Técnico da seleção brasileira acredita que está sendo cavalheiro demais com insinuações de benefícios ao Brasil e promete voltar ao estilo mais “agressivo”
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A coxa do Neymar está deste tamanho. Provavelmente vai ter um inchaço grande
nos próximos dias e pode ser um problema grande para outra partida – disse Felipão,
fazendo gesto com as mãos.
Inconformado
com o fato de o árbitro não ter dado cartão amarelo ao adversário, o técnico da
Seleção valorizou a permanência do seu maior craque em campo.
saiba mais
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Não consigo entender. As pessoas dizem que o Neymar cai o tempo todo. Mas ele
tem de ser valorizado hoje por ter atuado a maior parte do jogo com um problema
grande na coxa, de uma pancada forte que ele levou logo no início da partida. –
comentou Felipão.
O
técnico brasileiro também está incomodado com o tratamento dos técnicos,
jogadores e jornalistas dos outros países em relação à Seleção. Principalmente
no que diz respeito à arbitragem. Antes dos jogos contra o Brasil, os rivais
têm colocado pressão nesse sentido, insinuando que a equipe verde e amarela
pode ser favorecida.
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Estamos sendo muito cavalheiros, muito educados com os estrangeiros. Está na
hora de mudar um pouco o nosso discurso. Não devemos ser apedrejados por
técnicos, jogadores e imprensa estrangeira. Está na hora de eu voltar um pouco
ao meu estilo: ser agressivo. Não estou conseguindo aguentar mais – falou o
técnico.
Felipão está irritado com os estrangeiros que
insinuam favorecimento ao Brasil na Copa
(Foto: Getty Images)
Para
o comandante, os árbitros estão entrando nessa pressão e deixando de marcar
algumas coisas para a seleção brasileira, como pênaltis, faltas...
Confira a íntegra da entrevista coletiva do técnico Luiz Felipe Scolari:
DIFICULDADES CONTRA O CHILE
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Foi como a gente esperava e havia manifestado sete, oito meses atrás,
quando soubemos do sorteio. Teríamos uma dificuldade muito grande. É um
time que joga organizado, bom sistema tático. Foi um jogo muito
equilibrado. Tanto que foi para os pênaltis. Foi uma vitória nossa, que
não desmerece o Chile, mas nos valoriza.
EMOCIONAL
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Vamos recuperar os jogadores dando a folga até segunda-feira de manhã.
Depois iremos mostrar os motivos por termos conquistado a classificação e
o que podemos melhorar para o próximo jogo. E também, quando se ganha
com essa emoção, dessa maneira, podemos fazer disso uma coisa boa.
DRAMA
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Infartar depende dos exames que foram feitos antes ou depois da Copa do
Mundo (risos). Depois de infartar não tem muito mais jeito. A Copa do
Mundo está mostrando jogos muito equilibrados e emocionantes. São jogos
muito idênticos e quem não aproveita as chances pode pagar cara, como
quase pagamos com aquela bola na trave, aos 118 minutos de jogo.
PSICOLÓGICO
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Mesmo os jogadores mais experientes sentem em uma Copa do Mundo. Quem
disser que não sente, está mentindo. Não é um jogo comum. Como temos
ainda muita gente nova, vamos acrescentar experiência. Willian errou,
mas é uma experiência. Vai acrescentar algo para ele no futuro. Vamos
ver se a gente comete menos erros por inexperiência. De repente pode não
ter a mesma sorte que teve hoje, aos 118 uma bola na trave.
RISCOS
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Nós fizemos o gol e depois tomamos o gol de lateral, que é algo que não
se admite no nível mundial como o nosso. Depois tivemos três, quatro
chances para marcar os gols, por detalhes, precisão demais, não fizemos.
E aí a gente correu mais riscos do que em qualquer outro momento.
NEYMAR
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Em primeiro lugar, Neymar tem 22 anos e parece que tem 35. Maduro,
pronto. Ele lida naturalmente com essa dificuldade de não ter a
experiência de idade. Ele é muito bom mentalmente. Tem detalhes na vida
dele que indicam que ele estava pronto desde os 17, 18 anos. Ele é
simples. Ele gosta de jogar. Ele vai bater o pênalti como se fosse bater
na pelada lá em Santos. Essa é a capacidade dele.
PAÍS DA COPA
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Para o país está sendo importante para ver que podemos nos sentir
orgulhosos do que temos. Tratamos muito bem a todos. E somos muito
cordiais. O que nós queremos ainda é poder seguir em frente. Não é feio
valorizar a nacionalidade.
ANFITRIÃO
Não
é fácil jogar em casa. Assumimos a responsabilidade de que temos de ser
campeões. O povo abraçou essa ideia. Podíamos fugir do assunto, mas
quando se faz uma promessa tem de ir até o fundo. Existe uma tensão, uma
dificuldade, uma apreensão... Faltam três jogos para atingir o céu.
FONTE>
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