Garoto tem atuação de gala na vitória por 2 a 0, em São Januário. Atual campeão deixa o campo vaiado, e Enderson Moreira é chamado de burro
Enquanto isso, os cariocas deixam claras a cada movimento em campo suas carências. Sem Fred, com amigdalite, o ataque foi nulo; o meio-campo, pouco criativo; e a defesa, desarrumada. A chegada de Abel Braga, antes esperada com paciência, passou a ser emergencial para que o campeonato não “comece” tarde demais. No primeiro teste, a equipe saiu de campo sob vaias de gritos de “time sem vergonha”. Já Enderson Moreira foi para o vestiário ao som de “burro”.
Com o resultado, o São Paulo termina a primeira rodada na quarta colocação, e o Flu, na 18ª. O Tricolor do Rio vai jogar fora de casa na próxima rodada: enfrenta o Atlético-GO, no Serra Dourada, às 18h30m de domingo. Já o Tricolor de São Paulo recebe o Figueirense no Morumbi, às 21h de sábado.
Paciente, São Paulo larga na frente
Disperso e sem criatividade, o Fluminense que entrou no gramado de São Januário não parecia em nada o time que levou uma semana na Granja Comary para treinamentos. Por outro lado, o São Paulo também não dava indícios de ser uma equipe afetada pela crise deflagrada com a eliminação na Copa do Brasil e os problemas envolvendo Carpegiani e Rivaldo. Resultado? Vantagem paulista ao término de 45 minutos, nos quais teve como maior virtude a paciência.
Se por um lado Deco, Conca, Rafael Moura e Rodriguinho não se encontravam no ataque e apelavam para chutes de longa distância na ânsia de abrirem o placar, o São Paulo abusava da troca de passes no meio-campo em busca de espaços para usar a velocidade de Lucas e Dagoberto. Estratégia que deu certo, mesmo com o Fluminense tendo dois volantes à frente da linha de zaga.
Ainda distante da forma ideal, Leandro Euzébio não teve bom retorno após artroscopia e não encontrou nos companheiros a cobertura esperada. Inoperante ofensivamente e desequilibrado na defesa, o Flu chamava o São Paulo e sofreu o gol aos 33 minutos. Foi quando Casemiro teve tempo para dominar, pensar e achar Dagoberto em um dos buracos na zaga tricolor. O atacante chutou forte, de primeira, e fez 1 a 0.
A desvantagem não foi capaz de acordar os cariocas, que observavam mais do que marcavam e por pouco não viram Lucas ampliar antes de ouvirem vaias na descida para o intervalo.
Lucas toma conta do jogo e dá espetáculo
O gol do jovem meia da Seleção Brasileira, porém, não demorou a acontecer. Por sinal, ele pegou o segundo tempo e colocou debaixo do braço, com direito a um verdadeiro baile em Gum, Leandro Euzébio e companhia. Logo aos três minutos, fez fila na entrada da área e chutou forte para superar Berna: 2 a 0. A jogada ainda se repetiria algumas vezes, mas sem o mesmo êxito.
Lucas e Dagoberto comemoram o primeiro gol do Tricolor Paulista (Foto: Alexandre Loureiro / Vipcomm)
Entretanto, nada disso surtiu efeito. O dono do jogo era Lucas, e pará-lo era uma missão que já tomava tempo demais dos cariocas. Dribles, arrancadas e passes precisos faziam parte do repertório do garoto, que nem precisou balançar a rede novamente para ter uma atuação daquelas que “valem o ingresso”.
O São Paulo que chegou ao Rio de Janeiro em crise, volta para casa com três pontos e uma exibição capaz para ao menos acalmar os ânimos no Morumbi. A batata quente agora está com o outro tricolor. O campeão brasileiro teve estreia decepcionante e aguarda ansiosamente a chegada de Abel Braga. No fim, o time de guerreiros foi chamado de time sem vergonha pelos torcedores. Do lado são-paulino, união. Os tricolores se reuniram no centro de campo antes de ir para o vestiário.
Ricardo Berna, Mariano, Gum, Leandro Euzébio e Julio Cesar (Carlinhos); Edinho, Diogo (Willians), Deco (Souza) e Conca; Rafael Moura e Rodriginho. | Rogério Ceni (Denis), Jean, Xandão, Luiz Eduardo (Bruno Uvini) e Juan; Rodrigo Souto, Casemiro (Rivaldo), Wellington, Carlinhos Paraíba e Lucas; Dagoberto. |
Técnico: Enderson Moreira. | Técnico: Paulo César Carpegiani. |
Gols: Dagoberto, aos 33 do primeiro tempo. Lucas, aos três do segundo tempo. | |
Cartões amarelos: Gum (Fluminense); Juan e Rodrigo Souto (São Paulo). | |
Estádio: São Januário. Data: 22/05/2011. Árbitro: Heber Roberto Lopes. Auxiliares: Bruno Boschilla e Gilson Coutinho. Público pagante: 4.005. Público presente: 5.732. Renda: R$ 72.660 FONTE: http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2011/22-05-2011/fluminense-sao-paulo.html |
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