Carlos Alberto Torres, tri mundial com a Seleção, nomeado "Ministro do Futebol" do time carioca, para de colaborar por deixar de participar das decisões da direção
Carlos Alberto Torres deixa o Botafogo
(Foto: Fabio Leme)
Carlos Alberto Torres está fora do Botafogo. Pouco mais de
um mês após a eleição de Carlos Eduardo Pereira como presidente, o ex-zagueiro,
tri mundial com a Seleção no México, em 1970, decidiu abandonar a função de “Ministro
do Futebol”. A colaboração com a direção, que ia desde a formação da comissão
técnica, indicação de jogadores, divulgação da marca do clube no exterior e busca
de investimentos, foi interrompida por um simples motivo: ter sido excluído das
últimas decisões.
Não há nenhum tipo de mágoa, garante o Capita. O que não o
impede de reconhecer que perdeu importância na gestão eleita em 26 de novembro
mesmo tendo sido importante na campanha. A decisão foi comunicada ao vice
presidente de futebol, Antonio Carlos Mantuano, no último sábado. Porém, desde
a segunda-feira, dia 22, quando pela última vez participou de encontro de
dirigentes, perdera espaço.
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- Ajudei no que tinha de ajudar: eleição do presidente, montagem da comissão técnica e escolha de nomes de alguns jogadores. Como não tenho sido mais solicitado, acho que cumpri meu papel. Não tinha mais importância - disse, para completar:
- Foi legal, não guardo nenhum tipo de mágoa. Não ocupava um
cargo, era um colaborador. Agora é vida que segue. As pessoas que estão lá têm
a responsabilidade. Eu gostaria de continuar, mas não era mais o caso: foi
formada toda a comissão técnica e todos os cargos estão ocupados. A direção
nunca me chamou para definir o cargo. Então, meu dever foi cumprido. Se
precisarem de mim, mesmo fora do contexto, estou à disposição.
Carlos Alberto Torres entende que a direção demora em anunciar
reforços. Entende que poderia ter ajudado mais:
- Faltou definir mais o time. Acho que já era hora de ter
apresentado reforço. Não vi fotografia nenhuma de reforço. Era para ter
anunciado uns três ou quatro. Cabe, agora, a mim torcer pelo sucesso. Acredito
que vai dar certo.
À Rádio Globo, o presidente Carlos Eduardo Pereira comentou a situação:
-
É muito difícil interpretar expectativas individuais. Estava se
reestruturando o departamento de futebol, tem vice de futebol, tem
gerente, tem técnico... O Carlos Alberto estava ajudando na indicação de
nomes. Mas o clube não está em condições de fazer qualquer tipo de
contratação nova, não tem orçamento para isso. Tem de repor alguns
valores para montagem da equipe profissional.
Não tem margem para mais
do que isso. Não ficou nenhuma rusga, nenhum mal entendido. O Carlos
Alberto é um amigo. Se não foi possível que ele continuasse agora, na
busca de novos negócios, ele continuará, tenho certeza. Essa questão de
conversas ou eventuais promessas, da nossa parte, não foi feito. Houve
colaboração do Carlos Alberto nas eleições, reconhecemos isso, todo o
valor para a nossa eleição. Não acredito que tenha ficado qualquer tipo
de estresse. As portas estão abertas. Ele tem relacionamentos muito
fortes a nível internacional. Novos negócios poderão ser gerados. Quando
isso for gerado, poderá ser remunerado. Quando o Botafogo estiver em
uma situação um pouco menos ruim, talvez possamos tê-lo como um
colaborador efetivo.
Sob o comando de René Simões, o Botafogo vai se reapresentar
em 8 de janeiro, no Engenhão. A pré-temporada, no Centro de Formação de Atletas
Trops (CEFAT), na localidade de Várzea das Moças, em Niterói, começa no dia 11
de janeiro e terá a duração de duas semanas. A estreia no Carioca é contra o
Boavista.
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