Bronze na luta olímpica, Aline Silva presta continência durante a cerimônia do pódio, revela orgulho por fazer parte da Marinha e diz que país precisa pensar para a frente
Bronze na luta olímpica estilo-livre, a brasileira Aline Silva repetiu o gesto de outros atletas brasileiros e prestou continência enquanto a bandeira do Brasil subia
na cerimônia do pódio em Toronto. Atleta do peso até 75kg, a paulista é
mais uma integrante do Programa de Alto Rendimento dos Ministérios da
Defesa e do Esporte no Time Brasil. Aos 29 anos está há quase dois na
Marinha. Treinada dentro das regras militares, Aline desde os 18 anos
sonhava em seguir carreira, mas a rotina de treinos nunca ajudou. Por
isso, ela disse estar orgulhosa pelo ato, lembrou que a ditadura militar
fez o Brasil sofrer demais, mas alertou que é hora de pensar para a
frente e unir cada vez mais o militarismo ao esporte.
- As pessoas precisam entender o que isso significa para os atletas, é um apoio muito grande. Se meu clube me mandar embora, tenho onde correr. Tenho estrutura no Cefan (Centro de Treinamento da Marinha, no Rio), tenho um salário. Tudo bem que o Brasil sofreu muito com os militares, mas é hora de pensar para a frente. Os atletas precisam disso, os jovens precisam disso. Poder olhar para os policiais com respeito e mudar um pouco essa política no Brasil. Unir o esporte com o militarismo é um bom caminho. Vamos ser um pouco mais otimistas. Sou muito realizada. Me realizei entrando para a Marinha - disse Aline.
Antes da lutadora, diversos outros atletas do Brasil prestaram continência ao símbolo nacional. Todos fazem parte do Programa de Alto Rendimento dos Ministérios da Defesa e do Esporte. A atitude gerou debate no Brasil e muitos falaram em gesto político. O Comitê Olímpico do Brasil (COB), chegou a emitir uma nota dizendo-se orgulhoso do ato dos atletas, segundo a entidade um ato de respeito ao país e aos preceitos militares, e descartou qualquer ligação política. Aline também relembrou de quando foi para a Marinha.
- Sou muito orgulhosa de estar na Marinha. É um sonho resgatado. No judô, aos 18, pensava em fazer prova para entrar na Aeronáutica. Não consegui estudar por conta dos treinos e meu sonho passou. Aos 27 anos, ouço que a Marinha estava abrindo edital e eu tinha chance de entrar. Quando entrei, fiz todo aquele treinamento de incorporação, aprender a rotina militar. Regras. É demais. Um sonho. Para mim, hoje, é reconhecer e ter conquistado mais um dos meus sonhos - disse a lutadora.
Com apenas oito lutadores na chave pan-americana, Aline Silva começou já nas quartas de final. Mas deu azar no chaveamento da luta olímpica estilo-livre. Ela pegou logo a atual líder do ranking mundial, a americana Adeline Gray. Perdeu em dois minutos e teve que torcer para a rival. Caso Adeline chegasse até a briga pelo ouro, ela teria automaticamente o direito de disputar o bronze contra a lutadora derrotada por Gray. E assim foi. Aline encarou a portorriquenha Ana Gonzalez e venceu, ficando com o bronze. A brasileira, porém, está de olho é em Adeline, e diz que ela não é imbatível.
- Ninguém é imbatível. O esporte te ensina isso. Nada é impossível. O campeão é aquele que não parou. É trabalhar que posso chegar lá - garante a brasileira.
- As pessoas precisam entender o que isso significa para os atletas, é um apoio muito grande. Se meu clube me mandar embora, tenho onde correr. Tenho estrutura no Cefan (Centro de Treinamento da Marinha, no Rio), tenho um salário. Tudo bem que o Brasil sofreu muito com os militares, mas é hora de pensar para a frente. Os atletas precisam disso, os jovens precisam disso. Poder olhar para os policiais com respeito e mudar um pouco essa política no Brasil. Unir o esporte com o militarismo é um bom caminho. Vamos ser um pouco mais otimistas. Sou muito realizada. Me realizei entrando para a Marinha - disse Aline.
Aline Silva com a medalha de bronze do Pan-
Americano (Foto: Divulgação/ COB)
Antes da lutadora, diversos outros atletas do Brasil prestaram continência ao símbolo nacional. Todos fazem parte do Programa de Alto Rendimento dos Ministérios da Defesa e do Esporte. A atitude gerou debate no Brasil e muitos falaram em gesto político. O Comitê Olímpico do Brasil (COB), chegou a emitir uma nota dizendo-se orgulhoso do ato dos atletas, segundo a entidade um ato de respeito ao país e aos preceitos militares, e descartou qualquer ligação política. Aline também relembrou de quando foi para a Marinha.
- Sou muito orgulhosa de estar na Marinha. É um sonho resgatado. No judô, aos 18, pensava em fazer prova para entrar na Aeronáutica. Não consegui estudar por conta dos treinos e meu sonho passou. Aos 27 anos, ouço que a Marinha estava abrindo edital e eu tinha chance de entrar. Quando entrei, fiz todo aquele treinamento de incorporação, aprender a rotina militar. Regras. É demais. Um sonho. Para mim, hoje, é reconhecer e ter conquistado mais um dos meus sonhos - disse a lutadora.
Com apenas oito lutadores na chave pan-americana, Aline Silva começou já nas quartas de final. Mas deu azar no chaveamento da luta olímpica estilo-livre. Ela pegou logo a atual líder do ranking mundial, a americana Adeline Gray. Perdeu em dois minutos e teve que torcer para a rival. Caso Adeline chegasse até a briga pelo ouro, ela teria automaticamente o direito de disputar o bronze contra a lutadora derrotada por Gray. E assim foi. Aline encarou a portorriquenha Ana Gonzalez e venceu, ficando com o bronze. A brasileira, porém, está de olho é em Adeline, e diz que ela não é imbatível.
- Ninguém é imbatível. O esporte te ensina isso. Nada é impossível. O campeão é aquele que não parou. É trabalhar que posso chegar lá - garante a brasileira.
A brasileira levou o bronze ao vencer
a portorriquenha Ana González
(Foto: Geoff Burk/Reuters)
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