Perto do Dia
Mundial do Combate à Osteoporose, oposto do Osasco ensina receitas para
ajudar na luta contra doença e mostra desenvoltura
Por João Gabriel Rodrigues
São Paulo
Mais nova, Sheilla
não se interessava muito pela cozinha. Não faltava, porém, incentivo.
Filha de um chef, a oposto do Osasco se dedicava apenas a aproveitar as
delícias que seu pai cozinhava. Mas, depois de uma temporada na Itália, a
jogadora mudou de ideia. Aprendeu a se arriscar com massas e risotos,
entre outros pratos. Nesta terça-feira, a jogadora aproveitou a folga
para cozinhar, mas por uma boa causa. Com a proximidade do Dia Mundial
de Combate à Osteoporose (20 de outubro), a bicampeã olímpica se juntou
ao técnico Luizomar de Moura para mostrar receitas que ajudam na luta
contra a doença.
Sheilla se arrisca no fogão e ensina receitas para
combater osteoporose (Foto: João Pires/FotoJump/Divulgação)
E Sheilla mostrou desenvoltura. Com a ajuda de uma cozinheira
profissional, a jogadora misturava os ingredientes com autoridade e
chegava a dar dicas. Começou com uma torta de legumes, passou por um flã
de iogurte com calda de morango e fechou com uma vitamina de framboesa e
folhas de manjericão. E se surpreendeu com a facilidade.
Enquanto Sheilla mostra talento, Luizomar observa
(Foto: João Pires/FotoJump/Divulgação)
- Torta eu nunca tinha feito. Sempre soube que era fácil fazer torta de
liquidificador, não a de massa folheada, que é difícil porque eu já
tentei (risos). Mais risoto, massa, peixe. Não sei variar tanto, mas
hoje tudo tem na internet. É só pegar. Aprendi risoto e massa na Itália,
mas é só usar a criatividade para mexer nas receitas. Eu acho que, para
isso, tenho criatividade. Não como meu pai. Às vezes não tem nada na
geladeira, ele pega e faz algo bem gostoso – disse a jogadora, que
esteve em quadra na derrota para o Sesi-SP, pelo Campeonato Paulista, na noite anterior.
Ao lado, Luizomar apenas observava. “A Sheilla está mostrando muito
talento”, se brincou. No máximo, misturava os ingredientes no
liquidificador. Era Sheilla quem comandava as ações. No fim, aprovou as
receitas.
- Foi muito fácil. Já mandaram as receitas antes, estudei um pouco (risos). Ficaram bem gostosos. O suco também – disse.
Sheilla recebe dicas de cozinheira (Foto: João Pires/FotoJump/Divulgação)
Sheilla não foge da cozinha em casa. Costuma dividir com o marido,
Brenno Blassioli, ex-jogador de basquete e atual assistente técnico do
Pinheiros, a função de preparar as refeições do casal. “Ele faz, eu
faço. Ele sabe fazer algumas coisinhas, morou sozinho um tempo na
Itália”. Depois de anos sem se interessar por culinária, agora gosta de
se arriscar mais.
Sheilla e Luizomar experimentam as comidas
(Foto: João Pires/FotoJump/Divulgação )
- Depois de velha, comecei a me interessar mais. Antes, nem queria
saber. Nem com meu pai, nem minha avó. Hoje me interesso muito mais –
afirmou.
O mais importante, porém, era o combate à doença. Todas as receitas
levavam leite, fonte de cálcio e importante na luta contra a
osteoporose.
- A prevenção começa desde neném. Todo mundo tem de prevenir desde bem
novinho. Como atletas, podemos passar coisas desde pequeno. Minha avó
tem osteoporose, minha tia também teve. Então, é muito importante.
Luizomar concorda. Para o treinador, o atleta é importante na tentativa
de informar a população de medidas importantes no combate à doença.
- O esporte é uma ferramenta infinita de informações. Além da
disciplina, do cuidado. Atletas são importantes, milhares de seguidores.
E estão engajadas em, além de fazer o que sabem, passar essa lição.
Sheilla e Luizomar ficaram satisfeitos com resultado
(Foto: João Pires/FotoJump/Divulgação )
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