sábado, 18 de julho de 2015

Angélica capricha no carão e aposta em samba e dança sexy na ginástica

Brasileira se dedica às interpretações para agradar juízes na ginástica rítmica. Depois de se apresentar no arco e na bola, será a vez da fita e das maças, neste sábado



Por
Direto de Toronto, Canadá


Angélica Kviecznski em sua apresentação no arco, no Pan de Toronto (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)Angélica Kviecznski em sua apresentação no arco, no Pan de Toronto (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)


As horas “perdidas” na frente do espelho imitando as atrizes de novela na infância trouxeram frutos para a Angélica Kviecznski. Hoje, o principal nome do ginástica rítmica do Brasil tem como trunfo em suas apresentações justamente a interpretação. É assim, apostando no carão, que a bela atleta espera subir ao pódio dos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Na primeira parte da disputa, na sexta-feira, a brasileira terminou sem terceiro no geral e se classificou para as finais de dois aparelhos (arco e bola). Para a segunda parte do individual, neste sábado, preparou um repertório variado, com direito a vanerão (dança típica do Rio Grande do Sul), samba e coreografia sexy.

- Meu sonho sempre foi fazer teatro, eu adoro interpretar. Sempre gostei. Desde pequena, ficava na frente do espelho, imitando o que passava nas novelas. Ganhei até um curso de poesia porque interpretei muito bem – contou, orgulhosa, a ginasta. 

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As expressões faciais e corporais durante as coreografias ajudam a passar para os juízes a história da música. A ginasta de 23 anos está sempre bem atenta a isso ao montar suas coreografias e, principalmente, na hora de apresentá-las. 

- Você tem que interpretar o que a música pede, tem que passar para arbitragem e para o público toda a história da música. Ela é muito importante. Talvez a parte mais difícil seja escolher a música certa. Eu estudo a história toda da música, monto uma coisa na minha cabeça e tento passar isso. E isso sem falar no amor. Tudo que se faz com amor é muito melhor - disse Angélica, que terá a companhia de Nathália Gáudio nas apresentações deste sábado.


Angélica Kviecznski em sua apresentação no arco, no Pan de Toronto (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)
Angélica Kviecznski em sua apresentação no 
arco, no Pan de Toronto (Foto: 
Ricardo Bufolin / CBG)


Foi assim, apostando na interpretação, que Angélica faturou quatro medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011. A bela jovem nascida na cidade de Toledo, no Paraná, foi prata nas maças e bronze no arco, na bola e no individual geral (o primeiro do Brasil). Nesta sexta-feira, Angélica começou sua trajetória em Toronto, no individual geral. Apesar de reclamar com a arbitragem de uma de suas notas, a ginasta completou a primeira parte da disputa (arco e bola) em terceiro lugar. Neste sábado, será a vez das maças e da fita. 

- As coreografias são muito boas. Na bola e no arco, as coreografias foram mais dramáticas, mas as de sábado vão ser mais alegres. Nas maças, é um vanerão, com samba, bem brasileiro. Já a série de fita é mais sexy – contou Angélica. 

Angélica Kviecznski em sua apresentação no arco, no Pan de Toronto (Foto: Ricardo Bufolin / CBG)
Angélica Kviecznski em sua apresentação 
no arco, no Pan de Toronto 
(Foto: Ricardo Bufolin / CBG)


A roupa e a maquiagem também prometem estar impecáveis neste sábado mais uma vez. Angélica faz questão de acordar cinco horas antes da competição para começar a se produzir com calma. O cuidado não é por simples vaidade. Os detalhes da pintura no rosto também são importantes para ajudar a marcar as expressões durante a apresentação. 

- Fica bonito e marca mais a expressão do rosto. Como a gente tem que fazer muitas expressões, isso é importante. Essa parte é um grande diferencial meu para as outras ginastas que estão aqui. E a maquiagem acaba auxiliando nisso de interpretar a série.


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