OLIMPÍADAS RIO 2016
TÊNIS
Bopana desejava disputar Jogos com outro parceiro, mas teve que aceitar formar dupla com o veterano Paes; má relação entres os dois termina com eliminação
Leander Paes e Rohan Bopanna pouco falaram em quadra. À
exceção de algumas combinações de saques, passaram boa parte da uma hora e 24
minutos em silêncio. Verdade que vibraram juntos uma única vez, ao quebrar o
saque dos poloneses Lukasz Kubot e Marcin Matkowski no quinto game do primeiro
set. A má relação entre os indianos, afetada pelo desejo de Bopanna de disputar
a Rio 2016 com outro parceiro, contribuiu para a derrota por 2 sets a 0,
parciais de 6-4 e 7-6 (6), logo na primeira rodada do torneio de tênis. Ao
evitar o assunto, Paes, 43 anos, uma lenda do esporte, com sete edições dos
Jogos no currículo, 18 títulos de grand slams, medalha de bronze em Atlanta
1996 (diante do brasileiro Fernando Meligeni) e muitas intrigas com
compatriotas, se recusou a dar adeus às Olimpíadas.
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Leander Paes e Rohan Bopanna foram forçados
a disputar a Rio 2016 juntos (Foto:
AP Photo/Charles Krupa)
- Mesmo com a eliminação, vou curtir a Olimpíada do Rio.
Posso competir mais sim, mas ainda vou pensar e decidir. É importante ter o
número, mas eu queria mesmo era ir mais longe na competição. Se ganha e se
perde. Fico feliz, ao menos, de ter representado o meu país da melhor maneira
possível - disse Paes, o único tenista com presença em sete eventos desse porte.
A dupla preferiu não falar dos problemas enfrentados
antes
de chegar ao Brasil. É algo antigo. Em Londres 2012, a associação
indiana de
tênis quis reunir Paes a Mahesh Bhupathi, na tentativa de recriar
primeira a
dupla a chegar a quatro finais do Grand Slam em uma temporada, em 1999. À
epoca,
Bhupathi jogava com Bopanna e se recusou a treinar com o veterano. Paes
acabou
atrelado ao desconhecido Vishnu Vardhan. Bopanna, nesta temporada,
anunciou que
preferia jogar no Rio com Saketh Myneni, seu parceiro de Copa Davis. Os
dirigentes, porém, ao alegarem a prospecção de medalhas, determinaram
que a
dupla deveria ser com Paes. Ele concordou, mesmo contrariado temendo ser
punido, com a exclusão da competição como ocorrera no passado.
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- Creio que fizemos uma boa apresentação. Tivemos as nossas
chances, mas não aproveitamos disse um político Bopanna.
Mesmo que Paes, cuja primeira aparição foi em
Barcelona 1992, tenha se recusado a dar adeus definitivamente
aos Jogos, a pergunta que fica é: alguém vai querer jogar com ele em
Tóquio
2020? Ele terá 47 anos. Ele credita sua longevidade no esporte à equipe
que o acompanha: um mestre de ioga, um preparador físico e um treinador.
O jogo
Leander Paes e Rohan Bopanna começaram melhor. No quinto
game do primeiro set, quebraram o saque adversário. Porém, não confirmaram na
sequência. Quebras se alternaram até os poloneses confirmarem no 5-4.
Os indianos erraram muito. Foram 35 erros não forçados,
contra 23 dos poloneses, que tiveram 69% de aproveitamento no primeiro saque.
Com um pouco mais de equilíbrio no segundo set, que foi ao tie-break,
mantiveram o ritmo. Chegaram a abrir 5 a 1 no desempate. E só administraram a
vantagem para fechar a partida.
Lukasz Kubot e Marcin Matkowski aproveitaram
desentendimento indiano e avançaram (Foto:
AP Photo/Charles Krupa)
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/tenis
/noticia/2016/08/parceria-forcada-nao-funciona
-e-lenda-indiana-da-adeus-setima-olimpiada.html
/noticia/2016/08/parceria-forcada-nao-funciona
-e-lenda-indiana-da-adeus-setima-olimpiada.html
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