A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Aconteceu de novo com o Botafogo. Os resultados de sábado até ajudaram,
mas com as próprias pernas o alvinegro não conseguiu se manter na elite
do futebol brasileiro. No clássico que em outros tempos era símbolo da
era de ouro do futebol brasileiro - dos dias mais gloriosos do alvinegro
carioca -, o time de Garrincha, Nilton Santos, Jairzinho, Gérson e de
tantos craques, caiu pela segunda vez para a Série B do futebol
brasileiro. O time que mais perdeu no campeonato chegou à 22ª derrota em
37 jogos e, com 33 pontos, deu adeus à Primeira Divisão. O Santos, de
férias, venceu a partida por 2 a 0 - gols de Leandro Damião, aos dois e
aos 44 minutos do segundo tempo - na Vila Belmiro e chegou aos 50
pontos.
Foi a queda anunciada de um clube que vinha em frangalhos desde o início da temporada, no fim da gestão Maurício Assumpção, que saiu da presidência na última semana. Carlos Eduardo Pereira assume o clube na Série B e com a responsabilidade de reestruturar desde as finanças até montar um time, já que mais de 10 atletas estão em fim de contrato.
As modificações ao longo do ano foram muitas. Do time que perdeu para o Santos neste domingo, apenas Jefferson e Gabriel estavam em campo na estreia no Brasileiro. Uma equipe toda modificada - seja por negociações ou vontades presidenciais -, com garotos que fazem suas primeiras partidas pelo Botafogo e um técnico que já tentou de tudo um pouco, não foi capaz de ameaçar o Santos no alçapão da Vila.
O discurso de Jefferson, na saída para o intervalo, mostrava que a queda estava a caminho:
- Estamos muito devagar. Parece que eles estão lutando por título, Libertadores... - disse, entre o desânimo e o nervosismo, o goleiro.
Primeiro tempo já anunciava a queda
No jogo da vida para o Botafogo, o time de Vagner Mancini parecia quase morto desde o início. Com menos de um minuto quase sofreu gol no primeiro dos 18 passes errados do time no primeiro tempo. Robinho arriscou de longe, e a bola passou à direita do gol de Jefferson, que estava praticamente batido no lance.
O goleiro do Botafogo e da seleção brasileira ainda teria um pouco de sorte e trabalharia bem mais. Aos nove minutos, David Braz perdeu um gol fácil na cara de Jefferson. Pouco depois, após linda caneta de Robinho em Dankler, o goleiro botafoguense encaixou chute colocado do atacante santista. No fim do primeiro tempo, Andreazzi afastou mal e Gabriel cabeceou na trave. Jefferson, que não podia fazer nada, apenas olhou.
Mas Dankler não. Com o dedo em riste, ele foi para cima do jovem meia do Botafogo, que reagiu empurrando o zagueiro. A turma do deixa disso logo evitou uma briga que poderia render duas expulsões e piorar ainda mais as coisas.
Damião entra, liquida jogo e o Botafogo
O mesmo Dankler, que por pouco não brigou com o companheiro de equipe,
dançou de vez quando Leandro Damião, que entrou para o segundo tempo, o
driblou duas vezes dentro da área. O atacante do alvinegro praiano bateu
no cantinho, sem chance para Jefferson: 1 a 0 para o Santos aos dois
minutos da etapa final.
Vagner Mancini havia feito todas as substituições permitidas até os 11 minutos de segundo tempo. Entraram Murilo, Gegê e Maikon para que o Botafogo ameaçasse um pouco mais o Santos. E nada mudou. Quem continuou trabalhando mesmo foi Jefferson. Até os 30 minutos, os santistas perderam, pelo menos, três chances. Numa delas, o ex-botafoguense Renato, de cabeça, obrigou Jefferson a fazer mais uma grande defesa.
Sem força, o Botafogo era praticamente inofensivo. André Bahia e Gegê tentaram, mas sem ameaçar Aranha. No contra-ataque, o Botafogo escapava de levar gol graças a uma certa displicência santista. Mas Damião tinha vontade. O atacante, reserva durante quase todo o Brasileiro, tentou duas vezes até encher o pé e mandar de vez o Botafogo para a Segunda Divisão. Era um triste, mas previsível desfecho para o Alvinegro carioca.
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Foi a queda anunciada de um clube que vinha em frangalhos desde o início da temporada, no fim da gestão Maurício Assumpção, que saiu da presidência na última semana. Carlos Eduardo Pereira assume o clube na Série B e com a responsabilidade de reestruturar desde as finanças até montar um time, já que mais de 10 atletas estão em fim de contrato.
As modificações ao longo do ano foram muitas. Do time que perdeu para o Santos neste domingo, apenas Jefferson e Gabriel estavam em campo na estreia no Brasileiro. Uma equipe toda modificada - seja por negociações ou vontades presidenciais -, com garotos que fazem suas primeiras partidas pelo Botafogo e um técnico que já tentou de tudo um pouco, não foi capaz de ameaçar o Santos no alçapão da Vila.
O discurso de Jefferson, na saída para o intervalo, mostrava que a queda estava a caminho:
- Estamos muito devagar. Parece que eles estão lutando por título, Libertadores... - disse, entre o desânimo e o nervosismo, o goleiro.
Torcedor do Botafogo ajeita a faixa: tristeza
pelo segundo rebaixamento (Foto:
Mauro Horita / Agência estado)
No jogo da vida para o Botafogo, o time de Vagner Mancini parecia quase morto desde o início. Com menos de um minuto quase sofreu gol no primeiro dos 18 passes errados do time no primeiro tempo. Robinho arriscou de longe, e a bola passou à direita do gol de Jefferson, que estava praticamente batido no lance.
O goleiro do Botafogo e da seleção brasileira ainda teria um pouco de sorte e trabalharia bem mais. Aos nove minutos, David Braz perdeu um gol fácil na cara de Jefferson. Pouco depois, após linda caneta de Robinho em Dankler, o goleiro botafoguense encaixou chute colocado do atacante santista. No fim do primeiro tempo, Andreazzi afastou mal e Gabriel cabeceou na trave. Jefferson, que não podia fazer nada, apenas olhou.
Mas Dankler não. Com o dedo em riste, ele foi para cima do jovem meia do Botafogo, que reagiu empurrando o zagueiro. A turma do deixa disso logo evitou uma briga que poderia render duas expulsões e piorar ainda mais as coisas.
Damião entra, liquida jogo e o Botafogo
Leandro Damião comemora gol do Santos
contra o Botafogo: algoz (Foto: Mauro
Horita / Agência estado)
Vagner Mancini havia feito todas as substituições permitidas até os 11 minutos de segundo tempo. Entraram Murilo, Gegê e Maikon para que o Botafogo ameaçasse um pouco mais o Santos. E nada mudou. Quem continuou trabalhando mesmo foi Jefferson. Até os 30 minutos, os santistas perderam, pelo menos, três chances. Numa delas, o ex-botafoguense Renato, de cabeça, obrigou Jefferson a fazer mais uma grande defesa.
Sem força, o Botafogo era praticamente inofensivo. André Bahia e Gegê tentaram, mas sem ameaçar Aranha. No contra-ataque, o Botafogo escapava de levar gol graças a uma certa displicência santista. Mas Damião tinha vontade. O atacante, reserva durante quase todo o Brasileiro, tentou duas vezes até encher o pé e mandar de vez o Botafogo para a Segunda Divisão. Era um triste, mas previsível desfecho para o Alvinegro carioca.
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