A CRÔNICA
por
GLOBOESPORTE.COM
Se o Vasco cair, esse é o jogo que será mais lembrado; se a Ponte não
cair, idem. Vencendo o jogo contra um adversário direto, com um a mais
em campo durante boa parte do segundo tempo, o time carioca conseguiu
levar a virada em Campinas neste domingo. A Ponte, vibrante, guerreira,
ganhou por 2 a 1 e ultrapassou o adversário dentro da zona de
rebaixamento. O tamanho da vitória para a equipe campineira é
proporcional ao impacto para os cruz-maltinos da derrota. Diego Sacoman,
contra, colocou o Vasco na frente. A Macaca virou com Adrianinho e
Uendel.
Foi um jogo com erros de todos os tipos, de todas as formas. A partida teve repetidas falhas técnicas (cruzamentos tortos, erros de passe, imperícia em domínios), frouxidão na marcação, falha de goleiro e até destempero emocional. Nem a arbitragem ficou livre, visto que o gol do Vasco nasceu em um impedimento de Yotún. Adrianinho, muito mal marcado por Wendel, empatou. E Uendel virou em chute que foi aceito pelo goleiro Alessandro.
- Temos uma família aqui. Esse jogo foi uma vitória pessoal para mim, por tudo o que aconteceu no começo do jogo. Estou muito emocionado. É emocionante saber que teve gente que correu por mim. Fica até difícil falar. É um jogo que vai ficar marcado na minha carreira.
No Vasco, o goleiro Alessandro também falou sobre sua falha, mas apenas com lamento:
- É difícil. Estávamos com um a mais, deveríamos ter aproveitado, mas infelizmente nos fechamos demais e acabamos tomando o gol. Sem palavras. Aquela bola era defensável, mas estavam batendo sempre ali da entrada da área, com o campo molhado, acabou entrando.
Com o resultado, a Ponte Preta foi a 33 pontos, na 17ª colocação, à frente do Vasco no número de vitórias. Na próxima rodada, os cariocas recebem o Coritiba (outro jogo decisivo), e a equipe de Campinas visita o Criciúma (mais uma final).
Incomum
Um primeiro tempo que termina com 51m49s não pode ser normal. Com muitos erros, paralisações, lances estranhos e até um gol contra após impedimento, o Vasco conseguiu pular na frente no Moisés Lucarelli, em tarde que migrou do temporal para o sol forte em questão de segundos - e também recebeu um arco-íris. O lance que originou a vantagem carioca saiu aos 15 minutos. O peruano Yotún recebeu de Marlone em posição ilegal pela esquerda e mandou para a área. O zagueiro Diego Sacoman olhou para o bandeira, para ver se ele marcaria impedimento, e logo viu a bola rumando em sua direção. No susto, mandou contra o próprio gol.
Foi um período de mais erros do que acertos. Boa parte dos ataques foi uma resposta apressada a falhas cometidas pelo adversário segundos antes - e que também acabavam resultando em equívocos. A Ponte, com três atacantes, começou melhor e ameaçou em chute de Adrianinho. Mas o Vasco, no 4-4-2, logo equilibrou e passou a mandar bolas na área defendida por Roberto. A Macaca deu azar: perdeu seu principal jogador, o goleador William, com problema muscular no início da partida. Nos cruz-maltinos, o goleiro Alessandro chamou a atenção. Para o bem e para o mal. Soltou a bola três vezes no mesmo lance e até machucou o nariz na jogada, mas depois fez bela defesa em cabeceio de Sacoman.
A virada da Ponte
Até pela necessidade de buscar um placar melhor, a Ponte voltou melhor no segundo tempo. Chegou a ensaiar uma pressão, especialmente em jogadas aéreas - mas sempre prejudicada por repetidos erros técnicos. Pairou a impressão de que a Macaca poderia empatar. E aí Ferron não foi exatamente inteligente. Primeiro, deixou o braço no rosto de Yotún; depois, não satisfeito, deu uma peitada no peruano. Óbvio: foi expulso.
Mesmo com um a menos, a Ponte poderia ter empatado. Leonardo mandou uma patada de fora da área, Alessandro espalmou no susto, e Rildo, no rebote, obrigou o goleiro a fazer nova defesa. O Vasco reagiu. Thalles limpou o goleiro Roberto e mandou para Willie, que furou em bola. Nei, na sobra, mandou chute cruzado, mas a zaga cortou. Francismar, pouco depois, mandou um míssil na quina do travessão da Macaca.
Vencendo o jogo, com um a mais, o Vasco não teve capacidade de ampliar. E nem de segurar o empate. Pior ainda: levou a virada. Aos 34 minutos, Adrianinho passou como quis por Wendel (que virou de costas e depois não perseguiu o adversário) e mandou o chute no canto de Alessandro. Era o empate. Logo depois, Nei foi expulso. E aos 44 Uendel chutou de fora da área, e Alessandro caiu mal. Aceitou. Festa da Ponte Preta e enorme pancada para o Vasco.
