Macaca
não encaixa estilo de jogo, leva pressão dos argentinos no Moisés
Lucarelli e agora precisa vencer ou empatar com gols no dia 7, na
Argentina
A CRÔNICA
por
Heitor Esmeriz e Guto Marchiori
Talvez pelo regulamento da Sul-Americana, talvez pelo respeito ao Vélez
Sarsfield, talvez por reconhecer que, tecnicamente, era inferior ao
adversário. As opções são diversas para se concluir que a Ponte Preta
entrou no campo do Estádio Moisés Lucarelli na noite desta quinta-feira
mais preocupada em não tomar gols do que fazê-los. Com muita cautela, a
Macaca ‘cumpriu a missão’, mas perdeu a chance de, em casa, com o apoio
de mais de 10 mil torcedores, tentar encaminhar a vaga ao empatar por 0 a
0, pelas quartas de final. O melhor entre os piores resultados para
quem faz o jogo de ida como mandante.
O adversário de Ponte ou Vélez nas semifinais depende dos outros cruzamentos. Se Ponte e São Paulo passarem, fazem uma semifinal brasileira. Com Ponte dentro e São Paulo fora, coloca mais um argentino no caminho da Macaca (Lanus ou River Plate).
Desde o início, a Ponte adotou uma postura defensiva e se garantiu na base da disposição. O sistema defensivo, criticado nas últimas partidas, deu conta do recado. Faltou o ataque funcionar. Os 12.506 pagantes que foram ao Majestoso reconheceram a entrega da Ponte a aplaudiram ao final da partida. Um incentivo extra para a próxima batalha, válida pelo Brasileirão. Domingo, às 19h30, enfrenta o Criciúma, fora de casa, em duelo direto contra o rebaixamento.
Vélez impõe ritmo com toque de bola
A casa era da Ponte, a atmosfera toda alvinegra, mas quem tomou a iniciativa no primeiro tempo foi o Vélez Sarsfield. Manter a posse de bola era o principal objetivo dos argentinos, que assim fizeram com autonomia, para tentar cansar a Macaca o quanto antes. Nem mesmo a perda de Zárate, seu principal atacante, logo aos oito minutos, mudou o cenário.
Apesar do controle territorial, os sustos a Roberto foram raros. Os espaços para tocar a bola diminuíam a partir da intermediária. Se estava com dificuldade para neutralizar o meio do Vélez, a Ponte mostrou competência para impedir a entrada dos argentinos na área do goleiro. Apenas em chutes de longe de Romero, um no começo e outro no fim, os argentinos chegaram a ameaçar.
Em chances criadas, a Ponte não ficou atrás. Leonardo, em finalização colocada, e Ratão, em cabeçada após contra-ataque, colocaram Sosa para trabalhar. Foi o máximo que a Macaca conseguiu fazer do meio para a frente. A forte marcação argentina e a falta de movimentação, principalmente de Rafael Ratão, deixavam o ataque alvinegro inofensivo. Sem William, a ligação direta facilitava a vida dos argentinos.
Como em todo duelo Brasil x Argentina, a arbitragem do uruguaio Dario Ubriaco foi alvo de reclamação. Do lado da Ponte, Jorginho se irritou com as faltas não marcadas a favor da Ponte. O Vélez, por sua vez, pediu pênalti em uma dividida entre Baraka e Cáseres.
Torcida pede Adrianinho, que não ajuda
Um chute colocado de Leonardo que passou perto da trave esquerda de Sosa e uma batida cruzada de Allione, cara a cara com Roberto, antes dos cinco minutos, deram a impressão que o segundo tempo seria mais aberto. O Vélez seguia na dele, rodando a bola sem pressa para definir. A Ponte tentava mais, porém, esbarrava nos erros de passe.
Foi o suficiente para a torcida começar a pedir Adrianinho. O coro crescia a cada ataque mal sucedido. Até que convenceu Jorginho que o meia era a melhor opção para melhorar a criatividade ofensiva: aos 18 minutos, ele entrou no lugar de Chiquinho.
Sozinho, o meia não conseguiu fazer a Ponte crescer de produção. A situação melhorou com a entrada da segunda aposta de Jorginho: Adailton. Com uma arrancada que só parou quando sua bomba acertou o peito do defensor argentino, ele levantou a torcida, até então murcha. Mas tudo não passou de uma expectativa frustrada. Com o Vélez satisfeito com o empate e a Ponte sem poder de fogo, o jogo se arrastou até o apito final.
