quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Levir reconhece falhas, mas aposta no espírito de ressurreição do Atlético-MG

Treinador lamenta lesões em excesso e defende preparador físico, mas reconhece falta de conjunto da equipe alvinegra


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Belo Horizonte
 
Levir Culpi, técnico do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini/CAM)Apesar do momento ruim, Levir acredita na classificação do Galo (Foto: Bruno Cantini/CAM)


Apesar da experiência dos mais de 20 anos de dedicação ao futebol, Levir Culpi deixou escapar pelo semblante que a derrota para o Atlas-MEX, foi dolorida. Abatido com o segundo resultado adverso nesta edição da Libertadores, o treinador reconheceu que o time evoluiu pouco de uma partida para outra, além de ter voltado a destacar que tem faltado certa liga entre os jogadores.

Por outro lado, o treinador saiu em defesa do preparador físico Rodoplho Mehl, que segundo ele tem repetido o trabalho do antecessor Carlinhos Neves. Mesmo com a guarda baixa pelo time estar na lanterna do Grupo 1 da Libertadores, o treinador não jogou a toalha e mostrou acreditar no espírito de ressurreição do Atlético-MG.  

- Sim, dessa vez a torcida, em boa parte da partida, procurou jogar os jogadores para cima, mas realmente faltou coordenação tática e técnica. Empenho teve, eles se esforçaram e correram o que puderam. Sem falar que foi um confronto com um time que se posicionou bem atrás e saiu com qualidade. Com isso, a pressão pela vitória deixou nosso time com uma produtividade menor ainda - explicou o treinador as deficiências apresentadas pelo Atlético-MG.

E a falta de produtividade, segundo Levir, não está relacionada à falta de um meia de criação. Para o treinador, a fase técnica e o conjunto é que não tem ajudado.  


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- Temos jogadores com essa qualidade (de armação). O Cárdenas tem isso, foi um jogo ruim domingo e todos acharam ruim ele sair. E hoje ele entrou e todos viram a situação. É uma somatória de fatores e não estamos bem, afinados e isso tem contribuído para não obtermos melhores resultados.  

A parte física também foi colocada em xeque, uma vez que o time deu mostrar de desgaste físico excessivo na etapa final, sem falar nas inúmeras lesões neste início de temporada.  

- A cada jogo perdemos jogadores, coisa que não pode perder. Hoje o Leonardo teve uma fratura no dedo, situações no início da temporada que ajudam. Ano passado a série de lesões foi no final, mas pega jogadores em melhores condições, melhor que neste início. Mas não podemos lamentar, estamos perdendo conjunto. Teve empenho físico e pouco de empenho de conjunto.  


Veja mais da entrevista do treinador após a partida:

Cartilha de Carlinhos Neves
- O procedimento da parte física é igual ano passado, não mudou, mas acontece que estamos começando a temporada e esta aí o problema. Alguns jogadores se adaptando e chegando e não tem o mesmo nível dos outros. Com relação ao grupo, ano passado estavam todos fechados e se conheciam, e agora mudou um pouco, com saídas e chegadas. Estamos sofrendo altos e baixos, não jogamos o que podemos e temos que nos fechar se quisermos sair desse momento.


Por que o grupo não está fechado?
- Grupo fechado é o que vocês viram ano passado, com completo entendimento entre comissão, jogadores, diretoria e torcida, um time que estava junto. Agora, no momento, não estamos assim. Alguns com insegurança em alguns jogadores, não temos segurança na sequência de jogos, mas cabe a nós colocar o trem novamente no trilho.


Como se classificar?
Projeção é de vencer os jogos, mas precisamos melhorar o conjunto e a questão tática, técnica e física do time.
Levir Culpi

- Projeção é de vencer os jogos, mas precisamos melhorar o conjunto e a questão tática, técnica e física do time. São vários fatores caminhando para um lado só, será difícil, mas nada é impossível quando se fala em Atlético-MG.


Vai deixar de poupar no estadual para obter entrosamento?
- Se temos um projeto temos que continuar dentro dele. Se perde muda tudo e se ganha está bom, não é assim que funciona. Temos precauções na parte física, acompanhamos diariamente e se houver alguém que não tem condições tiramos. Temos um elenco grande, mas temos o peso de resultados ruins, e é isso que pesa no fim das contas.


Como trabalhar a cabeça dos jogadores
- Todos tristes agora, torcida, os atletas lá dentro parecia velório. E uma derrota dessa que ninguém esperava, mas as vezes começa a nascer aí a reação que o Atlético é capaz de ter, vai depender do esforço de cada um e do conjunto. Já saímos de situações mais difíceis que essa, acredito no grupo e acho que podemos dar a volta por cima.


Dátolo, meia do Atlético-MG, contra o Atlas-MEX (Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG)Dátolo correu bastante, mas foi pouco efeitvo (Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG)


Melhorou da estreia para hoje?
- Foi parecido, não rendemos bem lá e nem aqui também, poucas finalizações, posse de bola foi mais interessante, mas é pouco só isso. Nas ações capitais do jogo não fomos bem.


Substituição do Leandro Donizete
- A ideia foi colocar jogadores de qualidade e tocando mais a bola, com Rafael, Dátolo e Luan e ainda o Cárdenas com qualidade de toque para penetrar. Coloquei um jogador habilidoso e estava 0 a 0, automaticamente abrimos para vencer, mas infelizmente perdermos, é isso.


Vaias para Patric e Maicosuel
- Todos entendem um pouco de futebol e vê se está jogando bem ou não, o torcedor tem percepção. Mas penso que é mais fácil fazer o cara reagir torcendo para ele do que vaiando, situação difícil de contornar. Os torcedores perdem a calma e não é assim que funciona. Temos que nos fechar e é uma troca, eles se empenham, jogam bem e a torcida da força. No momento estamos desconectados.


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