Desde 2012 no Udinese, da Itália, meia lamenta falta de títulos no período que defendeu o Glorioso e diz que não gostaria de ter deixado o time
Um erro pode marcar qualquer pessoa para toda a vida, ainda mais se o
erro em questão tirar um time da disputa do torneio de clubes mais
importante do mundo, a Liga dos Campeões. Mesmo depois de seis meses da
fatídica “cavadinha” na disputa de pênaltis contra o Braga, que eliminou
o Udinese da competição, Maicosuel
não consegue esquecer o lance, admitindo ser um divisor de águas em sua
vida e carreira. Hoje, mais maduro e em busca do espaço perdido com a
atitude, o meia diz que se fosse no Brasil o caso poderia ter acabado em
demissão e gozação do público, e aproveita para esclarecer que não
gostaria de ter saído do Botafogo.
- Aqui o pessoal ficou bravo com o pênalti e acabei saindo e não sendo inscrito na Uefa. Eu me cobro muito e estou me recuperando para voltar a ser titular. Mas depois disso eu não tive uma sequência boa. Estou treinando bem, voltando a jogar como titular, ainda me adaptando, mas gostando muito da Itália. Aqui as pessoas me tratam muito bem, mesmo com o erro que cometi. No Brasil não seria assim – Explicou Maicosuel, que voltou a falar do pênalti em diversos momentos da entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.
Sem esconder o carinho pelo Botafogo, o “Mago” explica que não gostaria
de ter deixado o clube. Sem guardar mágoas da comissão técnica ou da
diretoria de alvinegra, ele afirma que todos no clube sempre o trataram
muito bem e deixa transparecer o sonho em voltar a defender o time no
futuro.
- Eu não queria sair. Não queria mesmo. Mas apareceu uma proposta boa para mim e para o clube. Ainda assim, não foi a saída que eu queria.
Concordar com o banco de reservas, eu jamais vou. Mas o Oswaldo tem bagagem e sabe que está fazendo. Eu entendo os motivos. No Botafogo, houve uma queda de rendimento e eu comentei com o Elkeson sobre isso. O Oswaldo identificou isso também e acabou conversando com a gente e me tirando do time. Não guardo rancor de ninguém. Poucas vezes vi um profissional como o Oswaldo. A diretoria também foi ótima comigo.
'Falta de sorte' para chegar a títulos pelo Botafogo
Os títulos, que não apareceram enquanto vestiu a camisa do Glorioso, são um buraco no currículo do jogador. Ciente de que a cada ano que passa a torcida alvinegra pressiona ainda mais por uma conquista nacional que não aparece desde o Brasileiro de 1995, Maicosuel culpa a falta de sorte para o hiato de mais de 15 anos. Ele lembra que o clube sempre forma boas equipes, mas na “hora H” falta algum detalhe.
Comparando o início no Bota a esses seis primeiros meses no Udinese, o meia lembra algumas semelhanças, como os gols nas partidas de estreias por ambas as equipes. Outro detalhe próximo é a queda de rendimento dos times.
- No Botafogo foi muito bom. Logo no primeiro jogo eu fiz dois gols e ganhei bastante confiança. Mas aqui eu também marquei na estreia e vinha jogando bem até perder o pênalti. Depois disso, eu não tive uma sequência boa e a equipe também caiu de produção, assim como o que aconteceu no Bota. Mas, o Udinese está voltando a se encaixar.
Mudança na mentalidade por novo filho
Se dentro das quatro linhas o momento é de recuperar o seu espaço no Udinese, fora dele o segundo filho com a esposa Mari está a caminho para a felicidade da família, que já conta com a filha Duda, de 5 anos. Ainda sem saber o sexo da criança, Maicosuel explica que desde a “cavadinha”, passando pela descoberta da nova paternidade, o jeito moleque e brincalhão vem dando lugar a mais profissionalismo, tão solicitado na Itália.
- Nada como o Brasil, claro. Mas a Itália se aprende a gostar e me adaptei, pois eles me acolheram bem. As pessoas aqui são ótimas. Até depois do pênalti que errei a pessoas cobraram logo depois, mas em seguida me apoiaram. Agora, com mais um filho a caminho também estou deixando de ser um moleque brincalhão e ficando com mais responsabilidades. Espero que essa criança traga muitas felicidades. Mas no geral, está sendo uma fase nova e que estou gostando muito. Apesar do erro que cometi, eles me tratam bem.
Para coroar e fazer as pazes com a torcida, Maicosuel deseja recolocar a
equipe em uma grande competição europeia. Além da dificuldade que a
tabela reserva ao Udinese, são dez pontos para a zona de classificação
para a Liga dos Campeões e sete para a Liga Europa. Mesmo assim, o
“Mago” promete buscar uma vaga pelo menos entre os cinco primeiros do
Italiano, mas terá pela frente pedreiras como: Roma, Catania, Lazio e
Internazionale, todos concorrentes diretos.
- A Liga Europa é um objetivo, mas não está tão distante e Champions também dá. Sabemos que será complicado, mas vamos lutar. Teremos jogos com times nas duas pontas na tabela. O Udinese chegou nos dois últimos anos lá, e o treinador quer chegar mais uma vez. Para o ano que vem, estaremos mais adaptados e vamos melhorar muito.
