domingo, 20 de outubro de 2013

No hospital, Cigano esquece parte da luta e afirma: 'A dor é só no coração'

Atendido em Houston, brasileiro é liberado após tomografia não acusar dano cerebral. Ele achou que havia perdido no segundo round, em vez do quinto

Por Direto de Houston, EUA

A segunda derrota para Cain Velásquez teve para Junior Cigano um final parecido com o da luta acontecida em dezembro de 2012. Após deixar escapar a chance de reconquistar o cinturão dos pesos-pesados, o brasileiro teve de ser encaminhado a um hospital na cidade de Houston, nos EUA, por conta do duro castigo aplicado pelo americano durante os cinco rounds do duelo. Segundo sua equipe, Cigano não se lembrava de boa parte da luta ao chegar ao centro médico e achava ter sido nocauteado no segundo round, sendo que na realidade o nocaute técnico ocorreu no quinto assalto. O lutador também não se recordava de ter conversado com o apresentador Joe Rogan após o combate e teria feito boa parte da luta no que se chama de "piloto automático".
Ainda recebendo suturas nos cortes que tinha no rosto e na orelha, Cigano gravou uma mensagem para o Combate.com, dizendo como estava se sentindo:

- Estou me sentindo bem. Vim para o hospital dar alguns pontos no corte que eu sofri. A dor é só no coração, por não ter conseguido ter uma boa performance no octógono. Agora o negócio é voltar para a academia e treinar mais, me dedicar mais para voltar mais forte do que nunca e, quem sabe um dia, voltar a disputar o cinturão e, se Deus quiser, poder honrar a torcida de todos que acreditam em mim - disse o ex-campeão peso-pesado do Ultimate.

Hospital para o qual Cigano foi levado após perder para Velásquez em Houston (Foto: Marcelo Russio) 
Hospital para o qual Cigano foi levado após perder
para Velásquez em Houston (Foto: Marcelo Russio)
 
Ainda segundo sua equipe, Cigano foi atendido inicialmente no Toyota Center por um médico da Comissão Atlética do Texas, que pediu que ele fosse levado ao hospital para fazer uma tomografia da cabeça. O objetivo seria verificar se houve algum dano mais sério na região, como uma fratura crânio-facial ou sangramento intracraniano, que não foram detectados. Apesar de estar com alguns inchaços no rosto, o atleta estava de bom humor, brincando com enfermeiros e médicos do hospital, e foi liberado ainda na madrugada de sábado para domingo. As suturas feitas foram no supercílio direito e na orelha esquerda, que sofreu apenas um corte superficial. Cigano preferiu não se deixar fotografar no hospital.

Banner Combate (Foto: Combate)
 

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