A CRÔNICA
por
Edgard Maciel de Sá
Dia de semana, 17h, muito calor, estádio quase vazio, pouco barulho:
cenário típico de um jogo entre duas equipes pequenas. Mas em campo
estava o campeão da Taça Guanabara. Depois de bater o Vasco no último
domingo, o Fluminense estreou na Taça Rio nesta quarta-feira perdendo
para o Resende por 2 a 1, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta
Redonda. Sem glamour e torcida, os reservas pecaram pelos gols perdidos e
pelas falhas da defesa. Marcel e Marcelo Régis marcaram para o Resende.
Rafael Sobis, em um golaço, descontou
.
Apesar de contar com jogadores como Lanzini, Wagner e a dupla de ataque formada por Rafael Moura e Rafael Sobis, o time tricolor mostrou muita fragilidade. Desorganizado em campo, não conseguiu levar muito perigo ao bem montado Resende. E a defesa ainda bateu cabeça nos dois lances de gol sofrido. O resultado foi a melancólica derrota diante de um público desanimador: 659 pagantes (1.447 presentes), com renda de R$ 12.060.
O Fluminense volta a campo no próximo sábado para enfrentar o Nova Iguaçu, às 18h30m (de Brasília), também em Volta Redonda. Deverá usar novamente os reservas, já que na quarta-feira seguinte há o confronto com o Boca Juniors, na Bombonera, pela Libertadores. O Resende, também no sábado, sobe a serra para encarar o Friburguense, às 16h, no Estádio Eduardo Guinle.
Golaço de Sobis e reclamações da torcida
Coube aos reservas a missão de dar o pontapé inicial no segundo turno do campeão da Taça Guanabara. Mas antes mesmo que dessem o seu primeiro ataque, o Resende já abriu o marcador: aos cinco minutos, Marcel recebeu na meia-lua, driblou Digão com facilidade e chutou sem chances para Ricardo Berna.
O número de torcedores era tão pequeno que o silêncio permitia que as instruções dos treinadores fossem ouvidas - assim como as reclamações dos torcedores. Um em especial, localizado na tribuna de honra, tinha o técnico Abel Braga como alvo. Bastou o lateral-esquerdo Thiago Carleto cobrar uma falta com perigo, para ele dar início à gritaria: "Como ele pode ser reserva, Abel?".
A desvantagem no placar não abateu o Fluminense. Com calma, toque de bola e boas atuações individuais de Lanzini, Wagner, Carleto e Sobis, o time passou a dominar as ações e a criar oportunidades em sequência. Na primeira, Sobis acertou uma bomba no travessão. Na segunda, foi a vez de Wagner chutar na trave. E na terceira não houve jeito. Uma bela troca de passes entre Lanzini, Wagner e Souza terminou em conclusão com categoria de Sobis: 1 a 1, aos 30 minutos.
Oito minutos depois, Carleto quase virou o placar em belo chute de fora da área - e o torcedor voltou a esbravejar na direção de Abel. O calor era tanto que o fim do primeiro tempo registrou ainda uma cena curiosa. Após a marcação de uma falta, Sobis achou que o juiz havia encerrado a etapa e já foi tirando a camisa. Mas teve de recolocá-la rapidamente porque ainda faltava um minuto...
Resende volta a marcar e termina com a vitória
Veio a segunda etapa, e o domínio tricolor diminuiu. Errando o último passe, o Fluminense voltou a dar espaços ao adversário, que começou a levar perigo nos contra-ataques. Pouco antes da parada técnica, o Resende chegou ao segundo gol. Marcel cruzou da esquerda, Márcio Rosário não cortou, e Marcelo Régis, livre, fez 2 a 1.
Gritaria na arquibancada: "Tem que mexer, Abel!". E o treinador atendeu aos torcedores. Wallace já havia entrado na vaga de Souza. Vieram ainda Samuel e Matheus Carvalho nos lugares de Fábio e Lanzini, respectivamente. Antes de sair, o argentino foi derrubado dentro da área e pediu pênalti. Rodrigo Nunes de Sá mandou o jogo seguir.