Ataques de Ponte e Vélez não têm sucesso em duelo com
defesas: só empate (Foto: Marcos Ribolli)
saiba mais
É a história do copo meio cheio ou meio vazio. O pessimista vê a Ponte
em condições pouco favoráveis. O otimista pode e tem motivos para
encontrar pontos positivos no placar Se a vantagem do Vélez é definir a
classificação diante da torcida, quinta-feira que vem, às 20h45 (de
Brasília), no José Amalfitani, a Ponte pode dizer que leva para a
Argentina a vantagem de jogar pelo empate com gols. Quem vencer, avança.
Um novo 0 a 0 leva a definição para os pênaltis.O adversário de Ponte ou Vélez nas semifinais depende dos outros cruzamentos. Se Ponte e São Paulo passarem, fazem uma semifinal brasileira. Com Ponte dentro e São Paulo fora, coloca mais um argentino no caminho da Macaca (Lanus ou River Plate).
Desde o início, a Ponte adotou uma postura defensiva e se garantiu na base da disposição. O sistema defensivo, criticado nas últimas partidas, deu conta do recado. Faltou o ataque funcionar. Os 12.506 pagantes que foram ao Majestoso reconheceram a entrega da Ponte a aplaudiram ao final da partida. Um incentivo extra para a próxima batalha, válida pelo Brasileirão. Domingo, às 19h30, enfrenta o Criciúma, fora de casa, em duelo direto contra o rebaixamento.
Vélez impõe ritmo com toque de bola
A casa era da Ponte, a atmosfera toda alvinegra, mas quem tomou a iniciativa no primeiro tempo foi o Vélez Sarsfield. Manter a posse de bola era o principal objetivo dos argentinos, que assim fizeram com autonomia, para tentar cansar a Macaca o quanto antes. Nem mesmo a perda de Zárate, seu principal atacante, logo aos oito minutos, mudou o cenário.
Apesar do controle territorial, os sustos a Roberto foram raros. Os espaços para tocar a bola diminuíam a partir da intermediária. Se estava com dificuldade para neutralizar o meio do Vélez, a Ponte mostrou competência para impedir a entrada dos argentinos na área do goleiro. Apenas em chutes de longe de Romero, um no começo e outro no fim, os argentinos chegaram a ameaçar.
Em chances criadas, a Ponte não ficou atrás. Leonardo, em finalização colocada, e Ratão, em cabeçada após contra-ataque, colocaram Sosa para trabalhar. Foi o máximo que a Macaca conseguiu fazer do meio para a frente. A forte marcação argentina e a falta de movimentação, principalmente de Rafael Ratão, deixavam o ataque alvinegro inofensivo. Sem William, a ligação direta facilitava a vida dos argentinos.
Como em todo duelo Brasil x Argentina, a arbitragem do uruguaio Dario Ubriaco foi alvo de reclamação. Do lado da Ponte, Jorginho se irritou com as faltas não marcadas a favor da Ponte. O Vélez, por sua vez, pediu pênalti em uma dividida entre Baraka e Cáseres.
Torcida pede Adrianinho, que não ajuda
Um chute colocado de Leonardo que passou perto da trave esquerda de Sosa e uma batida cruzada de Allione, cara a cara com Roberto, antes dos cinco minutos, deram a impressão que o segundo tempo seria mais aberto. O Vélez seguia na dele, rodando a bola sem pressa para definir. A Ponte tentava mais, porém, esbarrava nos erros de passe.
Foi o suficiente para a torcida começar a pedir Adrianinho. O coro crescia a cada ataque mal sucedido. Até que convenceu Jorginho que o meia era a melhor opção para melhorar a criatividade ofensiva: aos 18 minutos, ele entrou no lugar de Chiquinho.
Sozinho, o meia não conseguiu fazer a Ponte crescer de produção. A situação melhorou com a entrada da segunda aposta de Jorginho: Adailton. Com uma arrancada que só parou quando sua bomba acertou o peito do defensor argentino, ele levantou a torcida, até então murcha. Mas tudo não passou de uma expectativa frustrada. Com o Vélez satisfeito com o empate e a Ponte sem poder de fogo, o jogo se arrastou até o apito final.
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