terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Promotoria pede exame em menor corintiano por lesão na mão direita


Segundo advogado da Gaviões da Fiel, Ricardo Cabral, garoto se machucou no momento em que disparou sinalizador que matou Kevin

Por Leandro Canônico São Paulo

Depois de assumir oficialmente na última segunda-feira a autoria do disparo de sinalizador que matou o boliviano Kevin Espada, de 14 anos, no empate por 1 a 1 entre San José e Corinthians, pela Libertadores, o menor de idade H. A. M., integrante da Gaviões da Fiel, passou por um exame de corpo de delito. Segundo o advogado da torcida organizada, Ricardo Cabral, ele tem um ferimento na mão direita, que teria sido provocado no momento do disparo.

- Assim que saímos do depoimento, nós fomos ao Instituto Médico Legal (IML) para que o menor passasse por exame de corpo de delito. Foi constatada uma lesão na mão direita dele, muito provavelmente por conta do disparo do sinalizador. O promotor, então, pediu o exame – explicou Cabral, informando que o exame foi um pedido do promotor Gabriel Rodrigues Alves.

Assim que saímos do depoimento, nós fomos ao Instituto Médico Legal (IML) para que o menor passasse por exame de corpo de delito"
Ricardo Cabral, advogado

O resultado do exame de corpo de delito será enviado pelo IML à promotoria do Ministério Público. E pode, segundo o advogado, ajudar os 12 corintianos detidos na Bolívia por conta da morte do garoto Kevin Espada, de 14 anos. A expectativa, aliás, era de que, com a confissão do menor, eles fossem libertados.

- Por via de consequência, o resultado do exame de corpo de delito do menor pode ajudar os 12 que estão lá na Bolívia. O menor alega que se machucou quando disparou o sinalizador. E o exame vai dizer se foi ou não. Essa prova não é contra ele, mas sim parte da nossa estratégia de defesa – acrescentou o advogado.

Antes confiante de que os 12 corintianos poderiam ser liberados da prisão na Bolívia mais rapidamente, Cabral já admite demora maior no processo.
- Depois do depoimento do menor, o promotor deve manar uma cópia para a Bolívia e pedir as informações do processo. Mas isso demora, porque é feito por carta rogatória, envolve o ministério das relações exteriores... Estou estudando uma nova estratégia para acelerar esse processo – finalizou Ricardo Cabral.

Menor chega acompanhado do advogado (Foto: Leandro Canônico)Menor esconde o rosto com as mãos na chegada para depor, em Guarulhos (Foto: Leandro Canônico)

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