Volante, que já foi atacante e viveu dois anos na concentração do Bota, mata saudade das partidas de videogame com o irmão e da comida da mãe
Sem fazer estardalhaço, Gabriel subiu ao elenco profissional do
Botafogo no início de 2012. A entrada no time não aconteceu de forma
imediata, porém, pouco mais de um ano depois, com vigor físico e
dedicação, o volante se transformou em titular absoluto da equipe campeã
carioca. Xodó de Seedorf, ele acumula elogios do técnico Oswaldo de
Oliveira e dos companheiros, que o apelidaram de Pitbullzinho. O sucesso
começa a transformar a vida do garoto de 20 anos. Ex-morador das
concentrações do clube em Marechal Hermes e General Severiano, ele
conseguiu realizar o desejo de levar a família de Campinas para um
apartamento num condomínio na Barra da Tijuca, onde agora vive com os
pais e o irmão mais novo (assista ao vídeo).
Gabriel comemora a chegada da mãe Rosemary e do irmão Guilherme no Rio (Foto: Raphael Bózeo)
- Vindo jogando, fiquei um pouco mais maduro. Se tiver que comprar briga dos companheiros, vou comprar. Sempre tive esse espírito de guerreiro, e isso não vou perder nunca. Se tiver que dar uma chegada mais firme, vou dar, mas com lealdade. O pessoal até brinca me chamando de Pitbullzinho. Até o Rafael Marques falou isso em uma entrevista.
Desde a chegada dos pais ao Rio, em fevereiro deste ano, Gabriel aproveita para matar a saudade da culinária da mãe, Rosemary, e das partidas de vídeogame com o irmão Guilherme, de 12 anos. O pai Edemilson, que na semana do título carioca precisou ir a Campinas, também é uma grande referência para o volante.
- Mudou da água para o vinho. Querendo ou não, o alvo da família sou eu, em termos de reconhecimento na rua. Lógico que minha maneira de ser não mudou e nem vai mudar. O apoio deles é fundamental e sentia muita falta, até me dando uma dura. A gente sabe que, quando um jogador fora de campo tem uma vida tranquila, dentro reflete de maneira positiva. Ficar na concentração não é muito bom. Lógico que há um cuidado especial, mas falta uma conversa em casa com a família, uma briga ou outra que é bom também (risos). Estava sentindo falta das brigas com meu irmão, de ganhar dele no videogame e da lasanha e do estrogonofe da minha mãe - brincou.
Gabriel joga videogame com o irmão Guilherme, de 12 anos (Foto: Raphael Bózeo)
- Foi uma festa linda da torcida. Sentimos que a torcida agora confia mais. Temos tudo para ter uma ligação maior agora. Foi um sonho essa conquista. Quero continuar no Botafogo para ser campeão novamente. Agora que vencemos o Carioca, quero a Copa do Brasil e o Brasileiro também.
Volante com as medalhas (Foto: Raphael Bózeo)
- Toda vez que vejo o Seedorf pessoalmente, eu quero agradecer tudo que fez pelo Gabriel. Ele foi uma peça fundamental também pelas conversas e por dar força para ele. O Seedorf foi muito bom para o Gabriel entender que ia chegar o momento dele. Dentro e fora de campo - agradeceu Rosemary.
O destaque no Carioca faz Gabriel sonhar com um prêmio de destaque individual. Na curta carreira, ele jamais recebeu uma premiação em competições de expressão. Ele deseja coroar o início de ano na lista da seleção do Campeonato Carioca.
- Eu gostaria de ser lembrado, lógico. Na Taça Guanabara, eu joguei três jogos só, contra o Boavista e as finais. E, na Taça Rio, só fiquei fora de um jogo. Se for lembrado, ficarei feliz.
Vamos ver, deixa eles decidirem. Mas gostaria de ganhar.
*Raphael Bózeo, estagiário, sob a supervisão de Luciano Mello
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2013/05/novo-pitbullzinho-gabriel-muda-vida-com-chegada-da-familia-ao-rio.html
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