As alterações não surtiram efeito, e o Fluminense passou a buscar o empate de forma desorganizada. A melhor chance surgiu aos 37. Wallace cruzou da direita, e Rafael Moura, marcado, perdeu o gol. O Fluminense ainda foi na base do abafa tentar o empate, mas já era tarde demais. Estreia melancólica na Taça Rio.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/carioca-2012/29-02-2012/resende-fluminense.html
.
Apesar de contar com jogadores como Lanzini, Wagner e a dupla de ataque formada por Rafael Moura e Rafael Sobis, o time tricolor mostrou muita fragilidade. Desorganizado em campo, não conseguiu levar muito perigo ao bem montado Resende. E a defesa ainda bateu cabeça nos dois lances de gol sofrido. O resultado foi a melancólica derrota diante de um público desanimador: 659 pagantes (1.447 presentes), com renda de R$ 12.060.
O Fluminense volta a campo no próximo sábado para enfrentar o Nova Iguaçu, às 18h30m (de Brasília), também em Volta Redonda. Deverá usar novamente os reservas, já que na quarta-feira seguinte há o confronto com o Boca Juniors, na Bombonera, pela Libertadores. O Resende, também no sábado, sobe a serra para encarar o Friburguense, às 16h, no Estádio Eduardo Guinle.
Golaço de Sobis e reclamações da torcida
Coube aos reservas a missão de dar o pontapé inicial no segundo turno do campeão da Taça Guanabara. Mas antes mesmo que dessem o seu primeiro ataque, o Resende já abriu o marcador: aos cinco minutos, Marcel recebeu na meia-lua, driblou Digão com facilidade e chutou sem chances para Ricardo Berna.
O número de torcedores era tão pequeno que o silêncio permitia que as instruções dos treinadores fossem ouvidas - assim como as reclamações dos torcedores. Um em especial, localizado na tribuna de honra, tinha o técnico Abel Braga como alvo. Bastou o lateral-esquerdo Thiago Carleto cobrar uma falta com perigo, para ele dar início à gritaria: "Como ele pode ser reserva, Abel?".
A desvantagem no placar não abateu o Fluminense. Com calma, toque de bola e boas atuações individuais de Lanzini, Wagner, Carleto e Sobis, o time passou a dominar as ações e a criar oportunidades em sequência. Na primeira, Sobis acertou uma bomba no travessão. Na segunda, foi a vez de Wagner chutar na trave. E na terceira não houve jeito. Uma bela troca de passes entre Lanzini, Wagner e Souza terminou em conclusão com categoria de Sobis: 1 a 1, aos 30 minutos.
Oito minutos depois, Carleto quase virou o placar em belo chute de fora da área - e o torcedor voltou a esbravejar na direção de Abel. O calor era tanto que o fim do primeiro tempo registrou ainda uma cena curiosa. Após a marcação de uma falta, Sobis achou que o juiz havia encerrado a etapa e já foi tirando a camisa. Mas teve de recolocá-la rapidamente porque ainda faltava um minuto...
Rafael Moura encara marcação dupla no Raulino de Oliveira (Foto: Divulgação/Flick Fluminense)
Veio a segunda etapa, e o domínio tricolor diminuiu. Errando o último passe, o Fluminense voltou a dar espaços ao adversário, que começou a levar perigo nos contra-ataques. Pouco antes da parada técnica, o Resende chegou ao segundo gol. Marcel cruzou da esquerda, Márcio Rosário não cortou, e Marcelo Régis, livre, fez 2 a 1.
Gritaria na arquibancada: "Tem que mexer, Abel!". E o treinador atendeu aos torcedores. Wallace já havia entrado na vaga de Souza. Vieram ainda Samuel e Matheus Carvalho nos lugares de Fábio e Lanzini, respectivamente. Antes de sair, o argentino foi derrubado dentro da área e pediu pênalti. Rodrigo Nunes de Sá mandou o jogo seguir.
As alterações não surtiram efeito, e o Fluminense passou a buscar o empate de forma desorganizada. A melhor chance surgiu aos 37. Wallace cruzou da direita, e Rafael Moura, marcado, perdeu o gol. O Fluminense ainda foi na base do abafa tentar o empate, mas já era tarde demais. Estreia melancólica na Taça Rio.
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/carioca-2012/29-02-2012/resende-fluminense.html
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