Maioria diz acreditar que seleção de Luiz Felipe Scolari ficou em um grupo de nível médio, e que tradicional carrasco, México, não repetirá os feitos dos últimos anos
Especialistas: seleção não deverá ter dificuldades (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- Já tive receio do México em outras ocasiões. Passou. Acho que o ritmo de jogo do Brasil não dá mais para o México - opinou Casagrande, comentarista da TV Globo, corroborado pelo companheiro Júnior.
- O México teve problemas para se classificar. Jogadores que atuam no futebol europeu não foram chamados nos últimos jogos. Será que o técnico vai deixá-los de fora? É difícil deixar jogadores como Chicharito (Hernández) de fora - completou o Maestro.
O ex-atacante Caio foi ousado, assim como nos seus tempos de atacante. Para ele, a classificação às oitavas de final é só questão de tempo.
- Acho que o Brasil não tem que se preocupar com nada nesta primeira fase. A chave é boa. Não acho a Croácia uma baba, mas não acho que vai fazer frente - afirmou.
Mais contido, Jairzinho fez uma análise considerando o grupo brasileiro mais equilibrado do que outros. Na sua visão, os mexicanos serão os rivais mais complicados pela história recente entre as duas equipes.
- Acho que o grupo do Brasil não é um dos piores. Terá pela frente as dificuldades com o México, mas a Croácia não assusta, pois nos últimos encontros o Brasil foi melhor sucedido. Camarões será figurativo. De repente, vem mais para conhecer o seu conteúdo, a sua história, do que, realmente, chegar à final. Tiveram uma classificação muito sofrida nas eliminatórias - avaliou o Furacão da Copa de 70, que disse acreditar que a Argentina foi a seleção que caiu no grupo mais fácil.
Jairzinho avalia que Brasil terá dificuldades diante
do México, mas não em se classificar às oitavas
(Foto: Divulgação)
- Podia ter sido pior, mas também podia ter sido melhor. Acho um grupo onde tem uma Croácia com um time de futebol muito alegre, uma herança do futebol iugoslavo, mas também com problemas de táticos. Não são tão aplicados, tem a questão da adaptação da viagem. Acho uma boa estreia. Com relação ao México, ele se classificou na tábua da beirada, a última tábua do convés, se errar o passo, ele cai no mar. Tiveram muitos problemas nas eliminatórias, acharam uma solução desesperadora e classificaram. Mesmo sendo um problema histórico, o Brasil não tem com o que se preocupar. Camarões era aquela coisa, futebol africano, de correria, que correm muito, jogam para se divertir, mas isso não é mais verdade. Agora, por causa desta presença de tantos jogadores na Europa, eles podem dar trabalho. O grande problema que pegamos foi o grupo B, com Holanda e Espanha na próxima fase, caso dê a lógica - contou.
Porém, há uma seleção que preocupa o comentarista do SporTV, Wagner Vilaron. Sem saber o que esperar do futebol africano, ele torce para que o time canarinho chegue ao terceiro jogo já classificado à próxima fase.
- Acho que caímos em um grupo de nível médio. A Croácia entrou na repescagem, depois de ficar em segundo para a Bélgica e eliminou a Islândia nas eliminatórias. É uma escola iugoslava, tradicional e habilidosa. Acho um adversário complicado. De resto, acho mais tranquilo. Falam muito do histórico do México, mas a verdade que a atual seleção mexicana não tem jogado bem.
Não atribuo como uma grande ameaça. O Camarões é uma grande incógnita. Seleção africana, você nunca sabe o que vai acontecer. É um futebol sem responsabilidade, sem expectativa e acabam beliscando alguma hora. Espero que o Brasil já chegue classificado no terceiro jogo - declarou.
Oswaldo de Oliveira acredita que grupo do Brasil é tranquilo na teoria (Foto: Satiro Sodré / SSPress)
- Em tese
é um pouco mais tranquilo. Mas que não podemos pensar que teremos vida fácil na
primeira fase da competição. São três seleções com experiência em Copa do Mundo
(Croácia, México e Camarões) e que estão acostumadas a disputar esse tipo de
competição. Estrear contra um time europeu é bom porque eles ainda vão estar se
adaptando ao nosso clima e podemos tirar algum proveito disso. Numa Copa do
Mundo não podemos escolher adversários e não existem jogos fáceis.
Comandante
do grupo que foi eliminado para a Argentina nas quartas de final da
Copa de 90, na Itália, Sebastião Lazaroni diz entender que a estreia
contra os croatas será positiva para o time de Felipão.
- México é
um adversário tradicional da Seleção Brasileira. A Croácia tem sido uma
participante constante nas últimas edições da Copa do Mundo e tem experiência
nesse tipo de competição. Camarões é uma das principais seleções africanas e
pode sempre surpreender. Estrear com a Croácia será bom para nossa seleção
entrar na Copa ligada e deixar os jogadores atentos.
Meio-campo
da seleção de Parreira na Copa do Mundo de 2006 na Alemanha, o
ex-volante Emerson tem a experiência diante dos europeus, que enfrentou
na estreia daquela competição e venceu por 1 a 0, gol de Kaká. Seu
conhecimento no adversário o leva a fazer a mais reticente de todas as
avaliações. Pelo seu ponto de vista, Brasil e México serão os
classificados para as oitavas, mas com dificuldades.
- Não é um grupo fácil. O Brasil
vai ter que tomar muito cuidado. A Croácia é um time com jogadores fortes, com
muito poder de marcação, e será o confronto de estreia, que é sempre muito
complicado. Em 2006, o Brasil pegou a Croácia na estreia e só conseguimos
vencer com um chute maravilhoso do Kaká. Foi muito difícil, assim como promete
ser esse. O México sempre dá muito trabalho ao Brasil, é uma pedra no nosso
sapato. Acredito até que vão ser as duas seleções classificadas para as oitavas,
mas, como é o segundo jogo, o perdedor vai ter que brigar pela classificação na
última rodada. As equipes africanas costumam vir
muito fortes para a Copa do Mundo. São atletas com muito vigor físico e de
muita velocidade, além de terem habilidade também. Vai ser mais um jogo muito
difícil para o Brasil - finalizou.
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