Monterrey, do México, enfrentará o Raja Casablanca e seus ensandecidos torcedores em Agadir. Guangzhou de Conca e Al Ahly decidem quem encara o Bayern na semi
Se avançarem de fase, os torcedores do Raja já prometeram: farão Ronaldinho Gaúcho e companhia terem medo do caldeirão que poderá se tornar o Marrakesh Stadium, mais próximo de sua cidade – fica no meio do caminho até a cidade de Casablanca. De fato, o apoio irrestrito das arquibancadas é impressionante: na última quarta-feira, a empolgação contribuiu para que o time conseguisse o gol da vitória nos acréscimos sobre o Auckland City, da Nova Zelândia, na abertura do torneio.
Torcida do Raja Casablanca promete grande festa no
estádio (Foto: Getty Images)
Mas este não é o único assunto do dia. No mesmo estádio, mas mais cedo, às 14h30m (de Brasília), Guangzhou Evergrande e Al Ahly definirão quem será o rival do Bayern de Munique, talvez o maior favorito à conquista do Mundial – em jogo também com transmissão em Tempo Real do GloboEsporte.com.
Os chineses carregam suas esperanças na ótima fase de um trio bastante conhecido dos brasileiros: o meia Darío Conca, ex e futuro jogador do Fluminense, e os atacantes Muriqui, ex-Atlético-MG e Vasco, e Elkeson, ex-Botafogo. Do lado egípcio, é o veterano artilheiro Mohamed Aboutrika quem promete mais dar trabalho.
o 12º jogador
Torcida é uma das principais forças do Raja para o duelo (Foto: Getty Images)
Ainda assim, o técnico Faouzi Benzarti prefere não cair na armadilha. Há poucos dias no cargo, fez o seu papel de elogiar os fãs, mas espera que o Raja surpreenda o Monterrey também no campo.
– Os torcedores têm impacto importante, dão enorme apoio. Os consideramos também jogadores. Tenho a certeza de que irão fazer o papel deles e dar força. Podem estar em todos os cantos, como aconteceu quando o Auckland fez um gol. Mas não queremos deixar o Monterrey confiante. E para isso também temos que desestabilizá-los jogando futebol – disse o treinador tunisiano.
mexicanos com toque brasileiro
O Monterrey, por sua vez, busca confirmar o seu favoritismo mesmo sem entrar em campo de forma oficial há mais de um mês. Há um brasileiro no time: o meia Lucas Silva, ex-Botafogo, com experiência até em Mundiais passados. Em 2009, junto com o técnico José Cruz, acabou eliminado para o Barcelona na semifinal pelo Atlante.
– Eu me sinto mais forte, com mais experiência do que naquele momento. Depois daquela campanha, estou há dois anos e meio jogando na primeira divisão do México, enquanto naquele tempo estava na segunda. Estou mais maduro agora – disse Lucas Silva, de 29 anos.
Técnico José Cruz se diz inspirado por Guardiola
(Foto: Reuters)
Uma vitória significaria mais um passo – não definitivo – aos “Rayados” no sonho de enfrentarem o Bayern de Munique. O time alemão é um dos modelos do futebol atual na visão de José Cruz. Muito graças a seu treinador, o catalão Pep Guardiola, que já fez história em sua passagem com o Barça, inclusive no confronto que aconteceu nos Emirados Árabes e marcou a vida do mexicano.
– Ele (Guardiola) revolucionou o futebol num período de tempo muito curto. São adversários que deixam uma marca em você não só em campo, mas na vida. Pessoalmente tenho muita admiração por ele. Encarar um time como aquele, que então era considerado o melhor do mundo, foi algo que nos inspirou e nos motivou, nos fez ver o futebol de outra maneira – resumiu Cruz.
conca ou aboutrika?
Conca mostra tranquilidade durante treino do Guangzhou (Foto: Reuters)
Já os egípcios ainda vivem uma novela sobre o futuro de Mohamed Aboutrika, que anunciou sua aposentadoria. Muitos jornalistas, no entanto, acreditam que pela segunda vez a decisão possa ser modificada. O atacante é um dos maiores jogadores da história do país e, por ter grande influência – até mesmo política –, é visto como peça fundamental no futebol.
Aboutrika soma 38 gols pela seleção nacional, um deles deu o título ao Egito da Copa Africana de Nações, em 2008. Em Mundiais de Clubes, ele terá a oportunidade de se tornar o maior goleador de todos os tempos, já que está empatado com Lionel Messi, do Barcelona, e o brasileiro Denílson, ex-Pohang Steelers.
O seu sucesso aliado ao do Al Ahly ajudariam a levar a alegria no futebol para o povo local, desapontado com a eliminação para Gana nas eliminatórias para a Copa do Mundo. Vale lembrar que tampouco há uma competição oficial no Egito desde junho, ainda por conta dos desdobramentos da tragédia de Port Said, quando 79 pessoas morreram num campo de futebol.
– Começaram a duvidar da nossa geração, mas o nosso time já conseguiu muitas coisas. Tivemos o título da Copa Africana de Nações, e o Al Ahly ganhou a Liga dos Campeões da África seis vezes nos últimos anos. Grandes objetivos foram atingidos. Infelizmente não vamos para a Copa, mas esperamos dar essa oportunidade para compensar o país – encerrou o capitão Wael Gomaa.
Aboutrika treina com o Al Ahly antes de jogo decisivo
(Foto: AP)
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