Primeiros, cafeteros enfrentam o Uruguai nas oitavas. Goleiro torna-se o jogador mais velho a disputar jogo de Copa, e camisa 10 faz gol de placa
A CRÔNICA
por
Amanda Kestelman
Não importava se já estavam classificados. A ausência de titulares
também não foi um problema. Cada grito de sua torcida era um combustível
extra para a Colômbia não diminuir o ritmo diante do Japão. Enquanto os
Samurais Azuis lutavam em sua última oportunidade de permanecer na Copa
do Mundo, os sul-americanos jogavam como se estivessem em casa. E
fizeram de Cuiabá seu salão de festas. Assim como nos dois primeiros
jogos do Grupo C, contaram com apoio maciço dos milhares de torcedores
que os seguiram até o Brasil. Com os gols de Cuadrado, de pênalti, James
Rodríguez e dois de Jackson Martinez – O gol japonês foi marcado por
Okazaki –, os cafeteros despacharam os nipônicos com uma goleada de 4 a 1
e asseguraram o primeiro lugar da chave com direito a recorde e brilho
do seu jovem camisa 10.
Quando a vitória já estava assegurada, o técnico Jose Pekerman preparou uma homenagem especial. Ao substituir Ospina por Farid Mondrágon, levou os torcedores presentes na Arena Cuiabá ao delírio. Aos 43 anos, o goleiro reserva tornou-se o jogador mais velho a disputar uma partida de Copa do Mundo, superando a marca estabelecida por Roger Milla, o camaronês que em 1994, aos 42 anos, disputou o Mundial dos Estados Unidos. No fim, James Rodríguez, o habilidoso meia de 22 anos, deixou a sua marca com o golaço que fechou a goleada.
Nas oitavas de final, a Colômbia agora enfrenta o Uruguai, que ficou
com a segunda vaga do Grupo D após uma dramática vitória sobre a Itália,
na tarde desta terça-feira. A partida será no próximo sábado, às 17h
(de Brasília), no Maracanã. A outra vaga do Grupo C ficou com a Grécia,
que venceu a Costa do Marfim de forma inesquecível – os marfinenses
estavam classificados até os 49 minutos do segundo tempo, quando os
helênicos marcaram de pênalti e avançaram. Os gregos vão encarar a Costa
Rica, domingo, no Recife.
Febre amarela nas arquibancadas da Arena Pantanal
A Colômbia entrou em campo classificada, e o Jose Pekerman foi precavido. Pensando nas oitavas de final, poupou quase todo seu time titular em Cuiabá. Além do goleiro Ospina, manteve somente o lateral Armero e o meia Cuadrado. Apoiado pelos gritos de seus torcedores, que mais uma vez pintaram de amarelo um estádio no Brasil, os cafeteros tomaram a iniciativa do jogo, contando com a velocidade de Cuadrado e Arías, principalmente pelo lado direito. Mas o Japão respondia com lançamentos para Honda e jogadas individuais de Kagawa, que dava trabalho aos seus marcadores.
Na arquibancada, a torcida entoava que a a seleção sul-americana jogava de ''local'' em Cuiabá. E como ''dona da casa'', trataou de abrir o marcador. O lance decisivo veio num passe de Jackson Martínez para Adrián Ramos, que foi derrubado dentro da área pelo zagueiro Konno. O árbitro assinalou o pênalti e mostrou cartão para o japonês. Destaque dos 11 que estavam em campo, Cuadrado chamou a responsabilidade e bateu com segurança, quase no meio do gol: 1 a 0, aos 16 minutos. Na comemoração, a mesma irreverência dos jogos anteriores. Uma nova dancinha com os companheiros.
A onda amarela das arquibancadas avisava: "Olé, olé, olé, olá! Porque
Colômbia vai ganhar". Mas os japoneses não se intimidaram com os gritos e
as olas. Aquela era a sua última chance de continuar no Mundial. Na
metade do primeiro tempo, num lance de talento, Kagawa dominou na
entrada da área, cortou para a perna direita e obrigou Ospina a fazer
grande defesa.
O contra-ataque passou a ser a principal arma colombiana. Em um deles, nos minutos finais, Martínez teve boa chance para ampliar, mas mandou para fora. Na sequência, foi a vez de os japoneses terem a oportunidade de balançar as redes. E Okazaki não desperdiçou. Após bom cruzamento de Honda pela direita, ele mergulhou na área e empatou o jogo no último lance da etapa inicial, aos 46. A esperança dos Samurais Azuis continuava viva.
Homenagem a Mondragón, pintura de James Rodríguez
No segundo tempo, Pekerman colocou James Rodriguez na vaga de Quintero e tirou Cuadrado, dando lugar a Carbonero. Destaque da equipe neste Mundial, James logo deu mais velocidade ao time. Ignorando o fato de estarem classificados, os colombianos continuavam indo ao ataque. Lutando contra o relógio, os japoneses buscavam algum espaço para jogadas ofensivas. Naquele momento, a Grécia vencia a Costa do Marfim, e uma vitória os colocaria nas oitavas.
A Colômbia, no entanto, não tinha nada a ver com isso. Arias, sem compaixão pelos asiáticos, fez bonita jogada pela direita, encontrando James Rodriguez. Com categoria, o camisa 10 deu um passe preciso para Jackson Martinez, que chutou no canto esquerdo do goleiro Kawashima: 2 a 1, aos 10 minutos da etapa complementar.
