domingo, 29 de setembro de 2013

Náutico desencanta e agrava a crise do Coritiba na Arena PE: 3 a 0

Alvirrubro volta a vencer e foge da pior sequência da era dos pontos corridos na Série A do Campeonato Brasileiro

 A CRÔNICA

por GLOBOESPORTE.COM

Há exatos dois meses, em 28 julho, o Náutico atropelou o Internacional na Arena Pernambuco por 3 a 0. Desde então, amargou 14 rodadas de jejum. Faltou um jogo para igualar a maior sequência sem vitória da era dos pontos corridos na Série A. Neste sábado, o Timbu voltou a se inspirar. A vitória por 3 a 0 sobre o Coritiba mostrou quanto o técnico Marcelo Martelotte tem feito bem ao Alvirrubro - foi a segunda partida sob o seu comando. E agravou a crise do Coxa, agora há cinco rodadas sem vencer no Brasileirão e cada vez mais longe do G-4. Após a partida, o presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, descartou a contratação do técnico Caio Junior. Segundo ele, as exigências do treinador de levar sua comissão técnica impediram a negociação.

Maikon Leite voltou a brilhar, com dois gols e uma bela atuação. Dadá marcou o outro. Maikon também havia balançado a rede naquela vitória sobre o Internacional e, na última quarta-feira, quando o Timbu fez boa apresentação no empate com o Santos, em 1 a 1, na Vila Belmiro. Com o resultado, o time pernambucano chegou aos 14 pontos, ainda afundado na lanterna e longe de sonhar com uma saída da zona de rebaixamento. O Coxa aparece em 13º lugar, com 31 pontos, cada vez mais distante do G-4.


Náutico x Coritiba (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Olivera comemora o primeiro gol alvirrubro na Arena Pernambuco (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)

Na próxima rodada, o Náutico encara a Ponte Preta, nesta terça-feira, no Moisés Lucarelli, enquanto o Coritiba recebe o Flamengo, quarta, no Couto Pereira. Até lá, o Coxa deve anunciar o nome do novo treinador. Neste sábado, o interino Marcelo Serrano assumiu a vaga deixada por Marquinhos Santos, demitido após a derrota para o Ituagüí, dentro de casa, pela Copa Sul-Americana.

Superioridade alvirrubra
Ao fim do primeiro tempo, a sensação para o torcedor alvirrubro foi a mesma do jogo de quarta-feira, na Vila Belmiro: o empate deixou um gostinho de lamentação. Maikon Leite, destaque individual do primeiro tempo, voltou a dar as cartas no setor ofensivo.

Foram quatro boas defesas de Vaná, duas delas em finalizações de Maikon Leite, aos 18 e aos 32 minutos. Aos sete, Dadá obrigou o arqueiro do Coxa a se esticar todo para desviar a bola. Os números mentiram. Pelo menos o percentual de posse de bola -  59% contra 41% a favor do Coritiba - não traduziu o que se viu dentro de campo.

As ações ofensivas do Coxa se resumiram a dois chutes perigosos do apagado Alex. O primeiro logo aos cinco minutos. O segundo, mais perigoso, aos 41, exigindo boa defesa de Gideão. Entre uma finalização e outra ele não conseguiu ser aquele maestro a ditar o ritmo de sua equipe. Inofensivo no ataque e vulnerável na defesa, o Coxa aceitou a postura mais impetuosa do adversário.

Enfim, bola na rede

A primeira medida de Martelotte no intervalo foi abrir mão de uma aposta. Saiu o garoto João Paulo, de apenas 17 anos, e entrou o experiente Olivera. Jogador de área, o uruguaio vinha sendo subutilizado há varias rodadas, esquecido na reserva. Bastaram cinco minutos em campo para mostrar por que merece mais chances no time. Numa bola levantada por Tiago Real, o uruguaio subiu no meio da área do Coxa e testou firme para ras redes. Náutico 1 a 0.


O gol fez justiça à maior iniciativa do Timbu desde os primeiros minutos de jogo. Depois dele, narturalmente, o Coxa passou a tentar agredir mais. Aos 15, porém, Escudero recebeu o segundo cartão amarelo por uma entrada forte em Martinez no meio do campo e foi expulso. Com um a menos, a situação ficou ainda mais difícil para o Coritiba. O interino Marcelo Serrano mexeu três vezes. Saíram Bottinelli, Vitor Junior e Bill para as entradas de Dudu Figueiredo, Lincoln e Emerson Santos, respectivamente.

Náutico x Coritiba (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Maikon Leite voltou a fazer a diferença, desta vez com dois gols (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
Aos 25, Alex deixou Robinho cara a cara com Gideão. Foi a melhor chance desperdiçada pelo time paranaense. Crucial. Porque seis minutos depois, Maikon Leite tratou de ampliar a vantagem alvirrubra. Após passe de Dadá, ele deu um toque sutil na saída do goleiro.

No fim, Morales, que substituiu Tiago Real, quase marcou um golaço e ainda ajudou a fechar o placar. No primeiro lance, deu um drible dentro da área e deixou o adversário sentado no chão. Minutos depois, pela esquerda, passou por dois adversários e tocou para Maikon Leite pegar de primeira e marcar o terceiro do Timbu. A torcida alvirrubra voltou a festejar. Estava quebrada uma das sequências mais negativas da história do Clube Náutico Capibaribe.


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