Fim de semana agitado dentro e fora das pistas na Hungria, também tem duelo Kimi x Vettel, Massa com problema no bico e Grosjean perseguido
Hamilton - GP da Hungria (Foto: Getty Images)
Um fim de semana agitado também nos bastidores. Tudo porque o empresário de Fernando Alonso foi flagrado em uma conversa particular com o chefe da RBR, Christian Horner. Especula-se que o espanhol, insatisfeito com a falta de reação da Ferrari em mais uma temporada, esteja de olho na vaga de Mark Webber em 2014. Seria uma cavadinha ou um blefe para pressionar o time de Maranello? E por falar na Ferrari, Felipe Massa fechou em um discreto oitavo lugar após danificar seu bico logo na primeira volta em toque com Nico Rosberg.
E antes de começar a saudade com a chegada das férias da Fórmula 1, que só volta com o GP da Bélgica, de 23 a 25 de agosto, confira os destaques positivos e negativos do GP da Hungria deste fim de semana, válido pela 10ª etapa da temporada:
Senhoras e senhores, Lewis Hamilton está de volta. Oito meses após sua última vitória na McLaren (GP dos EUA, 2012), o campeão mundial de 2008 conquistou seu primeiro triunfo na Mercedes. E com direito a uma atuação de gala. Além de deixar para trás o problema do carro alemão com o desgaste de pneus, o britânico teve como grande mérito a audácia em momentos cruciais da prova. Logo depois de seus três pit stops, livrou-se imediatamente dos rivais à sua frente, ganhando segundos preciosos que fizeram a diferença. No primeiro, deixou seu ex-companheiro Jenson Button para trás. Nos dois seguintes, a vítima foi Mark Webber (RBR), com direito a um “espalhadão” no australiano no segundo duelo. Já Vettel não teve a mesma eficiência. Ficou preso atrás de Button no início e chegou até a se tocar com piloto da McLaren, deixando o caminho livre para Hamilton vencer.
Além de sua primeira vitória na Mercedes, Hamilton obteve outras marcas importantes no fim de semana. Foi seu quarto triunfo em Hungaoring. Ele já havia vencido em 2007, 2009 e 2012. Com isso, torna-se o maior vencedor do circuito, ao lado do heptacampeão Michael Schumacher, que faturou os GPs da Hungria de 1994, 1998, 2001 e 2004. No sábado, já havia alcançado sua 30ª pole postion na carreira, ultrapassando a lenda Juan Manuel Fangio no ranking dos pilotos que mais largaram na frente.
Mas Hamilton queria ganhar parabéns de uma pessoa em especial. Queria celebrar a vitória e as marcas com alguém que tanto já comemorou seus feitos nos autódromos: Nicole Scherzinger. Há pouco mais de um mês, o piloto terminou um relacionamento com a cantora, ex-Pussycat Dolls. Mas Hamilton não se deu por rogado, e usou a vitória deste domingo como trunfo para tentar trazer de volta o seu amor. Mesmo sem mencionar o nome da amada, ele admitiu o período difícil que tem passado e abriu seu coração em entrevista às TVs britânicas após a corrida:
- Não tem sido os meses mais fáceis. Só digo que minha família tem me apoiado muito. Parece um pouco estranho sem aquele alguém por aqui. Pensei durante toda minha corrida neste alguém especial. Este é o tipo de corrida que gostaria de dedicar a ela – reconheceu.
Nicole Scherzinger e Lewis Hamilton terminaram há pouco mais de um mês (Fotos: Getty Images)
E apesar do travado traçado húngaro, foi um GP recheado de duelos. O principal deles ficou guardado para as voltas finais: a briga pela segunda posição entre Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen, possíveis companheiros de RBR em 2014. Com uma estratégia de uma parada a menos, o finlandês – que havia começado em sexto – estava em segundo. A três voltas do fim, o piloto da RBR tentou dar o bote e retomar a posição de onde havia largado, mas o “Homem de Gelo” jogou duro e segurou o ímpeto do jovem alemão. Vettel achou que o rival lhe fechou e chegou a reclamar com a equipe pelo rádio. No fim, foi pessoalmente falar sobre o incidente e revelou a reação do irreverente finlandês.
- Fui dizer a Kimi que eu não estava feliz, mas ele apenas deu uma risada.
