terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Um mês depois, Capita deixa o Bota: "Não tinha mais importância"

Carlos Alberto Torres, tri mundial com a Seleção, nomeado "Ministro do Futebol" do time carioca, para de colaborar por deixar de participar das decisões da direção


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Rio de Janeiro


Carlos Alberto torres evento furnas (Foto: Fabio Leme)
Carlos Alberto Torres deixa o Botafogo 
(Foto: Fabio Leme)


Carlos Alberto Torres está fora do Botafogo. Pouco mais de um mês após a eleição de Carlos Eduardo Pereira como presidente, o ex-zagueiro, tri mundial com a Seleção no México, em 1970, decidiu abandonar a função de “Ministro do Futebol”. A colaboração com a direção, que ia desde a formação da comissão técnica, indicação de jogadores, divulgação da marca do clube no exterior e busca de investimentos, foi interrompida por um simples motivo: ter sido excluído das últimas decisões.  

Não há nenhum tipo de mágoa, garante o Capita. O que não o impede de reconhecer que perdeu importância na gestão eleita em 26 de novembro mesmo tendo sido importante na campanha. A decisão foi comunicada ao vice presidente de futebol, Antonio Carlos Mantuano, no último sábado. Porém, desde a segunda-feira, dia 22, quando pela última vez participou de encontro de dirigentes, perdera espaço.  


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- Ajudei no que tinha de ajudar: eleição do presidente, montagem da comissão técnica e escolha de nomes de alguns jogadores. Como não tenho sido mais solicitado, acho que cumpri meu papel. Não tinha mais importância - disse, para completar:  


- Foi legal, não guardo nenhum tipo de mágoa. Não ocupava um cargo, era um colaborador. Agora é vida que segue. As pessoas que estão lá têm a responsabilidade. Eu gostaria de continuar, mas não era mais o caso: foi formada toda a comissão técnica e todos os cargos estão ocupados. A direção nunca me chamou para definir o cargo. Então, meu dever foi cumprido. Se precisarem de mim, mesmo fora do contexto, estou à disposição.  

Carlos Alberto Torres entende que a direção demora em anunciar reforços. Entende que poderia ter ajudado mais:  

- Faltou definir mais o time. Acho que já era hora de ter apresentado reforço. Não vi fotografia nenhuma de reforço. Era para ter anunciado uns três ou quatro. Cabe, agora, a mim torcer pelo sucesso. Acredito que vai dar certo.  

À Rádio Globo, o presidente Carlos Eduardo Pereira comentou a situação:

- É muito difícil interpretar expectativas individuais. Estava se reestruturando o departamento de futebol, tem vice de futebol, tem gerente, tem técnico... O Carlos Alberto estava ajudando na indicação de nomes. Mas o clube não está em condições de fazer qualquer tipo de contratação nova, não tem orçamento para isso. Tem de repor alguns valores para montagem da equipe profissional. 

Não tem margem para mais do que isso. Não ficou nenhuma rusga, nenhum mal entendido. O Carlos Alberto é um amigo. Se não foi possível que ele continuasse agora, na busca de novos negócios, ele continuará, tenho certeza. Essa questão de conversas ou eventuais promessas, da nossa parte, não foi feito. Houve colaboração do Carlos Alberto nas eleições, reconhecemos isso, todo o valor para a nossa eleição. Não acredito que tenha ficado qualquer tipo de estresse. As portas estão abertas. Ele tem relacionamentos muito fortes a nível internacional. Novos negócios poderão ser gerados. Quando isso for gerado, poderá ser remunerado. Quando o Botafogo estiver em uma situação um pouco menos ruim, talvez possamos tê-lo como um colaborador efetivo.

Sob o comando de René Simões, o Botafogo vai se reapresentar em 8 de janeiro, no Engenhão. A pré-temporada, no Centro de Formação de Atletas Trops (CEFAT), na localidade de Várzea das Moças, em Niterói, começa no dia 11 de janeiro e terá a duração de duas semanas. A estreia no Carioca é contra o Boavista.


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