Técnico da seleção feminina de vôlei precisa eliminar três das 17 jogadoras que estão treinando no CT de Saquarema para fechar o grupo da competição italiana
Há 25 anos José Roberto Guimarães exerce a difícil missão de
escalar os times que vão representar o Brasil nas principais competições de
vôlei pelo mundo. Foi assim com a seleção masculina, em um primeiro momento, e
tem sido assim com a equipe feminina, desde 2003. Apesar de tantos anos
cumprindo o mesmo ritual, o treinador tricampeão olímpico sofre até hoje na
hora de cortar jogadoras. O dilema atual é decidir quais serão as 14 atletas
que vão tentar buscar o inédito título mundial para o país, de 23 de setembro a 12 de
outubro, na Itália.
- Ainda estamos pensando. Pode ser agora ou pode ser semana
que vem. A gente tem que ver. Preocupa muito, mas isso tem que ser feito. Todo
corte é difícil. É o momento mais complicado que existe, mas infelizmente não
posso levar 17, tenho que levar 14. E vamos ter que jogar com 12,
diferentemente do Grand Prix - avisou o treinador.
Técnico Zé Roberto Guimarães e a
levantadora Fabíola, em Saquarema
(Foto: Divulgação / CBV)
Na
última quarta-feira, a Federação Internacional de Vôlei
divulgou a lista com as 22 atletas inscritas de cada país para o Mundial
da
Itália. Apenas 14 de cada, no entanto, realmente disputarão a
competição.
Atualmente, estão treinando no Centro de Desenvolvimento de Vôlei de
Saquarema
17 jogadoras (Dani Lins, Fabíola, Ana Tiemi, Adenízia, Thaisa, Fabiana,
Carol, Sheilla, Tandara, Monique, Andréia, Fernanda Garay, Jaqueline,
Natália, Gabi, Camila Brait e Léia). Três delas vão ficar fora da missão
do ouro inédito.
- Ansiosa a gente fica um pouco para saber como vai ser,
quem ele vai levar. Mas, o que ele tinha que conhecer, já conheceu – comentou a
oposta Andreia.
Andréia vive a expectativa se será convocada ou não para o Mundial (Foto: Divulgação / CBV)
Em sua primeira temporada competindo pela seleção
brasileira, Andreia só lamenta não ter tido muitas chances de atuar como
titular durante o Grand Prix 2014. A jogadora eleita a melhor atacante da
última Superliga feminina acredita que poderia ter provado ainda
mais que seria uma boa escolha.
- Eu acho que a Andreia não conseguiu mostrar tudo o que ela
poderia fazer. Em relação aos jogos, foram poucas as oportunidades, até porque
foram jogos difíceis, e a gente está sempre querendo ganhar. Mas ele me conhece de Superliga e do que a
gente teve de treinamento também - afirmou a oposto.
Tandara também sabe que a “briga” por uma posição neste
grupo é disputada. Apesar de nunca ter jogado um Mundial, no entanto, a
oposto tem no currículo o ouro olímpico, conquistado em Londres 2012.
Tandara está tranquila para a convocação para o Mundial (Foto: Divulgação / CBV)
- Em relação a isso estou tranquila. Sei que o Zé vai
escalar o melhor grupo. E, lógico, espero estar entre as 14. Claro que sempre
tem algumas jogadoras que ficam mais ansiosas, se sentem mais ameaçadas, outras não. Mas isso faz parte – disse.
O momento ainda é de suspense sobre o grupo que vai à
Itália, mas o técnico Zé Roberto ressalta a confiança nas jogadoras que têm
convocado e que, no mês passado, conquistaram o décimo título do Grand Prix.
- Eu estou feliz porque, na volta do Grand Prix, elas
chegaram no Brasil na terça-feira e, na quarta, já estavam na musculação. Isso
denota uma responsabilidade muito grande, mostrando que elas estão pensando nas
competições futuras. Então, isso me deixa tranquilo e feliz de que o grupo está
querendo lutar e tem condições de lutar.
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