Sebastian Vettel foi tirar satisfações com Kimi Raikkonen após GP da Hungria (Foto: Getty Images)
Uma das grandes atrações da prova foi Romain Grosjean. O franco-suíço deixou a cautela de lado e mostrou ousadia na disputa por posições e pintava como concorrente pela vitória nas primeiras voltas. No fim, a sexta posição ficou abaixo do esperado. Na mira dos comissários em razão dos inúmeros incidentes do ano passado, acabou levando duas penalidades para casa. Primeiro, recebeu um drive-through (passagem pelos boxes) por usar a parte de fora da pista para completar uma ultrapassagem sobre Massa (veja no vídeo), que, inclusive, considerou a punição exagerada. Além disso, depois da prova recebeu um acréscimo de 20s em seu tempo total em razão de um incidente com Button. Como a diferença dele para o sétimo (o próprio Button) era de 21s, a penalidade não alterou o resultado final da prova.
Felipe Massa não tem boas memórias de Hungaroring. Um acidente gravíssimo em 2009 e uma quebra que lhe tirou uma vitória no ano anterior. E o brasileiro saiu de Budapeste com um discretíssimo oitavo lugar, novamente sem ter o que comemorar. E suas chances de um bom resultado foram embora logo nas primeiras curvas em razão de um toque com Nico Rosberg. Com o bico danificado, evitou trocar nas primeiras voltas para não voltar no meio do pelotão. Entretanto, começou a perder rendimento e se afastar das primeiras posições. Na sequência, optou por não trocar o a peça nos pit stops, o que acabou custando caro.
- A corrida foi difícil do início ao fim, pois já na primeira volta após tocar com Rosberg, perdi parte da asa dianteira. Naquela hora, se parássemos no boxe para trocar o bico perderíamos um tempo precioso, então decidimos não entrar. Porém, na sequência, o balanço do carro nunca mais foi o mesmo e perdi muito em termos de performance. Sofri muito com saídas de frente e de traseira e meus pneus começaram a degradar mais do que deveriam - justificou o piloto da Ferrari.
Detalhe do bico quebrado de Felipe Massa (Foto: Getty Images)
Alonso , durante GP da Hungria (Foto: AP)
O retrospecto recente da Ferrari em Hungaroring não é dos melhores. Mesmo assim, o desempenho de seus carros neste domingo causou preocupação para o restante do campeonato. Além do resultado discreto de Massa, Fernando Alonso também teve uma atuação apagado. Largou em quinto e em quinto chegou, sem em nenhum momento ameaçar brigar sequer pelo pódio. Pouco para quem almeja disputar o título. Para piorar, o espanhol ainda perdeu a vice-liderança para Raikkonen. Após a corrida, ele desabafou:
- A superioridade da RBR agora é esmagadora, e ainda tem Lotus e Mercedes. Se a Ferrari encontrar peças e eu ganhar três ou quatro corridas, terei chances. Do contrário, será um milagre lutar pelo título do campeonato. Só poderei me divertir - disse o espanhol.
Nesta segunda-feira, justamente no dia de seu aniversário, Alonso tomou um puxão de orelha do presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo.
- Todos os grandes campeões que pilotaram pela Ferrari sempre foram solicitados a colocar os interesses da equipe acima dos seus. Este é o momento de manter a calma, evitar polêmicas e mostrar humildade e determinação para dar sua contribuição, estando junto do time e dos membros, dentro e fora da pista – disse Montezemolo a Alonso.
Se na pista, Alonso esteve apagado, fora dela foi o nome que agitou o paddock. Tudo por causa de uma conversa particular de seu empresário, Luis Garcia Abad, com o chefe da RBR, Christian Horner. O jornal alemão “Sport Bild” descobriu o encontro e soltou a bomba: afirmou que o agente negocia a ida do bicampeão para o time austríaco em 2014, no lugar do australiano Mark Webber, que se deixa a categoria no fim do ano. Abad negou a especulação. Já Horner desconversou, mas admitiu que seria interessante uma dupla estelar Vettel/Alonso. Confira o caso completo.
Estaria Fernando Alonso de olho na RBR para 2014? (Foto: Getty Images)
FONTE:http://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/noticia/2013/07/pacotao-da-f-1-triunfo-com-amor-de-lewis-cavadinha-de-alonso-na-rbr.html
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