Jogador do Cleveland Cavaliers, que sofreu com coágulo no pulmão, traça como meta alcançar nível de atuações de antes da lesão
Anderson Varejão respira fundo e abre o sorriso. O ar fresco que invade seus pulmões lhe parece ainda mais agradável agora. Depois de temer pelo pior ao ser diagnosticado com uma embolia pulmonar, em janeiro, o jogador do Cleveland Cavaliers, da NBA, passou a dar mais valor a detalhes que antes passavam despercebidos. Apesar de ainda não poder brincar com a bola de basquete, o ala-pivô se diz fortalecido pelo tempo de reflexão no estaleiro
- Eu podia ter morrido. Foi muito difícil para mim. Precisei ter paciência. Acreditar muito. Agora, gosto de aproveitar os momentos ao máximo, seja com a família ou com amigos. Não penso muito no dia de amanhã. Isso me fortaleceu mais e me fez pensar que é desse jeito que quero levar a vida - disse o jogador, que está em São Paulo para participar do evento NBA 3X.
Agora, gosto de aproveitar os momentos ao máximo. Não penso muito no dia de amanhã. Isso me fortaleceu mais"
Anderson VarejãoApesar de viver o momento com a família e com os amigos, Varejão faz
planos para seu retorno às quadras. O jogador de 30 anos estava em seu
melhor momento em nove temporadas na NBA. Com média de 14,1 pontos e
14,4 rebotes por partida, o pivô era apontado como um dos favoritos a
ganhar uma vaga no All-Star Game. No entanto, uma lesão no quadríceps o
levou para a sala de cirurgia, e poucos dias depois veio a descoberta do
coágulo no pulmão direito.
Anderson tem calma, cumpre as etapas de seu tratamento passo a passo. Tudo para voltar aos Cavs na estreia da próxima temporada regular da NBA, no fim de outubro, e com o mesmo ritmo de antes da lesão.
- Vou voltar 100% já na estreia da próxima temporada. A meta é voltar jogando no ritmo de antes da lesão.
Estava em uma fase especial da minha carreira, em que meus números estavam muito bons. Estava recebendo e-mails, ligações de amigos, fãs nas redes sociais, técnicos de outros times. Todos torciam para eu ir para o All-Star Game. Isso me conforta um pouco - disse o jogador.
Anderson Varejão está em São Paulo para o evento
NBA 3X (Foto: Marcos Guerra)
NBA 3X (Foto: Marcos Guerra)
De férias, o pivô espera o chamado dos médicos do Cleveland Cavaliers para retornar aos Estados Unidos e começar as sessões de fisioterapia. Por enquanto, o basquete está distante, só pela TV, na torcida pelo amigo Tiago Splitter, do San Antonio Spurs, que está na final da Conferência Oeste da NBA contra o Memphis Grizzlies. Varejão só pode se alongar, mas contém a ansiedade.
- Dá vontade de pegar a bola e jogar, fazer dois contra dois ou três contra três, qualquer coisa. Só que entendo que a saúde é mais importante neste momento. Tenho de ficar 100% para depois voltar, porque ainda tenho alguns anos de basquete pela frente. Não posso fazer nada de exercício aeróbico pesado, nada de contato ou de malhação. Isso foi uma das coisas que me deixaram mais angustiado.
Apesar da tortura de não poder fazer o que mais ama, Anderson não se afastou de seu time. Ele sofreu por não entrar em quadra, mas esteve em muitos jogos dos Cavs em Cleveland, afinal, é um dos líderes do grupo e um dos jogadores mais queridos pela torcida, que veste perucas para homenageá-lo
Varejão estava em sua melhor fase em nove temporadas no Cleveland Cavaliers (Foto: Getty Images)
Varejão gosta do papel de líder, uma função que ele assumiu com muita dedicação e treinos. Para ser espelho não só para os garotos de Cleveland, ele aceitou de bom grado o convite para participar do evento NBA 3X, neste fim de semana, no Parque Villa-Lobos. Ele não sabe se sequer poderá arriscar alguns arremessos, mas já fica feliz por passar seus conhecimentos aos paulistanos.
- Para mim, é muito legal fazer eventos assim no Brasil, ficar mais perto do fã brasileiro. Fui para o exterior muito novo. Com esses eventos, consigo ter mais contato com a molecada que está começando agora. Eu me sinto muito bem fazendo isso – finalizou o jogador.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2013/05/fortalecido-depois-do-risco-de-morte-varejao-avisa-vou-voltar-100.html
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