Foi um jogo com erros de todos os tipos, de todas as formas. A partida teve repetidas falhas técnicas (cruzamentos tortos, erros de passe, imperícia em domínios), frouxidão na marcação, falha de goleiro e até destempero emocional. Nem a arbitragem ficou livre, visto que o gol do Vasco nasceu em um impedimento de Yotún. Adrianinho, muito mal marcado por Wendel, empatou. E Uendel virou em chute que foi aceito pelo goleiro Alessandro.
saiba mais
Diego Sacoman, que marcou um gol contra pela segunda rodada seguida
(havia feito para o Fluminense), foi carregado nos braços por torcedores
após a vitória. E se emocionou:- Temos uma família aqui. Esse jogo foi uma vitória pessoal para mim, por tudo o que aconteceu no começo do jogo. Estou muito emocionado. É emocionante saber que teve gente que correu por mim. Fica até difícil falar. É um jogo que vai ficar marcado na minha carreira.
No Vasco, o goleiro Alessandro também falou sobre sua falha, mas apenas com lamento:
- É difícil. Estávamos com um a mais, deveríamos ter aproveitado, mas infelizmente nos fechamos demais e acabamos tomando o gol. Sem palavras. Aquela bola era defensável, mas estavam batendo sempre ali da entrada da área, com o campo molhado, acabou entrando.
Com o resultado, a Ponte Preta foi a 33 pontos, na 17ª colocação, à frente do Vasco no número de vitórias. Na próxima rodada, os cariocas recebem o Coritiba (outro jogo decisivo), e a equipe de Campinas visita o Criciúma (mais uma final).
Em jogo de enorme pobreza técnica, Ponte consegue virada heroica
(Foto: Rodrigo Villalba / Agência Estado)
Um primeiro tempo que termina com 51m49s não pode ser normal. Com muitos erros, paralisações, lances estranhos e até um gol contra após impedimento, o Vasco conseguiu pular na frente no Moisés Lucarelli, em tarde que migrou do temporal para o sol forte em questão de segundos - e também recebeu um arco-íris. O lance que originou a vantagem carioca saiu aos 15 minutos. O peruano Yotún recebeu de Marlone em posição ilegal pela esquerda e mandou para a área. O zagueiro Diego Sacoman olhou para o bandeira, para ver se ele marcaria impedimento, e logo viu a bola rumando em sua direção. No susto, mandou contra o próprio gol.
Foi um período de mais erros do que acertos. Boa parte dos ataques foi uma resposta apressada a falhas cometidas pelo adversário segundos antes - e que também acabavam resultando em equívocos. A Ponte, com três atacantes, começou melhor e ameaçou em chute de Adrianinho. Mas o Vasco, no 4-4-2, logo equilibrou e passou a mandar bolas na área defendida por Roberto. A Macaca deu azar: perdeu seu principal jogador, o goleador William, com problema muscular no início da partida. Nos cruz-maltinos, o goleiro Alessandro chamou a atenção. Para o bem e para o mal. Soltou a bola três vezes no mesmo lance e até machucou o nariz na jogada, mas depois fez bela defesa em cabeceio de Sacoman.
A virada da Ponte
Até pela necessidade de buscar um placar melhor, a Ponte voltou melhor no segundo tempo. Chegou a ensaiar uma pressão, especialmente em jogadas aéreas - mas sempre prejudicada por repetidos erros técnicos. Pairou a impressão de que a Macaca poderia empatar. E aí Ferron não foi exatamente inteligente. Primeiro, deixou o braço no rosto de Yotún; depois, não satisfeito, deu uma peitada no peruano. Óbvio: foi expulso.
Mesmo com um a menos, a Ponte poderia ter empatado. Leonardo mandou uma patada de fora da área, Alessandro espalmou no susto, e Rildo, no rebote, obrigou o goleiro a fazer nova defesa. O Vasco reagiu. Thalles limpou o goleiro Roberto e mandou para Willie, que furou em bola. Nei, na sobra, mandou chute cruzado, mas a zaga cortou. Francismar, pouco depois, mandou um míssil na quina do travessão da Macaca.
Vencendo o jogo, com um a mais, o Vasco não teve capacidade de ampliar. E nem de segurar o empate. Pior ainda: levou a virada. Aos 34 minutos, Adrianinho passou como quis por Wendel (que virou de costas e depois não perseguiu o adversário) e mandou o chute no canto de Alessandro. Era o empate. Logo depois, Nei foi expulso. E aos 44 Uendel chutou de fora da área, e Alessandro caiu mal. Aceitou. Festa da Ponte Preta e enorme pancada para o Vasco.
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