Sandro Lima e Rodrigo Caetano dizem que clube vai oferecer apoio ao atacante, que aparece para treinar normalmente nas Laranjeiras
Rodrigo Caetano e Sandro Lima falam sobre o doping de Michael (Foto: Fabio Leme)
- Estamos aqui para confirmar o que vocês já sabem (caso de doping). A substância foi cocaína, fomos pegos de surpresa. Ficamos entristecidos. Já encaminhamos o atleta para o departamento médico para prosseguir o tratamento, e o que for possível o Fluminense vai fazer. Nós chamamos o Michael, ele não negou e pediu que nós o ajudássemos - afirmou Sandrão.
Rodrigo Caetano confirmou que Michael admitiu o uso de cocaína em conversa com os dirigentes do Fluminense. Ele prometeu apoiar o jogador a superar a dificuldade e voltar aos campos depois de cumprir a suspensão.
- Ninguém gosta de passar por essas situações, mas é uma realidade do nosso país, uma questão sociocultural que temos de enfrentar. Nesse caso, nós chamamos o atleta, que acabou confirmando o uso, e portanto, em conjunto com todos os departamentos do clube, optou-se por não fazer a contraprova, e sim um encaminhamento ao departamento médico e jurídico. Não sabemos que prazo isso vem acontecendo. Temos que ter cautela para preservar o jogador. Temos que fazer a nossa parte. Tratá-lo, cuidá-lo e passar para quem é da área. É isso que vamos fazer.
Foi o segundo antidoping positivo no Tricolor em uma semana. No último dia 30, Deco foi flagrado em exame por uso de furosemida, diurético presente em vitaminas vendidas em farmácia de manipulação. Rodrigo Caetano acredita que são casos diferentes.
- Foram dois casos de doping, mas dois casos distintos. É difícil não associar, mas precisamos tratar cada caso a sua maneira. Nosso trabalho segue sempre no intuito de educá-los quanto ao risco que isso traz. Conversei com o Deco no dia da notificação. Ele já toma esse suplemento desde que retornou ao Brasil. Ele fez seis exames desde então e nenhum deles acusou nada. Por isso acreditamos que algo aconteceu - disse o diretor.
Com a admissão do uso de cocaína por parte de Michael, o clube não vai pedir a realização da contraprova. Assim, o atacante será suspenso preventivamente por 30 dias. Os dirigentes já avisaram que, se o Fluminense passar às quartas de final da Libertadores, outro jogador será inscrito na vaga de Michael. O Tricolor enfrenta o Emelec nesta quarta, às 22h, em São Januário, depois de perder por 2 a 1 em Guayaquil, na última quinta, no jogo de ida das oitavas de final.
Clube promete atenção a drogas ilícitas em Xerém
Sandro Lima afirmou que o caso de Michael vai se tornar um marco no clube no tratamento à questão do uso de drogas ilícitas. De acordo com o vice de futebol, o Tricolor agora vai prestar atenção redobrada aos garotos revelados nas categorias de base.
- Vamos usar esse caso como ponto de partida para educar, principalmente a base em Xerém. Eu e Rodrigo somos chatos na cobrança. Monitoramos o menino de Xerém, o Fred e o Deco. Ainda mais agora em uma reta decisiva. Michael passa a ser ponto de partida para a gente se preocupar com essas drogas ilícitas.
Jogador aparece para treinar
Michael faz alongamento antes do treino desta terça, nas Laranjeiras (Foto: Fabio Leme)
- Michael é de Minas Gerais. Claro que hoje ele ainda está sem a família no Rio. Eles já foram comunicados. Está tudo muito recente. Queremos ouvir especialistas para saber em que o clube pode ajudar nessa possível recuperação do atleta.
O atacante, que chegou às categorias de base do Flu em 2011 - depois de se destacar na Copa São Paulo de juniores pelo Rio Preto-SP -, ganhou espaço no elenco principal nesta temporada e se tornou opção para o comando de ataque tricolor nos jogos em que o titular Fred não está à disposição do técnico Abel Braga. Ele marcou quatro gols no Carioca, três deles na vitória sobre o Macaé por 3 a 1, no dia 27 de março. Na infância, Michael chegou a trabalhar como ajudante de pedreiro.
Recentemente, ele foi convocado para a seleção brasileira sub-20 para participar de uma série de jogos no Espirito Santo e na Europa. A CBF aguarda o resultado da contraprova para se pronunciar sobre o assunto.
Em 2007, clube dispensou Renato Silva por uso de maconha
Na última vez em que um jogador do Fluminense foi flagrado no antidoping com o uso de uma droga social, a atitude da diretoria foi diferente da atual, que promete apoio a Michael. Em 2007, um exame feito num jogo contra o Volta Redonda, pela Taça Guanabara, apontou maconha no organismo do zagueiro Renato Silva.
Depois da divulgação do caso, o jogador foi demitido por justa causa.
FONTE
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2013/05/dirigente-revela-que-exame-detectou-cocaina-no-organismo-de-michael.html
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