sochi 2014
Edson Martins, Edson Bindilatti, Fabio Gonçalves e Odirlei Pessoni conseguem duas descidas limpas e ficam na antepenúltima colocação no primeiro dia de disputa
As metas do Brasil eram
modestas. Chegar em segurança ao final da pista era a principal delas, ainda
mais depois que um dos trenós do Canadá virou e causou apreensão no Complexo
Sanki. Com duas descidas sem maiores incidentes, o quarteto formado por Edson
Martins, Edson Bindilatti, Fábio Gonçalves e Odirlei Pessoni terminou o
primeiro dia de disputas da modalidade em 28º lugar entre 30 inscritos. Com
sorriso no rosto, ainda homenagearam Laís Souza, que se recupera de uma lesão
na coluna cervical, após cruzarem a linha de chegada.
- Essas Olimpíadas estão
representando uma recuperação para Laís. Estávamos muito comovidos com o
acidente e muito feliz com a recuperação dela, então partiu de nós quatro essa
homenagem. É o que a gente pode fazer para confortar ela e a família. Tem muito
processo (de recuperação) pela frente ainda, mas é uma ação carinhosa que a
gente pode fazer. Melhoras, Laís. Você vai sair dessa numa boa, pode ficar
tranquila – disse o piloto Bindilatti.
Quarteto do Brasil conseguiu fazer bem as
duas descidas no bobsled (Foto: Reuters)
Os
brasileiro voltam à pista neste domingo. Serão mais duas descidas para
definir os campeões olímpicos. No entanto, apenas as 20 melhores equipes
participarão da segunda bateria do dia, quarta no total. O início da
disputa está marcado para 6h30 (de Brasília). O SporTV transmite ao vivo
e o SporTV.com acompanha em Tempo Real.
Isabel Clark e Isadora Williams na torcida do Brasil no bobsled (Foto:Helena Rebello)
Com a snowboarder Isabel
Clark e a patinadora Isadora Williams na torcida, o Brasil foi o 29º time a
descer no gelo. Na primeira descida, completaram o percurso de 1.814m em 56s86,
2s04 atrás da equipe número 1 da Rússia, que liderou a tomada de tempo com
direito a recorde da pista.
Na segunda rodada, um
acidente calou torcedores, atletas e profissionais que trabalhavam no local. Na
última curva, o trenó da equipe número 3 do Canadá perdeu o controle e virou.
Os atletas foram raspando os capacetes no gelo até pararem completamente e
poderem receber auxílio médico. O telão cortou as imagens do socorro, e o clima
de apreensão se instaurou. Os suspiros de alívio vieram apenas dois minutos
depois, já com a imagem dos competidores de pé, caminhando até a saída do
percurso. Como cruzaram a linha de chegada, mesmo de cabeça para baixo, eles
não foram eliminados. Só que despencaram da oitava para a 30ª colocação.
Passado o susto, o Brasil
voltou à pista para melhorar o tempo em relação à primeira tomada de tempo. Com
56s74, o quarteto ficou à frente do Canadá e da Coreia do Sul.
- A gente sabe que não dá
para fazer milagre com o trenó. Estamos extraindo o máximo do push, da
pilotagem, mas a gente sabe que está muito atrás nesta parte de material. Mas
não é um empecilho para a gente não. A gente sabe que, daqui a pouco, vai conseguir
coisa boa – completou Bindilatti.
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