Charles Saldanha, padrasto e treinador do jovem de 20 anos, revela as superstições para ver o filho se tornar o primeiro brasileiro campeão mundial da história do surfe
Ele foi a primeira pessoa que percebeu que Gabriel Medina poderia ser campeão mundial e quem deu a ele a primeira prancha. Paulistano da Vila Nova Conceição, Charles Saldanha Rodrigues, mais conhecido como Charles Medina, é um dos homens por trás do sucesso do jovem de 20 anos, que pode escrever seu nome na história com o inédito título mundial para o Brasil, na última etapa do Circuito Mundial (WCT), em Pipeline, no Havaí. Para cumprir a missão, o técnico e padrasto de Gabriel fez uma série de promessas, embora não seja supersticioso. Apesar de não comer carne vermelha, ele prometeu doses cavalares de churrasco e refrigerante, algo que não entra em seu cardápio. Além disso, disse que faria uma tatuagem - o desenho ainda não foi definido - e percorreria o Caminho de Santiago da Compostela, na Espanha.
Pai e técnico, Charles foi o primeiro a ver que
Gabriel poderia ser campeão mundial de surfe
(Foto: Arquivo Pessoal)
Charles deixou São Paulo aos 18 anos para viver na praia de Maresias, em São Sebastião, no litoral paulista, onde conheceu a mãe de Medina, Simone. Gabriel tinha apenas oito anos na época e o adotou como pai, embora tenha uma boa relação com o seu pai biológico. No mesmo ano em que se conheceram, ganhou de Charles a sua primeira prancha. O padrasto logo percebeu o dom especial do filho e viu que ele iria longe.
Em Maresias, Charles e o filho foram evoluindo, aos poucos, isolados dos olhares dos críticos e do mundo. Aprendendo um com o outro até encontrarem a fórmula ideal de trabalho. Se para a maioria dos fiéis Deus é pai e não padrasto, para Gabriel o padrasto é uma espécie de Deus. É ele que determina como, quando, onde e por que o filho treina, compete, descansa, acorda, come, dorme, fala com a imprensa, joga futebol e até namora. A "rotina militar" nos campeonatos, como ele mesmo define, fez o surfista manter uma boa regularidade em sua melhor temporada na elite do surfe.
Charles coberto contra tempestade que caiu durante etapa portuguesa (Foto: Carol Fontes)
- Na hora de competir, o Gabriel é um menino frio e competitivo. Ele não está no Tour para fazer amigos, e sim para competir. O seu carisma pode trazer amizades, mas ele não está aqui para brincadeiras e vai fazer de tudo para ser campeão. E isso vai fazer bem ao surfe e ao povo brasileiro, que vai ficar muito feliz. As pessoas param ele na rua, o chamam para programas de televisão...Acho que criaram a imagem do Gabriel como um ídolo do esporte. Ele vai trazer esse titulo, e os brasileiros terão muito orgulho dele.
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Se Medina terminar em 13º ou 25º, ou seja, se vencer uma bateria, Slater precisa ser campeão e Fanning necessita de, no máximo, um terceiro lugar para levar o caneco. No entanto, se o australiano ficar em quinto, ele empata com Gabriel e a decisão sairá de um "surf off", uma bateria extra. São muitas as combinações resultados.
* Colaborou David Abramvezt, de São Paulo
o que medina precisa para ser campeão mundial
- Se perder na quinta fase (9º), tem que torcer para Mick não chegar à final.
- Se perder nas quartas (5º) ou nas semis (3º), tem que torcer para Mick não vencer a etapa.
- Se chegar à final, conquista o título, independentemente do resultado de Mick.
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FONTE:
http://glo.bo/1FSH6gy
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