A CRÔNICA
por
Diego Ribeiro
Os gritos da torcida do Penapolense logo aos 30 minutos do segundo
tempo mostraram um pouco do que vive o atual Corinthians. “Eliminado!
Eliminado!”. O empate sem gols com a equipe de Penápolis, na tarde deste
domingo, no Estádio Tenente Carriço, eliminou o Timão do estadual. Um
vexame confirmado após a derrota do São Paulo por 1 a 0 para o Ituano,
no Morumbi, que deixou o time do interior muito perto da vaga. O Audax é
o outro candidato.
O time passou longe de mostrar futebol para se classificar. Após uma série de quatro vitórias, a formação de Mano Menezes regrediu – nem a volta de Jadson resolveu a falta de criação que havia prejudicado o Alvinegro na derrota para o São Paulo. O empate levou a equipe aos 21 pontos no Grupo B. O Penapolense, já classificado, foi a 19 no Grupo A.
Enquanto a torcida do time de Penápolis brincou e fez piada com o sofrimento do adversário, os corintianos não reclamaram. Alternaram músicas de apoio com gritos ofensivos ao goleiro do Penapolense – Rogério Ceni teve a mesma recepção no clássico.
Na última rodada do Paulistão, o Corinthians recebe o Atlético Sorocaba, domingo que vem, às 16h (horário de Brasília), no Pacaembu. No mesmo horário, o Penapolense visita o Ituano, no Estádio Novelli Júnior.
Rival não ajuda; Timão não se ajuda
Durante a semana, o discurso repetido à exaustão pelos corintianos era de que, primeiro, o time precisava fazer sua parte para depois pensar no que ocorria no jogo do São Paulo. Antes mesmo de o Ituano abrir o placar no Morumbi, ficava claro que o Timão teria enorme dificuldade para se impor em Penápolis.
De volta à equipe, Jadson não conseguiu se livrar da marcação. Outro discurso recente de Mano era que o Corinthians não dependia de seu camisa 10 para armar jogadas. Imagine se dependesse... Com o meia pegando pouco na bola, o Timão viveu de lançamentos em profundidade para Luciano e Romarinho. Quando a jogada tinha futuro, o gramado irregular do estádio Tenente Carriço atrapalhava e fazia a bola “pipocar”.
O Penapolense parecia ser o time que buscava a vaga (e já está classificado!). O caminho para chegar ao gol de Cássio foi estudado e aprendido com os rivais recentes do Corinthians: explorando as laterais. Guaru e Petros em Fagner, e Neto em Fábio Santos. O lateral-esquerdo voltou a ser titular após seis meses e sentiu a falta de ritmo de jogo – avançou muito pouco e perdeu na marcação, sua especialidade.
O gol do Ituano não mudou o comportamento alvinegro em campo – só nas arquibancadas, onde o grito ficou mais forte na tentativa de fazer o time não desanimar. Antes do intervalo, um torcedor do interior, com sotaque caraterístico da região, bradou:
- Volta logo, Tite – disse, em alusão ao antigo técnico do Corinthians.
Adeus, Paulistão!
Sem a criação necessária no meio-campo, Mano Menezes pediu mais bolas aéreas no segundo tempo. Por ali, o panorama melhorou um pouco, mas não o suficiente para o gol sair. Romarinho, de cabeça, teve grande oportunidade – só que a bola “pipocou” de novo no gramado e subiu demais.
A entrada de Renato Augusto no lugar de Bruno Henrique demorou a fazer efeito, até porque o meia havia treinado a semana toda no lugar de Guilherme, o outro volante. O técnico fez um esboço de três meio-campistas em linha, com Romarinho mais avançado. Tentativas não faltaram.
A situação, que já não era boa, ainda foi prejudicada pelo árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araujo, que não marcou pênalti claro em Uendel.
O Penapolense controlou o fim do jogo e levou perigo nas bolas paradas de Guaru. Para o Timão ficou ainda mais difícil após a expulsão de Cléber. O time do interior não precisava do resultado e se contentou em estragar um pouco mais o Campeonato Paulista do Corinthians, eliminado da competição a uma rodada de seu fim. Incompatível para um clube com tanto investimento e expectativas.
