Treinador lamenta lesões em excesso e defende preparador físico, mas reconhece falta de conjunto da equipe alvinegra
Apesar do momento ruim, Levir acredita na classificação do Galo (Foto: Bruno Cantini/CAM)
Por outro lado, o treinador saiu em defesa do preparador físico Rodoplho Mehl, que segundo ele tem repetido o trabalho do antecessor Carlinhos Neves. Mesmo com a guarda baixa pelo time estar na lanterna do Grupo 1 da Libertadores, o treinador não jogou a toalha e mostrou acreditar no espírito de ressurreição do Atlético-MG.
- Sim, dessa vez a torcida, em boa parte da
partida, procurou jogar os jogadores para cima, mas realmente faltou
coordenação tática e técnica. Empenho teve, eles se esforçaram e correram o que
puderam. Sem falar que foi um confronto com um time que se posicionou bem atrás
e saiu com qualidade. Com isso, a pressão pela vitória deixou nosso time com
uma produtividade menor ainda - explicou o treinador as deficiências apresentadas pelo Atlético-MG.
E a falta de produtividade, segundo Levir,
não está relacionada à falta de um meia de criação. Para o treinador, a fase
técnica e o conjunto é que não tem ajudado.
saiba mais
- Temos jogadores com essa qualidade (de armação). O Cárdenas tem isso, foi um jogo ruim domingo e todos acharam ruim ele sair. E hoje ele entrou e todos viram a situação. É uma somatória de fatores e não estamos bem, afinados e isso tem contribuído para não obtermos melhores resultados.
A parte física também foi colocada em
xeque, uma vez que o time deu mostrar de desgaste físico excessivo na etapa
final, sem falar nas inúmeras lesões neste início de temporada.
- A cada jogo perdemos jogadores, coisa
que não pode perder. Hoje o Leonardo teve uma fratura no dedo, situações no
início da temporada que ajudam. Ano passado a série de lesões foi no final, mas
pega jogadores em melhores condições, melhor que neste início. Mas não podemos
lamentar, estamos perdendo conjunto. Teve empenho físico
e pouco de empenho de conjunto.
Veja mais da entrevista do treinador após
a partida:
Cartilha de Carlinhos Neves
- O procedimento da parte física é igual
ano passado, não mudou, mas acontece que estamos começando a temporada e esta
aí o problema. Alguns jogadores se adaptando e chegando e não tem o mesmo nível
dos outros. Com relação ao grupo, ano passado estavam todos fechados e se
conheciam, e agora mudou um pouco, com saídas e chegadas. Estamos sofrendo
altos e baixos, não jogamos o que podemos e temos que nos fechar se quisermos
sair desse momento.
Por que o grupo não está fechado?
- Grupo fechado é o que vocês viram ano
passado, com completo entendimento entre comissão, jogadores, diretoria e
torcida, um time que estava junto. Agora, no momento, não estamos assim. Alguns
com insegurança em alguns jogadores, não temos segurança na sequência de jogos,
mas cabe a nós colocar o trem novamente no trilho.
Como se classificar?
- Projeção é de vencer os jogos, mas
precisamos melhorar o conjunto e a questão tática, técnica e física do time.
São vários fatores caminhando para um lado só, será difícil, mas nada é
impossível quando se fala em Atlético-MG.
Vai deixar de poupar no estadual para
obter entrosamento?
- Se temos um projeto temos que continuar
dentro dele. Se perde muda tudo e se ganha está bom, não é assim que funciona.
Temos precauções na parte física, acompanhamos diariamente e se houver alguém
que não tem condições tiramos. Temos um elenco grande, mas temos o peso de
resultados ruins, e é isso que pesa no fim das contas.
Como trabalhar a cabeça dos jogadores
- Todos tristes agora, torcida, os atletas
lá dentro parecia velório. E uma derrota dessa que ninguém esperava, mas as
vezes começa a nascer aí a reação que o Atlético é capaz de ter, vai depender
do esforço de cada um e do conjunto. Já saímos de situações mais difíceis que
essa, acredito no grupo e acho que podemos dar a volta por cima.
Dátolo correu bastante, mas foi pouco efeitvo (Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG)
Melhorou da estreia para hoje?
- Foi parecido, não rendemos bem lá e nem
aqui também, poucas finalizações, posse de bola foi mais interessante, mas é
pouco só isso. Nas ações capitais do jogo não fomos bem.
Substituição do Leandro Donizete
- A ideia foi colocar jogadores de
qualidade e tocando mais a bola, com Rafael, Dátolo e Luan e ainda o Cárdenas
com qualidade de toque para penetrar. Coloquei um jogador habilidoso e estava 0
a 0, automaticamente abrimos para vencer, mas infelizmente perdermos, é isso.
Vaias para Patric e Maicosuel
- Todos entendem um pouco de futebol e vê
se está jogando bem ou não, o torcedor tem percepção. Mas penso que é mais
fácil fazer o cara reagir torcendo para ele do que vaiando, situação difícil de
contornar. Os torcedores perdem a calma e não é assim que funciona. Temos que
nos fechar e é uma troca, eles se empenham, jogam bem e a torcida da força. No
momento estamos desconectados.
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