No banco dos réus: clubes podem perder até 20 mandos de campo por confusões ocorridas no jogo do dia 21 de setembro no Mineirão. Julgamento será no Rio
Polícia Militar teve trabalho para conter confusões dentro e fora do estádio (Foto: Leonardo Simonini)
Estarão acompanhando, no local, os presidentes de Atlético-MG e Cruzeiro - Alexandre Kalil e Gilvan de Pinho Tavares, respectivamente. A denúncia, feita pela procuradoria do STJD, é a 10ª de uma lista de onze que estão na pauta de julgamentos para a tarde desta quarta-feira.
Atlético-MG e Cruzeiro foram denunciados duas vezes com base no artigo 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), incisos I e III e parágrafos 1º e 2º do CBJD. A punição para os clubes prevê perda de até 10 mandos de campo, e ainda multa de até R$ 100 mil para cada equipe, por infração. Assim, como os foram denunciados duas vezes, a pena para os times poderia chegar a 20 jogos e multa de R$ 200 mil para cada um.
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A Procuradoria pede ainda a aplicação do artigo 69-B do Regulamento Geral das Competições, que prevê portões fechados em caso de punição com a perda de mando. O artigo 213 fala em "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir: desordens em sua praça de desporto e lançamento de objetos no campo ou local da disputa do evento desportivo, fatos em que os dois clubes foram denunciados.
A Polícia Militar revelou que alguns torcedores atleticanos entraram no Mineirão sem serem revistados. De acordo com comunicado divulgado pela Minas Arena, consórcio que administra o estádio, cerca de 100 cadeiras foram quebradas por atleticanos e cruzeirenses. Os prejuízos, no entanto, não serão informados pela empresa. O promotor de defesa do consumidor do Ministério Público e coordenador do Procon estadual, Fernando Abreu, analisou documentos e imagens por ele solicitados após as confusões ocorridas no clássico e determinou que os integrantes de três torcidas organizadas - Galoucura, Máfia Azul e Pavilhão Independente - sejam proibidos de entrar nos estádios, pelos próximos seis meses, com qualquer roupa ou objeto que as identifique. A medida começa a valer a partir do próximo dia 3 de outubro. A expectativa, agora, é quanto à punição que pode ser imposta aos clubes.
Sinalizadores foram acesos, e bombas
foram estouradas no Mineirão durante
o clássico (Foto: Rafael Araújo)
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