Goleiro colombiano paga caro por excentricidade, perde bola na intermediária e vê veterano jogador do Camarões virar ídolo de seu país com vitória nas oitavas
Aos 38 anos, o experiente reserva do time camaronês entraria para a história das Copas no início do segundo tempo da prorrogação, no dia 23 de junho. O jogo estava empatado em 0 a 0 e, logo no primeiro minuto da segunda etapa do tempo extra, ele recebeu a bola, deixou Perea para trás, Escobar no chão, e bateu no alto, sem chance de defesas para Higuita, correndo até a bandeira de escanteio para comemorar dançando.
“Goleiro-líbero”, Higuita foi até a intermediária colombiana para dominar uma rebatida da defesa adversária com quatro minutos . Passou para um companheiro, que errou na devolução de bola. Pressionado, o camisa 1 da Colômbia tentou driblar Roger Milla, que acabou fazendo o desarme, avançando até a entrada da área e batendo para o gol aberto. Mais dancinha para o veterano camaronês.
- Ele tentou me driblar e ninguém dribla o Milla - disse o protagonista do jogo, deixando a humildade de lado.
A Colômbia ainda descontou, mas terminou eliminada. Nas quartas de final, o Camarões deu adeus à Copa de 90 perdendo por 3 a 2 para a Inglaterra, também na prorrogação. Em 1994, aos 42 anos, Milla estabeleceu o recorde de jogador mais velho a fazer um gol em uma Copa.
Roger Milla e a dancinha que marcou a
vitória de Camarões sobre a Colômbia
na Copa de 1990 (Foto: Getty Images)
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