Após quatro
jogos sem marcar, Corinthians encerra jejum, vence em Itu e abre oito
pontos do Tigre catarinense, primeiro time na zona da degola
A CRÔNICA
por
Diego Ribeiro
Foi um golzinho só. De cabeça. Em lance de bola parada. Mas muito
valioso para quem não marcava nada havia quatro rodadas e já via o
fantasma do rebaixamento se aproximando. Com um gol de Alexandre Pato, o
Corinthians venceu o Criciúma em Itu, na noite deste sábado, e abriu
oito pontos da zona da degola, encabeçada pelo próprio time catarinense.
A vitória se deu com a mudança de postura tão cobrada por torcedores e
até pelos dirigentes. O Corinthians foi mais brioso do que o normal.
Lutou desde o início. Foi incisivo. E chutou a gol. Parece simples,
mandamento básico de escolinha de futebol. Mas quem não chuta não marca.
E o Corinthians não vinha chutando. Contra o Atlético-PR, por exemplo,
foram só cinco finalizações. Diante do Atlético-MG, seis. Mas ante o
Criciúma, 13 finalizações só no primeiro tempo - 18 no total. Com tanto
volume, lógico que a bola iria entrar.
Azar do Criciúma. O time do técnico Argel se propôs a apenas se defender durante todo o primeiro tempo. Quando saiu para o jogo, após o gol de Pato, até criou chances, mas não conseguiu o empate e terminará mais uma rodada na zona do rebaixamento - já são oito consecutivas.
A grande baixa para o Corinthians foi a lesão de Cássio. O goleiro não esteve numa noite feliz. Depois de passar mal durante o aquecimento, sentiu dores no joelho direito num lance de reposição de bola. Foi substituído por Walter ainda aos 20 minutos do primeiro tempo e já foi vetado pelos médicos para o jogo de quarta-feira contra o Grêmio, em Porto Alegre, pelas quartas de final da Copa do Brasil.
Pelo Brasileirão, o Corinthians faz o clássico contra o Santos no próximo domingo, em Araraquara. No sábado, o Criciúma encara o líder Cruzeiro, no Mineirão.
O jogo deste sábado foi em Itu por conta de uma punição do STJD ao Corinthians pela briga de torcedores em partida contra o Vasco, em Brasília. O público foi de 14.788 pagantes, com renda de R$ 382.295,00.
Blitz corintiana
É evidente que os dois times precisavam da vitória, mas era do Corinthians que se esperava maior volume de jogo. Após quatro jogos sem um golzinho sequer, e muita pressão sobre os jogadores e o técnico Tite, o atual campeão mundial tratou de se impor diante de um assustado Criciúma. Foram pelo menos três chances de gol logo nos 10 primeiros minutos. No total, foram 13 finalizações contra duas dos catarinenses no primeiro tempo. Faltou o gol. Só para variar.
Tite mexeu na formação. Douglas estava mais recuado do que de costume,
na tentativa de fugir da marcação dos volantes adversários. Deu certo.
Como os cabeças-de-área subiam atrás do armador corintiano, um buraco
surgiu à frente da zaga do Criciúma. Edenilson foi quem melhor
aproveitou essa brecha, cortando da direita para dentro, e contando com o
apoio de Alessandro nas jogadas de linha de fundo. Pato também não se
limitou a esperar a bola na área e caiu pelas pontas em algumas
oportunidades. Essa movimentação confundiu a marcação do Criciúma. Mas o
goleiro Galatto tratou de salvar o time visitante.
O Tigre catarinense jogava pelo contragolpe. Teve apenas 36% de posse de bola na etapa inicial. E nenhuma criatividade. A única boa chance foi aos 19 - Lins foi lançado e tocou na saída de Cássio, mas o gol foi anulado por impedimento, de forma correta. No mais, Lins e Marcel permaneceram isolados, à espera de uma estourão da defesa ou de um lance de bola parada. Muito pouco para quem está na zona do rebaixamento desde a 22ª rodada.
Tudo ou nada
Renato Augusto, recuperado de uma lesão no joelho direito, entrou no time após o intervalo, no lugar de Alessandro (Edenilson retornou para a lateral). Era a aposta de Tite para fazer do Corinthians uma equipe ainda mais incisiva. A alteração não deu resultado logo de cara. Mas o gol acabou surgindo num lance de bola parada.
