figueirense, que também subiram, fizeram apenas uma troca.

Os times que caíram para a Série C mexeram bastante, especialmente o Paysandu, recordista no quesito. O trabalho começou com Lecheva, seguiu com Givanildo Oliveira, depois com Arturzinho e Vagner Benazzi, e na última rodada foi a vez do interino Rogerinho tentar em vão promover um milagre, mas já era tarde demais. Outro rebaixado, o Guaratinguetá, após passagem de três treinadores, inovou com um revezamento de interinos, culminando com a queda para a Terceirona. Fechando os integrantes do Z-4 final, o ASA mudou três vezes, e o São Caetano, duas.


dança dos técnicos da Série B numerologos (Foto: Editoria de arte / Globoesporte.com) 
Veja também que técnicos entraram e saíram dos 
clubes ao longo da Série B (Foto: Editoria de arte
 / Globoesporte.com)

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2013/12/rotina-de-troca-de-tecnicos-volta-todo-vapor-no-brasileirao-2013.html

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