Líderes do circuito, amazonense e cearense formam dupla que joga junta há mais tempo, quatro anos, e sonho olímpico é visto sem deslumbramento
Bruno e Hevaldo completam quatro anos de
parceria (Foto: José Geraldo Azevedo)
parceria (Foto: José Geraldo Azevedo)
- O Bruno foi um dos meus primeiros parceiros, e aí tivemos um desencontro e deixamos de jogar juntos, e há quase quatro anos voltamos e estamos tendo uma volta consagrada. A gente se dá muito bem, nos respeitamos muito, e isso é um grande ingrediente para uma dupla dar certo. Nos respeitamos tanto dentro como fora de quadra. Ele entende os meus pontos mais problemáticos e eu entendo os dele, e quando você entende o lado pior da sua dupla as coisas fluem, e é isso que acontece com a gente - destaca Hevaldo, de 35 anos.
A parceria começou em 2001, mas teve que se desfeita pela distância dos dois, com um em Manaus e o outro em Fortaleza. O retorno, dez anos depois, foi muito comemorado, e a satisfação é visível nos dois.
- Ele foi um dos meus primeiros parceiros, e essa volta foi a melhor possível. Fomos para o Nacional (espécie de segunda divisão) e ganhamos, e fomos para o Brasileiro e ganhamos (na etapa de Salvador), fomos campeões nos dois primeiros torneios. Desde então estamos sempre entre as quatro primeiras duplas do Brasil, que é o melhor voleibol do mundo - destacou Bruno.
Bruno e Hevaldo jogaram juntos no início da
carreira e dez anos depois refizeram dupla
(José Geraldo)
- Demos uma aliviada nos treinos pensando no ano que vem, que começa com etapa logo em janeiro (em Fortaleza), se não dermos uma diminuída agora sobrecarregamos o ano que vem. O que a gente quer para nossa dupla é continuar entre as melhores do Brasil e, quiçá, do mundo. A gente não teve oportunidade de jogar muito o circuito mundial, mas no ano que vem já temos uma grande probabilidade de jogar e aí é continuar crescendo - avaliou Hevaldo.
O caminho de cada um antes do encontro foi distinto. Bruno, de 36 anos, começou no “barro” em Manaus, como ele mesmo conta, e ainda se dividiu por dois anos entre a quadra e a areia, até que a paixão o levou a escolhar a modalidade que pode o levar às Olimpíadas.
Respeito mútuo é a palavra-chave usada pelos
dois jogadores (Foto: José Geraldo Azevedo)
dois jogadores (Foto: José Geraldo Azevedo)
Já no caso de Hevaldo, a praia sempre esteve próxima, e ele começou no treino de outra dupla já experiente, Márcio e Benjamin.
- Meu começo foi por acaso. Eu era sparring da dupla Márcio e Benjamin à época, que estava concorrendo para ir às Olimpíadas (de 2000, em Sidney), e o Ronald, que ainda hoje é meu técnico, viu que eu estava evoluindo e começou a me treinar junto com os meninos, e aí foi acontecendo. Um ano e meio depois eu já estava no ranking jogando a etapa principal do circuito.
Com a experiência e os pés no chão, as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, estão no horizonte, mas nada que os faça se deslumbrar ou comemorar antes da hora. Eles sabem que, apesar da liderança hoje, o caminho é longo. Além de garantirem vaga no circuito mundial através da disputa nacional, eles ainda precisariam garantir a classificação através do circuito pelo mundo no próximo ano.
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- Existem umas cinco duplas (favoritas) e dessa cinco saem duas, e estamos entre as cinco. Mas não gosto de criar muita expectativa, quando você cria e não consegue fica frustrado. Se for a hora e der certo, maravilha, vamos lutar para ir. Senão vamos fazer nosso trabalho e ver o que acontece futuramente - concluiu Hevaldo.
O SporTV3 transmite as semifinais da etapa de Porto Alegre às 18h no sábado, enquanto o SporTV2 mostra a decisão às 10h, no domingo. Os assinantes do Canal Campeão ainda podem assistir pelo SporTV Play.
FONTE:
http://glo.bo/1vXBArT
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