O time passou longe de mostrar futebol para se classificar. Após uma série de quatro vitórias, a formação de Mano Menezes regrediu – nem a volta de Jadson resolveu a falta de criação que havia prejudicado o Alvinegro na derrota para o São Paulo. O empate levou a equipe aos 21 pontos no Grupo B. O Penapolense, já classificado, foi a 19 no Grupo A.
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- Confira o tempo real da partida
- Veja como ficou a classificação
Enquanto a torcida do time de Penápolis brincou e fez piada com o sofrimento do adversário, os corintianos não reclamaram. Alternaram músicas de apoio com gritos ofensivos ao goleiro do Penapolense – Rogério Ceni teve a mesma recepção no clássico.
Na última rodada do Paulistão, o Corinthians recebe o Atlético Sorocaba, domingo que vem, às 16h (horário de Brasília), no Pacaembu. No mesmo horário, o Penapolense visita o Ituano, no Estádio Novelli Júnior.
Luciano disputa a bola durante o jogo: atacante
teve atuaçãodiscreta (Foto: José
Patricio/Agência Estado)
Rival não ajuda; Timão não se ajuda
Durante a semana, o discurso repetido à exaustão pelos corintianos era de que, primeiro, o time precisava fazer sua parte para depois pensar no que ocorria no jogo do São Paulo. Antes mesmo de o Ituano abrir o placar no Morumbi, ficava claro que o Timão teria enorme dificuldade para se impor em Penápolis.
De volta à equipe, Jadson não conseguiu se livrar da marcação. Outro discurso recente de Mano era que o Corinthians não dependia de seu camisa 10 para armar jogadas. Imagine se dependesse... Com o meia pegando pouco na bola, o Timão viveu de lançamentos em profundidade para Luciano e Romarinho. Quando a jogada tinha futuro, o gramado irregular do estádio Tenente Carriço atrapalhava e fazia a bola “pipocar”.
O Penapolense parecia ser o time que buscava a vaga (e já está classificado!). O caminho para chegar ao gol de Cássio foi estudado e aprendido com os rivais recentes do Corinthians: explorando as laterais. Guaru e Petros em Fagner, e Neto em Fábio Santos. O lateral-esquerdo voltou a ser titular após seis meses e sentiu a falta de ritmo de jogo – avançou muito pouco e perdeu na marcação, sua especialidade.
O gol do Ituano não mudou o comportamento alvinegro em campo – só nas arquibancadas, onde o grito ficou mais forte na tentativa de fazer o time não desanimar. Antes do intervalo, um torcedor do interior, com sotaque caraterístico da região, bradou:
- Volta logo, Tite – disse, em alusão ao antigo técnico do Corinthians.
Adeus, Paulistão!
Sem a criação necessária no meio-campo, Mano Menezes pediu mais bolas aéreas no segundo tempo. Por ali, o panorama melhorou um pouco, mas não o suficiente para o gol sair. Romarinho, de cabeça, teve grande oportunidade – só que a bola “pipocou” de novo no gramado e subiu demais.
A entrada de Renato Augusto no lugar de Bruno Henrique demorou a fazer efeito, até porque o meia havia treinado a semana toda no lugar de Guilherme, o outro volante. O técnico fez um esboço de três meio-campistas em linha, com Romarinho mais avançado. Tentativas não faltaram.
A situação, que já não era boa, ainda foi prejudicada pelo árbitro Vinícius Gonçalves Dias Araujo, que não marcou pênalti claro em Uendel.
O Penapolense controlou o fim do jogo e levou perigo nas bolas paradas de Guaru. Para o Timão ficou ainda mais difícil após a expulsão de Cléber. O time do interior não precisava do resultado e se contentou em estragar um pouco mais o Campeonato Paulista do Corinthians, eliminado da competição a uma rodada de seu fim. Incompatível para um clube com tanto investimento e expectativas.
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