O Japão estava indo para o tudo ou nada. Chutes longos, lançamentos. A
melhor chance veio aos 20 minutos, quando Uchida avançou pela direita e
cruzou bem para Okubo, que quase empatou. A investidas japonesas,
entretanto, estavam resultando em perigosos contra-ataques colombianos. E
foi justamente num deles que acabou de vez com a esperança japonesa.
Como se não bastasse o empate da Costa do Marfim, no Recife, Jackson
Martinez recebeu disparou, cortou o marcador e ampliou: 3 a 1, aos 37.
A noite era mesmo da Colômbia. Era de homenagem e de um pintura protagonizada por seu camisa 10. Aos 39, Mondragón entrou em campo para se tornar, aos 42 anos, o jogador mais velho a disputar um jogo de Copa do Mundo – o recorde era do camaronês Roger Milla, que em 1994, nos Estados Unidos, entrou em campo com 41. E aos 45 minutos, James Rodríguez encerrou o baile colombiano com um gol de placa. Após receber passe espetacular de Ramos, o meia deixou Yoshida no chão e tocou com categoria por cima do goleiro Kawashima.
Quando a vitória já estava assegurada, o técnico Jose Pekerman preparou uma homenagem especial. Ao substituir Ospina por Farid Mondrágon, levou os torcedores presentes na Arena Cuiabá ao delírio. Aos 43 anos, o goleiro reserva tornou-se o jogador mais velho a disputar uma partida de Copa do Mundo, superando a marca estabelecida por Roger Milla, o camaronês que em 1994, aos 42 anos, disputou o Mundial dos Estados Unidos. No fim, James Rodríguez, o habilidoso meia de 22 anos, deixou a sua marca com o golaço que fechou a goleada.
Corre para o abraço! Seguido por James,
Rodríguez é recepcionado por Armero
após gol (Foto: Reuters)
Febre amarela nas arquibancadas da Arena Pantanal
A Colômbia entrou em campo classificada, e o Jose Pekerman foi precavido. Pensando nas oitavas de final, poupou quase todo seu time titular em Cuiabá. Além do goleiro Ospina, manteve somente o lateral Armero e o meia Cuadrado. Apoiado pelos gritos de seus torcedores, que mais uma vez pintaram de amarelo um estádio no Brasil, os cafeteros tomaram a iniciativa do jogo, contando com a velocidade de Cuadrado e Arías, principalmente pelo lado direito. Mas o Japão respondia com lançamentos para Honda e jogadas individuais de Kagawa, que dava trabalho aos seus marcadores.
Na arquibancada, a torcida entoava que a a seleção sul-americana jogava de ''local'' em Cuiabá. E como ''dona da casa'', trataou de abrir o marcador. O lance decisivo veio num passe de Jackson Martínez para Adrián Ramos, que foi derrubado dentro da área pelo zagueiro Konno. O árbitro assinalou o pênalti e mostrou cartão para o japonês. Destaque dos 11 que estavam em campo, Cuadrado chamou a responsabilidade e bateu com segurança, quase no meio do gol: 1 a 0, aos 16 minutos. Na comemoração, a mesma irreverência dos jogos anteriores. Uma nova dancinha com os companheiros.
Passe para um gol, toque de categoria para
marcar o seu: James brilhou novamente
(Foto: Reuters)
O contra-ataque passou a ser a principal arma colombiana. Em um deles, nos minutos finais, Martínez teve boa chance para ampliar, mas mandou para fora. Na sequência, foi a vez de os japoneses terem a oportunidade de balançar as redes. E Okazaki não desperdiçou. Após bom cruzamento de Honda pela direita, ele mergulhou na área e empatou o jogo no último lance da etapa inicial, aos 46. A esperança dos Samurais Azuis continuava viva.
Homenagem a Mondragón, pintura de James Rodríguez
No segundo tempo, Pekerman colocou James Rodriguez na vaga de Quintero e tirou Cuadrado, dando lugar a Carbonero. Destaque da equipe neste Mundial, James logo deu mais velocidade ao time. Ignorando o fato de estarem classificados, os colombianos continuavam indo ao ataque. Lutando contra o relógio, os japoneses buscavam algum espaço para jogadas ofensivas. Naquele momento, a Grécia vencia a Costa do Marfim, e uma vitória os colocaria nas oitavas.
A Colômbia, no entanto, não tinha nada a ver com isso. Arias, sem compaixão pelos asiáticos, fez bonita jogada pela direita, encontrando James Rodriguez. Com categoria, o camisa 10 deu um passe preciso para Jackson Martinez, que chutou no canto esquerdo do goleiro Kawashima: 2 a 1, aos 10 minutos da etapa complementar.
Ospina cumprimenta Mondragón, que entrou
em campo para quebrar recorde (Foto: Reuters)
A noite era mesmo da Colômbia. Era de homenagem e de um pintura protagonizada por seu camisa 10. Aos 39, Mondragón entrou em campo para se tornar, aos 42 anos, o jogador mais velho a disputar um jogo de Copa do Mundo – o recorde era do camaronês Roger Milla, que em 1994, nos Estados Unidos, entrou em campo com 41. E aos 45 minutos, James Rodríguez encerrou o baile colombiano com um gol de placa. Após receber passe espetacular de Ramos, o meia deixou Yoshida no chão e tocou com categoria por cima do goleiro Kawashima.
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