Formada em Educação Física, paraense concilia carreira de jogadora com o trabalho de professora em Brasília. SporTV transmite o Circuito no sábado
Izabel, de azul, posa com os alunos do grupo de
corrida Getrunning, em Brasília (Arquivo Pessoal)
corrida Getrunning, em Brasília (Arquivo Pessoal)
Antes de viver como atleta profissional, Izabel dava aulas em uma escolinha de vôlei. Gostava de ensinar, mas deixou o ofício em Teresina, onde morava em 1999, para se dedicar integralmente à carreira nas areias. Menos de uma década depois, porém, decidiu retomar os estudos e cursar Educação Física. Com seu preparador físico, Juca Silva, fez estágio no grupo Getrunning e foi contratada depois de formada.
Enquanto não está viajando para disputar etapas do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, Izabel orienta o treinamento de equipes de manhã e de noite. Mas dificilmente corre junto com os alunos. Para evitar um desgaste físico excessivo, já que segue a rotina de treinos do vôlei normalmente, acompanha as corridas frequentemente montada em uma bicicleta.
- Meu dia começa muito cedo e é muito corrido por causa do trabalho. Dificilmente o Juca me deixa correr. Só vou junto mesmo nas caminhadas, no trotezinho com os iniciantes. Com quem já corre mesmo eu só acompanho os tempos ou então sigo de bicicleta. Não posso me desgastar muito porque ainda tenho que suar na areia e preciso estar inteira ali – contou, por telefone.
Alunos acompanham a carreira de Izabel na praia e cobram por resultados (Foto: Arquivo Pessoal)
Aos 38 anos, a jogadora afirma que a corrida melhorou muito seu condicionamento em quadra. Segundo ela, os benefícios são tantos que ela tenta convencer sua atual parceira, Pri Lima, a também incluir a atividade em sua rotina.
- Eu não tenho mais tanta dificuldade para respirar, mesmo no ar seco de Brasília. Minha recuperação depois de um rali agora é bem mais rápida. Sempre falo para a Pri correr também. Ela gosta, mas não é a mesma coisa. Entrar para esse grupo foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Me ajudou em todos os aspectos, sendo que sempre viajo com uma energia boa pelo carinho verdadeiro que meus alunos sentem por mim.
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Os alunos são também alguns dos maiores incentivadores de Izabel.
Antes, durante e depois dos torneios, desejam sorte e pedem notícias.
Com a eliminação nas quartas de final em Cuiabá, a atleta não teve
nenhum jogo transmitido pelo SporTV (o canal transmite apenas as
semifinais e finais), e foi bastante cobrada.- O pessoal ficou arrasado porque fomos uma negação nessa etapa e não aparecemos na televisão. Falei para eles não se preocuparem, porque em breve vão nos ver lá. Eles ficam super empolgados e querem saber tudo, pedem sempre notícias nas redes sociais, fotos. No domingo tem uma corrida importante em Brasília mas, como é pertinho, um grupo já falou que vai para Goiânia para nos apoiar ao vivo.
Izabel e Pri Lima disputam o Open de Goiânia a partir desta sexta-feira (Foto: Divulgação / CBV)
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