Em lua de mel com a torcida, Bruno Mineiro brinca com a disputa pelo posto de goleador e diz que o jogador do Flu deveria se contentar com o título
Ao final de cada jogo da equipe em casa, o canto fica cada vez mais alto no Canindé: “Olé, olé, Bruno Mineiro matador do Canindé”. O atacante se delicia com a boa fase – talvez, a melhor na carreira do jogador de 29 anos. Os números são impressionantes: em 15 jogos pela Lusa no Brasileirão, 14 gols.
Com nove pontos de vantagem sobre o Sport (primeiro time na zona do rebaixamento) e a permanência na Série A no caminho certo de ser assegurada, Bruno Mineiro espera só atingir a pontuação desejada para se livrar da degola antes de focar só na disputa pelo posto de goleador. Para isso, no entanto, tem um rival de peso: Fred, do Fluminense, que tem 13 gols, e mantém boa regularidade na competição. Para ficar com a artilharia, o atacante da Lusa faz um pedido ao rival, que também é mineiro e seu amigo de longa data. Ainda na base do América-MG, Bruno formou dupla de ataque com Fred por cerca de dois anos.
– Ele sendo campeão, já está bom. Já está lá na frente. Deixa a artilharia comigo (risos). Ele campeão, nós permanecendo na Séria A e eu com a artilharia seria bom demais – afirmou o atacante.
Emprestado pelo Atlético-PR, ele tem contrato com a Lusa até o fim do ano e comemora o carinho conquistado junto à torcida em tão pouco tempo de casa.
– Vamos conquistando aos poucos. Torcedor é isso. Perdemos do Fluminense e saímos aplaudidos. Não está faltando dedicação, força de vontade. Desde que cheguei a torcida está apoiando. Isso é muito importante. Vamos com o pé no chão, as coisas vão acontecendo. Infelizmente a Portuguesa caiu no estadual, mas já falavam que não aguentaríamos o Brasileiro antes mesmo de começar. Isso dói, estamos muito focados - completou.
Bruno Mineiro comemora um de seus três gols sobre o Sport (Foto: Ale Vianna / Ag. Estado)
– Fred fez muito gol, mas bateu quatro ou cinco pênaltis. O Bruno não bate. Ele fez menos jogos que toda a turma que está perto dele. Se for ver o percentual de jogos e gols, ele é disparado o artilheiro. A bola bate em todo mundo e sobra para ele. Às vezes, ele nem cria. É o homem da última bola, tem uma facilidade incrível. Ele se coloca bem... Está brigando pela artilharia sem bater pênalti – disse Geninho, sem se preocupar com o assédio de clubes rivais sobre o jogador.
– Fui buscar o Bruno encostado no Atlético-PR, foi uma grande aposta minha. Tinha feito gols comigo em outras equipes, conheço ele, sei da característica. Temos alguém para por o pé na última bola, era o que faltava. Com a chegada dele, a fase virou porque os gols começaram a acontecer. Caiu na Série A, em um time com cobrança, se arrumando. A chegada dele marcou uma evolução da Portuguesa. Não só ele, muitos jogadores estão se valorizando. Ele faz gols e tem destaque maior, mas a maior virtude talvez seja o grupo, o conjunto – completou Geninho.
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