sábado, 30 de abril de 2011

Ataques certeiros pelo título da Superliga

Maiores pontuadoras de seus times, Sheilla e Natália duelam na decisão

Amigas fora de quadra, opostas do Rio de Janeiro e Osasco dizem que não vão aliviar nos ataques potentes na partida que vale o título da Superliga

Por Danielle Rocha Belo Horizonte

As trocas de olhares funcionam como um pedido de "para com isso, menina!". Costumam acontecer sempre depois daqueles ataques potentes que enchem suas equipes de moral e tanto irritam a que está do outro lado da rede. Sheilla e Natália perderam as contas de quantas vezes uma repreendeu a outra, sem sucesso. E neste sábado, durante a final da Superliga, sabem que não será diferente. Acostumadas a serem procuradas com frequência por suas levantadoras, as opostas de Rio de Janeiro e Osasco não veem a hora de medir forças. O Rio busca o hepta; o Osasco, o penta. O confronto será disputado às 10h, no Mineirinho, e terá transmissão ao vivo da TV Globo ( mande seu recado ). O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.
montagem Sheilla e Natália vôlei (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)Sheilla e Natália (dir.) nos últimos treinos antes da final (Foto: Editoria de Arte / GLOBOESPORTE.COM)

Sheilla entrará na decisão sabendo que será perseguida por suas marcadoras. Preocupação normal, já que foi responsável por 475 pontos do time carioca nesta temporada. Foi também peça fundamental na fase de classificação do campeonato quando ainda não podia contar com Mari, se recuperando de uma cirurgia no joelho, para dividir as ações ofensivas. Foi incansável.

- A Regiane até brincava comigo, dizendo que ela ia defender e passar, mas que eu tinha que atacar. Minha função é mesmo essa e acho que estou fazendo uma Superliga boa até agora e espero fechá-la com chave de ouro. Espero também que este não seja o melhor momento da minha carreira - brinca - Sei que vou ser muito marcada, mas a Nat pode esperar não só por mim, mas pelo time inteiro atacando muito.
Superliga vôlei - Rio de Janeiro - Sheilla (Foto: Alexandre Arruda / CBV)Sheilla é a maior pontuadora da Superliga
(Foto: Alexandre Arruda / CBV)

Sheilla provoca a amiga de maneira suave, em tom de brincadeira. Sabe que Natália, além de força, tem raça de sobra, combinação perigosa demais num jogo decisivo. Aos 22 anos e com 398 pontos anotados, acha graça da potência dos seus ataques e das reações das vítimas que fez. Apesar de todos os elogios que vem recebendo dentro e fora do país, a jogadora do Osasco não se dá por satisfeita e quer voar.

- Eu sempre digo que se pudesse ter um superpoder seria esse. E as pessoas me falam que eu já faço isso em quadra (risos). Eu me cobro muito e ainda tenho muito a aprender. Não sou tão experiente como outras jogadoras que estão nesta final, apesar de ter estado no Mundial. Sei que não sou uma jogadora criativa, mas tenho força física. As meninas reclamam bastante dela durante os treinos. Já acertei muito pescoço e barriga - diverte-se Natália.

Falante e expansiva, ela já ensaia seu ritual para as horas que irão anteceder a disputa. Vai acordar às 7h, ligar o som alto e ouvir "Live your life" só para entrar no clima.

- E depois a gente vai ouvir um “black” e um pagodinho no vestiário também. A Sheillinha pode me dar aquelas olhadas, mas eu não vou passar a mão na cabeça, não. A rivalidade é maior. Temos que ter cuidado com ela e com todo o time do Rio de Janeiro. Sabemos que elas vão nos dar muito trabalho, mas podem esperar isso da nossa equipe também - ri.
Vôlei Superliga Natália Osasco (Foto: AGF / divulgação)Natália diz que já acertou muito pescoço e barriga
(Foto: AGF / divulgação)

A oposta do Rio de Janeiro não quer deixar escapar a oportunidade de conquistar seu primeiro título no Mineirinho como titular. Já comemorou um troféu com o Minas, na edição de 2001/2002 - como reserva de Elisângela - e quer repetir outra vez o gesto dentro de casa. Nascida em Belo Horizonte há 27 anos, Sheilla convocou a torcida pelo Twitter e distribuiu mais de 100 ingressos para familiares e amigos.

- Daquela vez (2001/2002), eu entrava um pouco, no bloqueio. Vai ser um presente jogar aqui. Desde que voltei para o Brasil, em 2008, venho perseguindo esse título. Foram duas medalhas de bronze com o São Caetano. A Nat diz que queria voar se pudesse escolher um superpoder. Eu queria que todas as minhas bolas fossem ponto.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/04/maiores-pontuadoras-de-seus-times-sheilla-e-natalia-duelam-na-decisao.html

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