Após 20 anos da conquista do Brasileiro, ex-lateral do Palmeiras lembra confiança na taça antes da final com o Vitória. Hoje vive em Bragança e procura time para treinar
Gil Baiano, no Palmeiras (Foto: Gazeta Press)
Roberto
Carlos, César Sampaio, Mazinho, Edilson, Zinho,
Edmundo, Evair... não faltavam jogadores de nome no Palmeiras na década
de 90.
Entre os inúmeros craques, um deles se diz honrado até hoje por ter
participado
do esquadrão alviverde e ainda ter sido titular na finalíssima do
Brasileirão
contra o Vitória, no dia 19 de dezembro de 1993: Gil Baiano. Com a lesão
de Cláudio Guadagno, ele herdou a vaga de titular na decisão contra o
Vitória e ajudou o Verdão a vencer por 2 a 0 no Morumbi, conquistando o
título nacional.
– O Vanderlei segurava, mas entre nós, jogadores, sabíamos que
dificilmente perderíamos no Morumbi. Ninguém admitia que poderíamos perder o
título em casa. Já falávamos de marcar a festa. A confiança e a qualidade do
grupo me marcaram. Já dávamos o título como ganho. Mas o Vanderlei era muito
seguro e batia na tecla de que tínhamos de respeitar – afirma o ex-lateral, que não se deu conta dos 20 anos da data.
Falta de valorização no Bragantino
Especialista
nas cobranças de
falta e inspirado em Nelinho, do Cruzeiro, Gil Baiano era um dos
destaques do time do Bragantino. Na equipe, ele abriu o caminho para a
eliminação do Verdão no Paulista de 89. Justamente por isso, demorou a
ganhar a confiança dos fãs quando foi negociado.
– O palmeirense é muito exigente e cobrava demais por eu ter
ajudado a eliminar o time em partidas decisivas. Isso marcou muito. Tive
dificuldade no começo com os torcedores por isso, mas depois foi tudo
tranquilo. Infelizmente tive uma lesão que me atrapalhou, mas avalio como muito
boa minha passagem pelo clube – afirma.
Gil Baiano, (à dir.), ao lado de Mazinho, pelo Palmeiras,
na decisão contra o Vitória (Foto: Gazeta Press)
– Não é fácil bater em todos os grandes e disputar finais. Não é algo que acontece toda hora. A torcida em Bragança até nos parabeniza, mas falta o clube em si valorizar. Vejo o próprio Palmeiras e os outros times grandes reverenciando mais os ídolos. Sobre os treinadores, o Vanderlei era um cara mais exigente e incisivo, pedia atitude do time. Já o Parreira era mais tranquilo e gostava que o time trabalhasse mais a bola. São dois excelentes treinadores, com os quais tenho orgulho de ter trabalhado – diz.
Com passagens pela Seleção após a derrota na Copa do Mundo de 90, Gil Baiano compara o que ocorreu na época com a renovação implantada por Mano Menezes após a eliminação brasileira em 2010, para a Holanda, quando também foi feita uma renovação na safra dos atletas. Ele cita a forte concorrência com os laterais da época, como Cafu e Jorginho, entre outros, para justificar a ausência no tetra de 94, nos Estados Unidos.
Gil Baiano, em treino do Comercial, seu último clube (Foto: Gabriel Lopes / Comercial FC)
Atualmente vivendo em Bragança Paulista, Gil Baiano tem 47 anos e virou treinador. Depois de pendurar as chuteiras, ele decidiu se afastar do futebol por oito anos. Nesse tempo, administrou uma quadra de futebol soçaite na terra da linguiça.
Após o período de descanso, voltou ao mundo da
bola há três anos para comandar a equipe Sub-20 do Comercial de Ribeirão Preto e
chegou a ser auxiliar-técnico do time profissional nesta temporada, quando a
equipe conseguiu o acesso para a elite do Paulistão de 2014.
Mas, após um desgaste com a diretoria, deixou o clube do
interior em novembro. Mesmo sem nunca ter comandado efetivamente uma equipe
profissional, ele se diz preparado para tal desafio.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2013/12/lembra-dele-gil-baiano-revela-festa-antecipada-no-titulo-do-verdao-em-93.html
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