quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Valcke não teme protestos: 'Nunca tive tanto amigo pedindo ingresso'

Secretário-geral da Fifa acha que problema não deve afastar estrangeiros da Copa. Ronaldo afirma que gasta cerca de R$ 1,5 milhão por ano com segurança pessoal

Por Rio de Janeiro

As constantes manifestações populares na Brasil não assustam a Fifa para a Copa do Mundo. Pelo menos foi o que garantiu o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, na tarde desta quinta-feira, durante entrevista coletiva no Rio de Janeiro. O dirigente reconheceu que o problema pode voltar a acontecer em 2014, mas brincou ao citar o grande pedido de ingressos de amigos para provar que o público estrangeiro não está levando isso em consideração.

– Quanto a São Paulo e Rio, vi pela televisão. Em Cuiabá (manifestantes invadiram a Arena Pantanal), posso dizer que não atrapalhou nossa visita. Não tenho muito o que comentar, mas eles têm o direito de se manifestar. Vai acontecer na Copa? Espero que não, mas pode. Estamos trabalhando para que tudo ocorra muito bem. A venda de ingressos é a melhor resposta quanto ao interesse das pessoas. Não temos todos os países classificados, mas estão esperando. O mundo está ansioso para ver. Nunca tive tanto amigo pedindo ingresso.

reunião do COL Valcke Aldo Rebelo (Foto: André Durão / Globoesporte.com) 
Valcke e Ronaldo participam de coletiva no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (Foto:
 André Durão / Globoesporte.com)

Para Ronaldo, a população precisa lutar por seus direitos, mas sempre de forma pacifica. Ao falar de segurança, ele revelou que gasta cerca de R$ 1,5 milhão por ano. Além disso, lembrou que operou seu joelho num hospital público na França.

– Eu mesmo gasto quase R$ 1,5 milhão com segurança pessoal por ano. Quando operei o joelho, muita gente criticou por ter feito lá fora, mas operei num hospital público. Você acha que eu não queria fazer isso no Brasil?

Morando em Londres, Ronaldo também se mostrou tranquilo quanto às manifestações. O ex-jogador e atual membro do Comitê Organizador da Copa (COL) disse que vem percebendo um grande interesse das pessoas em vir para o Brasil.

– Fiz algumas viagens promovendo a Copa e tenho visto um grande entusiasmo das pessoas. Querem acompanhar a Copa do Mundo no país do futebol. O que vejo lá fora é bastante diferente do que vejo aqui. Os números que estamos apresentando servem como referência (70,86% dos ingressos solicitados foram do Brasil). A Copa é um evento que a população deseja. Também deseja segurança e educação, mas quer a Copa, que traz muito beneficio ao povo brasileiro.

Aldo Rebelo, ministro dos Esportes, minimizou o fato e disse que o país está se preparando para receber da melhor forma possível os torcedores. Segundo ele, é possível ter um momento de paz na Copa.

– (As manifestações) podem acontecer? Podem, mas também podem não acontecer. O país se prepara para acolher os torcedores. O Brasil, mesmo convivendo com esses problemas, pode fazer uma Copa do Mundo num ambiente de paz. Não vejo com pessimismo.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2013/10/valcke-nao-teme-protestos-nunca-tive-tanto-amigo-pedindo-ingresso.html#edicaocampeonato-copa-do-mundo-2014

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