Menos de uma semana depois de decidirem o Paulista, equipes voltam a se encontrar na noite desta sexta-feira, às 19h30m, no José Liberatti, em Osasco, casa do líder
Sheilla é uma das armas de Osasco para bater o Sesi nesta sexta-feira (Foto: João Pires/Divulgação)O Osasco vem de uma vitória, na última terça, sobre o Praia Clube, por 3 a 0. Já o Sesi-SP perdeu para o Campinas, por 3 a 2.
Para a partida válida pela 8ª rodada do Campeonato Nacional, a estratégia é repetir o plano de jogo que deu certo na final do Estadual. Na ocasião, o saque da equipe da cidade da Grande São Paulo foi um fator preponderante para que Sheilla, Fabíola, Thaisa e companhia tivessem uma vitória mais tranquila do que a esperada e conquistassem o título. Por isso, a orientação continua a mesma: sacar forte e tentar desestabilizar a recepção do Sesi-SP.
- Se a gente consegue fazer um bom saque, normalmente conseguimos tirar uma atacante adversária da rede. A intenção ao sacar bem é tirar a jogadora de meio de rede, para as nossas centrais conseguirem chegar mais inteiras no bloqueio. A gente tem feito bons jogos, e o saque vem fazendo a diferença. Temos que manter isso para o jogo do Sesi, até porque elas têm uma jogadora de meio muito boa, que é a Fabiana, e temos que fazer de tudo para quebrar o passe e tirá-la do jogo – disse a levantadora Fabíola.
Um bom saque, acreditam as jogadoras do Osasco, é fundamental para começar a ganhar qualquer partida. E elas sabem o que estão falando. A equipe é a melhor da Superliga 2013/14 no ranking geral no fundamento. Além disso, tem quatro jogadoras entre as dez melhores no quesito: Sheilla, Fabíola, Catherina e Sanja.
Para as jogadoras de Osasco, um bom saque ajuda o bloqueio a
pontuar (Foto: João Pires / FotoJump / Divulgação)
- Eu acho que o saque é o primeiro ataque do vôlei. E o Osasco tem um grande saque, com a Sheilla, por exemplo. Quebra o passe do outro time e faz com que a levantadora arrisque com bolas altas na ponta, o que facilita o trabalho do nosso bloqueio – explicou a italiana Catherina Bosetti, que faz a sua estreia na Superliga nesta temporada. Ela ocupa a 10ª colocação entre as melhores sacadoras até aqui.
O bloqueio e a defesa são os fundamentos que mais são impactados por causa do saque. Um bom serviço é capaz de ajudar um time a pontuar mais e, consequentemente, a vencer jogos.
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- Para a central, a melhor coisa que existe é um bom saque, quando eu estou na
rede. Porque a meio tem uma função muito difícil que é marcar toda a rede. E é
bem complicado quando a levantadora adversária tem o passe na mão, as bolas são
muito aceleradas. Então, quando quebra o passe, é muito bom para a gente porque
facilita a marcação. E conseguimos montar a defesa e o contra-ataque. Então,
facilita muito nosso bloqueio e nossa defesa – afirmou a meio de rede Thaisa.
Apesar de não aparecer nas estatísticas, a jogadora é tida pelo técnico Luizomar e por suas companheiras de time como uma das melhores sacadoras do mundo. E ela dá a receita de como atrapalhar a recepção adversária.
- Primeiro, tem a opção do técnico. E segundo, quando você for, não ir só na segurança. O Luiz me dá muita liberdade. Priorizo a posição que ele pediu para sacar, depois a segurança um pouco, porque vou para forçar mesmo, se eu errar ele não reclama muito. Eu tento ser regular com intensidade, a não ser em um dia que não estou bem. Tento buscar o ponto, de pelo menos quebrar o passe e fazer a nossa estratégia funcionar – ensinou.
Para Luizomar de Moura, o saque é um fundamento que pode fazer a balança pesar para um lado, desequilibrando jogadores e times.
- Estamos em uma Superliga extremamente equilibrada, com grandes levantadoras, esquemas táticos bastante ousados. Algumas equipes com menor investimento têm arriscado bastante em algumas jogadas, tentando imprimir muita velocidade no jogo, o saque pode ajudar no sistema defensivo e na leitura de jogo do adversário e tornar o jogo adversário mais simples – explicou.
Pri Daroit sofreu com os saques de Osasco na final do Paulista (Foto: João Gabriel Rodrigues)- A Pri Daroit sempre foi um alvo nosso, desde quando jogava em Campinas. Mas não foi só ela, depende da posição. A gente vai testando. Se a jogadora não vai bem, continuamos a sacar nela. Se for bem, temos que mudar o foco.
Questionado a respeito, o técnico Luizomar de Moura preferiu não revelar seu plano de jogo.
- Ainda não decidi isso. Mas se tivesse decidido, também não falaria – desconversou.
Para Talmo Oliveira, técnico do Sesi-SP, sua equipe precisa estar mais concentrada para poder encarar o Osasco de igual para igual.
- O time de Osasco joga muito bem no sistema defensivo como um todo. Saque, bloqueio, tudo ajuda muito. O que precisamos fazer é sustentar o saque e ter mais tranquilidade na virada das bolas. É um saque muito bom, o delas, mas não impossível de pegar. Só precisamos de mais calma e entrar com mais foco no jogo para controlar isso – analisou.
De acordo com Luizomar, o fato de as duas equipes terem decido o título Estadual no último domingo equilibra as ações dentro de quadra.
- As equipes se conhecem mais agora. Em termos de estudo, isso é bom, muita coisa que vamos ver hoje, está fresco na cabeça delas. Mas para os dois lados. O saque teve um bom comportamento na final do Paulista. Lógico que é importante sacar em posições pré-determinadas para facilitar. Mas às vezes, quando joga com a mesma equipe em um curto espaço de tempo, a surpresa não existe mais. O Talmo e a comissão técnica do Sesi vão se preparar para o que a gente fez. A gente tem que ter uma carta na manga para tentar surpreender – finalizou o técnico de Osasco.
Pri Daroit para no bloqueio formado por Sheilla e Adenízia
no último domingo (Foto: João Pires/Divulgação)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2013/12/osasco-aposta-no-saque-para-voltar-vencer-o-sesi-sp-agora-pela-superliga.html
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