*Por Daniel Falcão, sob supervisão de Marcos Felipe.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2013/03/sem-conseguir-esquecer-cavadinha-maicosuel-explica-saida-do-botafogo.html
- Aqui o pessoal ficou bravo com o pênalti e acabei saindo e não sendo inscrito na Uefa. Eu me cobro muito e estou me recuperando para voltar a ser titular. Mas depois disso eu não tive uma sequência boa. Estou treinando bem, voltando a jogar como titular, ainda me adaptando, mas gostando muito da Itália. Aqui as pessoas me tratam muito bem, mesmo com o erro que cometi. No Brasil não seria assim – Explicou Maicosuel, que voltou a falar do pênalti em diversos momentos da entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.
Pênalti perdido contra o Braga não sai da cabeça do meia Maicosuel (Foto: Agência Getty Images)
- Eu não queria sair. Não queria mesmo. Mas apareceu uma proposta boa para mim e para o clube. Ainda assim, não foi a saída que eu queria.
Concordar com o banco de reservas, eu jamais vou. Mas o Oswaldo tem bagagem e sabe que está fazendo. Eu entendo os motivos. No Botafogo, houve uma queda de rendimento e eu comentei com o Elkeson sobre isso. O Oswaldo identificou isso também e acabou conversando com a gente e me tirando do time. Não guardo rancor de ninguém. Poucas vezes vi um profissional como o Oswaldo. A diretoria também foi ótima comigo.
Maicosuel diz que não gostaria de ter saído do Botafogo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Os títulos, que não apareceram enquanto vestiu a camisa do Glorioso, são um buraco no currículo do jogador. Ciente de que a cada ano que passa a torcida alvinegra pressiona ainda mais por uma conquista nacional que não aparece desde o Brasileiro de 1995, Maicosuel culpa a falta de sorte para o hiato de mais de 15 anos. Ele lembra que o clube sempre forma boas equipes, mas na “hora H” falta algum detalhe.
A torcida está carente de título e ídolos atuais"
Maicosuel, sobre Botafogo
- Nada me atrapalhou no Botafogo. A torcida está carente de título e de
ídolos atuais. Ela se acostumou com o passado glorioso e os avós
passaram isso para os filhos e netos. Assim, essa geração de torcedores
cobra muito. Perdi os três títulos estaduais que disputei (em 2010, ano
do título carioca, ele defendia o Hoffenheim), mas faltou sorte nas
finais e essas coisas acontecem. Eu sempre falei que o que faltava para a
gente era títulos. Apesar de chegarmos sempre nas finais, eu
infelizmente não consegui ser campeão lá. O Bota tem uma estrutura boa e
sempre torço por ele.
Comparando o início no Bota a esses seis primeiros meses no Udinese, o meia lembra algumas semelhanças, como os gols nas partidas de estreias por ambas as equipes. Outro detalhe próximo é a queda de rendimento dos times.
- No Botafogo foi muito bom. Logo no primeiro jogo eu fiz dois gols e ganhei bastante confiança. Mas aqui eu também marquei na estreia e vinha jogando bem até perder o pênalti. Depois disso, eu não tive uma sequência boa e a equipe também caiu de produção, assim como o que aconteceu no Bota. Mas, o Udinese está voltando a se encaixar.
Mudança na mentalidade por novo filho
Se dentro das quatro linhas o momento é de recuperar o seu espaço no Udinese, fora dele o segundo filho com a esposa Mari está a caminho para a felicidade da família, que já conta com a filha Duda, de 5 anos. Ainda sem saber o sexo da criança, Maicosuel explica que desde a “cavadinha”, passando pela descoberta da nova paternidade, o jeito moleque e brincalhão vem dando lugar a mais profissionalismo, tão solicitado na Itália.
- Nada como o Brasil, claro. Mas a Itália se aprende a gostar e me adaptei, pois eles me acolheram bem. As pessoas aqui são ótimas. Até depois do pênalti que errei a pessoas cobraram logo depois, mas em seguida me apoiaram. Agora, com mais um filho a caminho também estou deixando de ser um moleque brincalhão e ficando com mais responsabilidades. Espero que essa criança traga muitas felicidades. Mas no geral, está sendo uma fase nova e que estou gostando muito. Apesar do erro que cometi, eles me tratam bem.
Ultrasonografia do bebê, e Maicosuel com a esposa Mari e a primeira filha Duda (Foto: Reprodução)
- A Liga Europa é um objetivo, mas não está tão distante e Champions também dá. Sabemos que será complicado, mas vamos lutar. Teremos jogos com times nas duas pontas na tabela. O Udinese chegou nos dois últimos anos lá, e o treinador quer chegar mais uma vez. Para o ano que vem, estaremos mais adaptados e vamos melhorar muito.
*Por Daniel Falcão, sob supervisão de Marcos Felipe.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2013/03/sem-conseguir-esquecer-cavadinha-maicosuel-explica-saida-do-botafogo.html
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