Atendido em Houston,
brasileiro é liberado após tomografia não acusar dano cerebral. Ele
achou que havia perdido no segundo round, em vez do quinto
Por Evelyn Rodrigues, Ivan Raupp e Marcelo Russio
Direto de Houston, EUA
A segunda derrota para Cain Velásquez teve para Junior Cigano um final
parecido com o da luta acontecida em dezembro de 2012. Após deixar
escapar a chance de reconquistar o cinturão dos pesos-pesados, o
brasileiro teve de ser encaminhado a um hospital na cidade de Houston,
nos EUA, por conta do duro castigo aplicado pelo americano durante os
cinco rounds do duelo. Segundo sua equipe, Cigano não se lembrava de boa
parte da luta ao chegar ao centro médico e achava ter sido nocauteado
no segundo round, sendo que na realidade o nocaute técnico ocorreu no
quinto assalto. O lutador também não se recordava de ter conversado com o
apresentador Joe Rogan após o combate e teria feito boa parte da luta
no que se chama de "piloto automático".
Ainda recebendo suturas nos cortes que tinha no rosto e na orelha, Cigano gravou uma mensagem para o Combate.com, dizendo como estava se sentindo:
- Estou me sentindo bem. Vim para o hospital dar alguns pontos no corte
que eu sofri. A dor é só no coração, por não ter conseguido ter uma boa
performance no octógono. Agora o negócio é voltar para a academia e
treinar mais, me dedicar mais para voltar mais forte do que nunca e,
quem sabe um dia, voltar a disputar o cinturão e, se Deus quiser, poder
honrar a torcida de todos que acreditam em mim - disse o ex-campeão
peso-pesado do Ultimate.
Hospital para o qual Cigano foi levado após perder
para Velásquez em Houston (Foto: Marcelo Russio)
Ainda segundo sua equipe, Cigano foi atendido inicialmente no Toyota
Center por um médico da Comissão Atlética do Texas, que pediu que ele
fosse levado ao hospital para fazer uma tomografia da cabeça. O objetivo
seria verificar se houve algum dano mais sério na região, como uma
fratura crânio-facial ou sangramento intracraniano, que não foram
detectados. Apesar de estar com alguns inchaços no rosto, o atleta
estava de bom humor, brincando com enfermeiros e médicos do hospital, e
foi liberado ainda na madrugada de sábado para domingo. As suturas
feitas foram no supercílio direito e na orelha esquerda, que sofreu
apenas um corte superficial. Cigano preferiu não se deixar fotografar no
hospital.
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