Já
é tradição! No último dia de ano, as principais ruas da cidade de São
Paulo são tomadas por milhares de corredores, profissionais e amadores,
para a disputa da São Silvestre. A corrida de 2014 contará com alguns
dos principais fundistas do mundo, como o etíope Tariku Bekele e a
queniana Priscah Jeptoo, ambos medalhistas nas Olimpíadas de Londres.
Entre os brasileiros, os destaques são Giovani dos Santos e Sueli
Pereira, que buscam terminar com um jejum de vitórias dos anfitriões. O
último triunfo de um brasileiro foi em 2010, com Marilson dos Santos.
Entre as mulheres, a escassez de título vem desde 2006, quando Lucélia
Peres venceu a prova.
Tariku Bekele venceu a prova de 2011, disputada
debaixo de muita chuva (Foto: Miguel Schincariol
/ Globoesporte.com)
A
primeira São Silvestre paulistana foi realizada em 31 de dezembro de
1925, e terminou com a vitória de Alfredo Gomes, jogador de futebol do
clube Espéria. A ideia foi trazida pelo jornalista Cásper Líbero, que
viu uma corrida semelhante no fim do ano de 1924 em Paris, na França.
Atualmente, a prova realizada em São Paulo é a maior entre as corridas
de São Silvestre espalhadas pelo mundo.
Priscah Jeptoo, campeã em 2011
(Foto: Miguel Schincariol / Globoesporte.com)
O
maior nome da prova de 2014 é o etíope Tariku Bekele, campeão da edição
de 2011 da prova e medalhista de bronze nas Olimpíadas de Londres na
prova dos 10 mil metros. Entre as mulheres, a favorita é a queniana
Priscah Jeptoo, vice-campeã olímpica em Londres 2012.
Outros
africanos estão em São Paulo para disputar a tradicional prova. Mark
Korir, vice-campeão da São Silvestre de 2013, Stanley Koech e Nancy
Kipron são outros candidatos ao pódio.
Giovani dos Santos foi campeão da Meia Maratona (Foto: Agência Estado)
O
Brasil vive um incômodo jejum de vitórias na São Silvestre. O último a
vencer foi Marilson Gomes, em 2010, e a principal esperança do país em
2014 está com Giovani dos Santos, quarto colocado no ano passado e
campeão da Meia Maratona de São Paulo.
No feminino, o Brasil
estará com Sueli Pereira da Silva, Cruz Nonata e Joziane Cardoso. Ano
passado, Sueli foi sexta colocada, a melhor do país na prova.
A "TEMIDA" SUBIDA DA BRIGADEIRO
A
largada e a chegada da corrida são na Avenida Paulista, um dos locais
mais tradicionais da capital paulista. Os primeiros quilômetros são
marcados por descidas, a principal delas a Avenida Major Natanael, que
cai na entrada do estádio do Pacaembu. No fim do percurso, portanto, as
subidas são maioria. A principal delas é a da Avenida Brigadeiro Luiz
Antônio, que desemboca na Paulista. São quase dois quilômetros de
subida.
São Silvestre de 1960, corrida noturna
(Foto: Agência Estado)
Até
o ano de 1988, a São Silvestre era realizada na parte da noite, com a
largada por volta das 23h, e a chegada com os fogos de artifício da
virada do ano.
Em 1989, a pedido da Federação Internacional,
o horário da largada passou para às 15h (feminino) e 17h (masculino).
Na edição deste ano, as mulheres começam a correr à 8h40, e os homens 20
minutos mais tarde.
jogador de futebol - o primeiro vencedor
A
primeira vez que a prova foi disputada foi em 1925, e o vencedor foi
Alfredo Gomes, jogador de futebol que atuava pelo Clube Esperia. Ele
completou os 8,8km em 33m21s. Apenas 48 atletas, todos homens, largaram.
Desses, apenas 37 completaram o percurso. Na época, quem terminasse a
prova mais de três minutos depois do campeão, era desclassificado.
Maria Zeferina Baldaia venceu em 2001
(Foto: Divulgação/Alfredo Risk)
As
mulheres brasileiras venceram apenas cinco corridas na história da São
Silvestre, iniciada em 1975 para o sexo feminino. A primeira vitória do
país foi de Carmen de Oliveira, no ano de 1995. Em 1996, Roseli Machado
foi a campeã.
Em 2001, Maria Zaferina Baldaia foi a primeira
colocada, assim como Marizete Rezende, no ano seguinte. A última vitória
de uma brasileira aconteceu em 2006, com Lucélia Perez.
As
primeiras edições da corrida, entre 1925 e 44, somente brasileiros
faziam parte da corrida. A "Era Internacional" da São Silvestre começou
em 1945, com a vitória de Sebastião Alves Monteiro, que foi bicampeão no
ano seguinte. Entre 1946 e 1979, o Brasil não conseguiu vencer uma
corrida sequer. Quem quebrou o jejum foi José João da Silva, vencedor em
1980.
Emil Zatopek levou três ouros nas Olimpíadas de 1952 (Foto: Agência AP)
Emil
Zátopek, um dos maiores corredores da história, esteve em São Paulo em
1953 e foi campeão da São Silvestre, na época disputada na distância de
sete quilômetros. Seu tempo, 20m30s, foi o recorde da competição
enquanto a prova foi disputada neste percurso.
Conhecido como
"Locomotiva", Emil Zátopek havia sido campeão olímpico dos 5000m,
10000m e da maratona nos Jogos de 1952, em Helsinque, na Finlândia.
ESTREIA FEMININA SÓ EM 1975
Rosa Mota ganhou seis vezes seguidas a corrida (Foto: Getty Images)
Se
os homens fizeram a estreia na São Silvestre em 1925, as mulheres só
passaram a correr meio século depois, em 1975. A primeira vencedora foi a
alemã Christa Vahlensieck, que também foi campeã no ano seguinte. No
início dos anos 80, uma portuguesa foi condecorada a rainha de São
Paulo. Rosa Mota foi seis vezes campeã, entre 81 e 86. Nos últimos cinco
anos, vitórias de cinco quenianas diferentes: Nancy Kipron (2013),
Maurine Kipchumba (2012), Priscah Jeptoo(2011), Alice Timbilli (2010) e
Pasalia Chepkorir (2009).
Nascido
em Roma, São Silvestre foi papa e comandou a Igreja entre os anos 314 e
355 depois de Cristo. Ele morreu no dia 31 de dezembro, e a instituição
católica escolheu essa data para canonizá-lo.
FONTE:
http://glo.bo/1tuZts8
Nenhum comentário:
Postar um comentário