Aos 14, Douglas cobrou escanteio da esquerda, Gallatto ficou plantado em cima da risca e a bola cruzou a pequena área até encontrar o desvio de Pato. Na comemoração, todo o elenco corintiano se abraçou.
Depois disso, o Criciúma resolveu jogar. Argel mexeu no time - entraram Elton, André Gava e Douglas, saíram Ricardinho, Ivo e Marcel. O Tigre passou a ter mais posse e velocidade na saída de bola. Lins teve duas boas chances. Mas falhou. O Corinthians soube se segurar na defesa, como uma equipe ciente de suas limitações e do momento difícil, e saiu com a vitória que o afasta da zona do rebaixamento, pesadelo vivido pelo Criciúma desde a 22ª rodada.
Pato comemora o único gol do jogo em Itu (Foto: Marcos Ribolli)
Azar do Criciúma. O time do técnico Argel se propôs a apenas se defender durante todo o primeiro tempo. Quando saiu para o jogo, após o gol de Pato, até criou chances, mas não conseguiu o empate e terminará mais uma rodada na zona do rebaixamento - já são oito consecutivas.
A grande baixa para o Corinthians foi a lesão de Cássio. O goleiro não esteve numa noite feliz. Depois de passar mal durante o aquecimento, sentiu dores no joelho direito num lance de reposição de bola. Foi substituído por Walter ainda aos 20 minutos do primeiro tempo e já foi vetado pelos médicos para o jogo de quarta-feira contra o Grêmio, em Porto Alegre, pelas quartas de final da Copa do Brasil.
Pelo Brasileirão, o Corinthians faz o clássico contra o Santos no próximo domingo, em Araraquara. No sábado, o Criciúma encara o líder Cruzeiro, no Mineirão.
O jogo deste sábado foi em Itu por conta de uma punição do STJD ao Corinthians pela briga de torcedores em partida contra o Vasco, em Brasília. O público foi de 14.788 pagantes, com renda de R$ 382.295,00.
Pato tenta passar pela marcação tripla do Criciúma
(Foto: Marcos Ribolli/GloboEsporte.com)
É evidente que os dois times precisavam da vitória, mas era do Corinthians que se esperava maior volume de jogo. Após quatro jogos sem um golzinho sequer, e muita pressão sobre os jogadores e o técnico Tite, o atual campeão mundial tratou de se impor diante de um assustado Criciúma. Foram pelo menos três chances de gol logo nos 10 primeiros minutos. No total, foram 13 finalizações contra duas dos catarinenses no primeiro tempo. Faltou o gol. Só para variar.
Cássio sai machucado (Foto: Marcos Ribolli)
O Tigre catarinense jogava pelo contragolpe. Teve apenas 36% de posse de bola na etapa inicial. E nenhuma criatividade. A única boa chance foi aos 19 - Lins foi lançado e tocou na saída de Cássio, mas o gol foi anulado por impedimento, de forma correta. No mais, Lins e Marcel permaneceram isolados, à espera de uma estourão da defesa ou de um lance de bola parada. Muito pouco para quem está na zona do rebaixamento desde a 22ª rodada.
Douglas luta pela bola no meio-de-campo (Foto: Marcos Ribolli)
Renato Augusto, recuperado de uma lesão no joelho direito, entrou no time após o intervalo, no lugar de Alessandro (Edenilson retornou para a lateral). Era a aposta de Tite para fazer do Corinthians uma equipe ainda mais incisiva. A alteração não deu resultado logo de cara. Mas o gol acabou surgindo num lance de bola parada.
Aos 14, Douglas cobrou escanteio da esquerda, Gallatto ficou plantado em cima da risca e a bola cruzou a pequena área até encontrar o desvio de Pato. Na comemoração, todo o elenco corintiano se abraçou.
Depois disso, o Criciúma resolveu jogar. Argel mexeu no time - entraram Elton, André Gava e Douglas, saíram Ricardinho, Ivo e Marcel. O Tigre passou a ter mais posse e velocidade na saída de bola. Lins teve duas boas chances. Mas falhou. O Corinthians soube se segurar na defesa, como uma equipe ciente de suas limitações e do momento difícil, e saiu com a vitória que o afasta da zona do rebaixamento, pesadelo vivido pelo Criciúma desde a 22ª rodada.
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