quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Muricy tenta combater estrelismo de 'joias': 'Às vezes, se acham demais'

Muricy classifica Ewandro e Boschilia como diferentes, mas quer cuidado para não queimá-los e diz que vai eliminar etapas para que evoluam mais rápido

Por São Paulo

Boschilia São Paulo (Foto: Marcelo Prado)Boschilia é uma das promessas
do São Paulo (Foto: Marcelo Prado)
 
A diretoria do São Paulo aposta que fará muito dinheiro com o meia Boschilia e o atacante Ewandro, ambos de apenas 17 anos. Promovidos ao elenco profissional após a Copa São Paulo, os jogadores estrearam nos minutos finais da vitória goleada por 4 a 0 sobre o Mogi Mirim, quarta-feira, no Morumbi, pelo Paulistão. Apesar da utilização, o técnico Muricy Ramalho quer calma com os atletas e tenta evitar que eles se percam pelo caminho.

- Sobre os meninos, não foram tão bem assim (São Paulo caiu nas quartas da Copa). Fiz isso no Santos, amadureci jogadores de 15 e 16 anos e depois emprestei para jogar a Copa. Quero fazer um pouco aqui também. Com jogadores diferentes quero queimar um pouco a etapa. Se eles ficam lá (na base), às vezes, se acham demais. Aqui, são mais um e estarão com o Rogério, comigo... – afirmou.

A preocupação de Muricy com o estrelismo na base faz referência ao período em que esteve na Vila Belmiro. O treinador teve problemas com o atacante Victor Andrade, considerado pela direção alvinegra uma das apostas para substituir Neymar.

 Com jogadores diferentes quero queimar um pouco a etapa. Se eles ficam lá (na base), às vezes, se acham demais. Aqui, são mais um e estarão com o Rogério, comigo...
Muricy
 
 Boschilia e Ewandro vivem situação semelhante e são considerados duas joias pelo presidente Juvenal Juvêncio. Eles serão usados em algumas partidas dos profissionais e voltarão para a base quando tiverem de disputar algum torneio ou jogos decisivos.

- Conversei bastante com eles. Treinaram bastante e sentiram que a pegada aqui é diferente. Acho que aqui vou melhorá-los. Claro que não podemos achar que os meninos são a solução – ressaltou o comandante, que também aproveitará o zagueiro Lucas Silva, integrante dos profissionais desde o ano passado.

Treinador do Expressinho do São Paulo nos anos 90, equipe formada por garotos enquanto Telê Santana dirigia o time principal, Muricy carregou a fama de trabalhar pouco com meninos da base durante o tricampeonato brasileiro – 2006, 2007 e 2008.

O único jogador formado no clube a participar dos títulos foi o zagueiro Breno, negociado mais tarde com o Bayern de Munique. A maior aposta deste período, o meia Sérgio Mota, nunca conseguiu comprovar no profissional o sucesso que tinha nas divisões inferiores.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2014/01/muricy-tenta-combater-estrelismo-de-joias-vezes-se-acham-demais.html

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