FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/janio-explica-por-que-gilmar-odeia-lewandowski
Perder duas vezes dói...
O segundo relógio marca a eleição de 2017... - Foto de André Coelho, O Globo
De Janio de Freitas, na Fel-lha:
DUAS VEZES
Gilmar Mendes piorou. Passou muito da grosseria, ao chamar publicamente de vergonhoso o ato, sem qualquer deslize moral, de outro ministro do Supremo.
Tem história essa colérica opinião de Gilmar Mendes sobre a divisão do impeachment de Dilma, decidida pelo Senado e admitida pelo ministro Ricardo Lewandowski, em perda do mandato e nos mantidos direitos políticos. Nomeado para o Supremo por Fernando Henrique, Gilmar Mendes tinha sido assistente jurídico de Collor então presidente. O plano de defesa contra o impeachment de Collor consistiu em esperar quanto possível e, se encaminhada a perda do mandato, precipitar a renúncia. Assim seriam preservados os direitos políticos do ex-presidente.
Surpreendidos, os senadores recusaram-se a suspender seu pronunciamento e, não podendo mais votar o impeachment, decidiram dar as duas punições por separadas: aprovaram, isoladamente, a cassação por oito anos. A grande esperteza jurídica deu em vexame.
No julgamento de Dilma, o Senado seguiu a separação anterior das punições e Lewandowski, presidindo a sessão, admitiu-a. O Senado cassou o mandato e manteve os direitos. Outra derrota para a estratégia indicada a Collor.
Gilmar Mendes piorou. Passou muito da grosseria, ao chamar publicamente de vergonhoso o ato, sem qualquer deslize moral, de outro ministro do Supremo.
Tem história essa colérica opinião de Gilmar Mendes sobre a divisão do impeachment de Dilma, decidida pelo Senado e admitida pelo ministro Ricardo Lewandowski, em perda do mandato e nos mantidos direitos políticos. Nomeado para o Supremo por Fernando Henrique, Gilmar Mendes tinha sido assistente jurídico de Collor então presidente. O plano de defesa contra o impeachment de Collor consistiu em esperar quanto possível e, se encaminhada a perda do mandato, precipitar a renúncia. Assim seriam preservados os direitos políticos do ex-presidente.
Surpreendidos, os senadores recusaram-se a suspender seu pronunciamento e, não podendo mais votar o impeachment, decidiram dar as duas punições por separadas: aprovaram, isoladamente, a cassação por oito anos. A grande esperteza jurídica deu em vexame.
No julgamento de Dilma, o Senado seguiu a separação anterior das punições e Lewandowski, presidindo a sessão, admitiu-a. O Senado cassou o mandato e manteve os direitos. Outra derrota para a estratégia indicada a Collor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário