Luigi Cani pula de wingsuit de helicóptero em Balls Pyramid, formação rochosa proveniente de vulcão, que fica a 700 km da costa leste da Austrália, no Pacífico
- Foram seis meses de pré-produções, autorizações, logísticas complexas e caríssimas para poder montar a equipe e preparar os equipamentos em um lugar tão remoto. Depois de tudo pronto, ainda ficamos dez dias sofrendo com os ventos fortes e mares impraticáveis tanto para o salto como para nosso resgate na água. Com uma equipe de mais de 20 profissionais, três embarcações, um helicóptero e um avião, ficamos todos aqui aguardando uma janela da tão presente Mãe Natureza aqui nessa região. Pulei, entrei em queda livre com o wingsuit e foi a sensação mais linda e pura que já tive - comentou Cani, que saltou de um helicóptero de uma altura de 1337,6 m, voou a 200 km/h e só abriu o paraquedas a 200 m da água.
Luigi Cani sobrevoa Balls Pyramid (Foto: Jeb Corliss /
Divulgação)
O paranaense conta que a motivação do salto foi a paisagem paradisíaca de Balls Pyramid. Depois de uma carreira de 17 anos, ele se sentiu como se fosse um novato.
- Foi pelo desafio de conseguir saltar com segurança em um lugar tão remoto e hostil para o homem. Tive um prazer imenso de voar no lugar mais lindo de toda minha carreira profissional. Depois de mais de 11 mil saltos em todos os continentes do planeta, não imaginava me sentir tão livre e deslumbrado com uma locação tão única, desconhecida e misteriosa - relatou.
Jeb Corliss tira fotos do amigo Luigi Cani sobrevoando
rocha (Foto: Jeb Corliss / Divulgação)
A rocha, uma verdadeira "estaca de pedra" proveniente de lava vulcânica, ainda abriga fauna e flora ricas. Além de insetos como o bicho-pau da Ilha Lord Howe, há uma variedade incrível de pássaros. De acordo com Cani, esse foi outro motivo para querer voar em Balls Pyramid, mas também um dos perigos do desafio.
- Queria voar perto da rocha para ver e sentir o mesmo que os pássaros locais, que são milhares. Mas os riscos eram grandes: colisão com pássaros a mais de 200km/h, que ficam rodeando a pedra; perder o controle do wingsuit e colidir com a pedra por conta de ventos fortes e turbulência; e até mesmo me afogar nas ondas grandes após pousar no mar aberto preso aos equipamentos antes do resgate chegar - disse o brasileiro.
Veterano do wingsuit diz que foi a mais pura sensação
que já teve (Foto: Jeb Corliss / Divulgação)
Além de ter um quadro fixo no Esporte Espetacular, da TV Globo, e nos programas Sem Asas e Pedal & Ar, do canal por assinatura OFF, Cani produz os próprios vídeos para seu site oficial. Ele ficou bastante conhecido por um voo que fez em 2007 no entorno do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Recentemente, tornou-se o primeiro esportista a sair de Niterói, cruzar a Baía de Guanabara e realizar pouso no Aterro do Flamengo. O curitibano também será o segundo brasileiro a viajar para o espaço (primeiro por iniciativa privada), depois do astronauta Marcos Pontes, no fim de 2014, e tem um projeto ousado para pousar o wingsuit sem abrir paraquedas com o uso de uma espécie de mega rampa.
Luigi Cani passa por cima da gigantesca rocha
proveniente de vulcão (Foto: Jeb Corliss
/ Divulgação)
FONTE:
-de-sete-milhoes-de-anos.html
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