Principal arma do Atlético-MG na Libertadores é também o maior defeito da equipe paraguaia, que sofreu sete dos 11 gols em jogadas pelo alto
Dos 27 gols marcados pelo Atlético-MG na Libertadores, 16 surgiram através de jogadas aéreas, o que significa 60% de todos os tentos da equipe. Essa estatística casa exatamente com a maior deficiência do Olimpia, que sofreu a maioria dos gols em bolas levantadas. O apoio de Marcos Rocha e Richarlyson será mais do que necessário para a construção das jogadas. O lateral-direito já é presença constante nos lances de ataque dos mineiros e pode se tornar peça importante para vencer a marcação dos laterais/alas paraguaios.
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Desta forma, os laterais do Olimpia devem se resguardar na marcação. Afinal, o grande poderio dos times armados pelo técnico Cuca
são as pontas de ataque. Sem Bernard, Luan assume o lado esquerdo
ofensivo, enquanto Diego Tardelli cai pelo lado direito. O grande
segredo para utilizar a velocidade desses jogadores está no setor
central: o craque Ronaldinho Gaúcho.
É pelos pés dele que sai boa parte das jogadas do Galo. Dos 27 gols
marcados, 17 tiveram participação direta do meia, que costuma variar as
jogadas pelas laterais com o lançamento direto para Jô fazer o papel de
pivô.No lugar de Ortiz, a tendência é que Wilson Pittoni, que jogou até o ano passado no Brasil pelo Figueirense, assuma a vaga, a exemplo do que foi visto nos jogos contra o Santa Fe. O volante, com boa chegada no ataque, mantém o estilo de jogo do ex-capitão e já marcou dois gols pelo Decano nesta Libertadores - ambos contra o Deportivo Lara, na primeira fase. Completam o meio-campo o volante centralizado Eduardo Aranda, que, apesar de atuar mais fixo, vez ou outra surge próximo à área adversária e tem bom chute de longa distância. Na criação, a maior dúvida: o habilidoso Alejandro Silva deve assumir a vaga, mas não será surpresa se Matías Giménez seguir como titular.
A grande arma do Olimpia é o contra-ataque e, por ironia, a bola aérea ofensiva. Com Mazacotte pela direita e Nelson Benítez pela esquerda, os alas atuam com postura defensiva, completando a linha de cinco defensores. No entanto, quando o time tem a bola, não é raro vê-los chegando à intermediária de ataque para fazer cruzamentos. O ataque é o setor mais forte da equipe paraguaia. Fredy Bareiro é atacante oportunista e já marcou cinco gols na Libertadores, o mesmo número do craque do time: Juan Salgueiro. O uruguaio tem um cartel de possibilidades, sabe atuar como meia, sai muito da área para servir os companheiros, fazer tabelas, e também tem um bom chute de fora da área. Porém, ele volta de lesão e deve jogar no sacrifício.
Algoz do Fluminense, Salgueiro é o principal jogador do Olimpia na atual Libertadores (Foto: AFP)
O que o Galo mais precisa se preocupar neste primeiro jogo é com a força dos paraguaios no Defensores del Chaco. O Olimpia marcou ao menos dois gols em seu estádio em todos os jogos desta Libertadores. Ao todo, foram 17 bolas na rede adversária em sete partidas sob seus domínios. Foram seis vitórias e apenas um empate, diante do Deportivo Lara, ainda na fase de grupos.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/libertadores/noticia/2013/07/com-60-dos-gols-de-bola-aerea-galo-tem-formula-para-vencer-olimpia.html
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