Número 1 do Brasil 1 e 16 do mundo em duplas, mineiro disputou cinco torneios com companheiros diferentes no circuito mundial em 2013
Quando separou-se de Bruno Soares no fim de 2011, Marcelo Melo
vislumbrou dias complicados pela frente. Teria de começar 2012 sem um
parceiro fixo, jogando com tenistas diferentes e gastando tempo para
encontrar atletas disponíveis em cada semana do circuito mundial. Ao
contrário das expectativas, a vida de duplista nômade deu certo. Tão
certo que, mesmo por acaso, o mineiro já estabelece um recorde
extraoficial: disputou os cinco primeiros torneios de 2013 com parceiros
diferentes - marca que nenhum top 100 iguala.
Não que seja um objetivo de Melo, atual número 1 do Brasil e 16 do
mundo, superar a marca de dez parceiros diferentes que atingiu no ano
passado. A ideia é jogar mais com o croata Ivan Dodig, com quem alcançou
as quartas em Wimbledon e Roland Garros/2012, mas nem sempre os
calendários de ambos coincidem, já que Dodig ainda concentra seus
esforços no circuito de simples. Mesmo assim, Melo não tem muito do que
reclamar. Este ano, ocupando o melhor ranking de sua carreira, já
conquistou um título ao lado de Tommy Robredo. O segredo para o sucesso
sem parceiro fixo? O mineiro explica: tranquilidade.
- Posso dizer que sou muito flexível dentro de quadra. Sou muito tranquilo. Se o parceiro quiser cruzar e tomar passada, não tem problema para mim. Na dupla, você tem que jogar junto com o cara. Não adianta ficar reclamando e fazendo cara feia. Muitas vezes o cara fica nervoso e eu suporto. Não mostro que fiquei bravo porque ele ficou bravo. Vamos jogar? Vamos! Vamos aquecer? Vamos. Tem que acordar 9h da manhã? Vamos. Não tem problema. Sou meio assim. Vamos fazer isso? Vamos. Não tem nunca um não. Isso ajuda. Às vezes os jogadores de simples ficam sérios demais. Eu não sou muito assim quando jogo com um cara de simples. Faço o meu jogo, ajudo aqui, e não tem aquela pressão de, se perder, caiu a casa.
Qualquer duplista responde rápido: a maior de dificuldade ao trocar de parceiro toda semana é a falta de entrosamento. Com o mineiro de 29 anos, não é diferente. O treino para o primeiro jogo é quase sempre na base da conversa.
- O entrosamento é praticamente zero. Na primeira vez que eu joguei com o Ivan, nunca tinha batido bola com ele. Você não sabe se, de repente você cruza e leva uma passada, se o parceiro vai ficar nervoso. Às vezes tem um jogador que fica mais nervoso. Às vezes tem um jogador como o Tommy (Robredo), que diz "eu vou fazer esse negócio aqui e você fica lá". Tem que ter essas conversas. O Tommy devolve e gosta de ficar na direita. Não tem por que eu cruzar tanto na rede porque ele bate bem de direita. Tem uns jogadores que preferem que você cruze para não baterem tanto na bola. É difícil porque você não treina com o cara.
Cabeça de chave 1 no Aberto do Brasil
Em São Paulo, no Aberto do Brasil, Marcelo Melo repetirá parceiro pela primeira vez em 2013. O mineiro jogará ao lado do italiano Daniele Bracciali, com quem esteve no ATP 250 de Viña del Mar (Chile), na última semana. Os dois também jogaram juntos no ATP 250 de Kuala Lumpur no ano passado, quando alcançaram as semifinais. Cabeça de chave número 1, Melo mostra-se animado para lutar por vitórias em São Paulo.
- É muito boa a expectativa. Treinei bem, a quadra está rápida, e com o Bracciali a gente jogou bem em Kuala Lumpur. Em Viña eu cheguei muito em cima, as condições eram muito diferentes das da Davis (Melo jogou dias antes em Jacksonville, em quadra dura) e meu jogo não encaixou muito bem. Agora a gente vai ter tempo para treinar. Normalmente jogo bem no Brasil. Vamos ver se a gente consegue ganhar um, dois jogos.
Ainda sem data definida, Melo e Bracciali estrearão contra os brasileiros Thomaz Bellucci e João Souza, o Feijão. O SporTV exibe o Abarto do Brasil ao vivo.
FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/aberto-de-tenis-do-brasil/noticia/2013/02/recordista-de-parceiros-melo-dita-receita-para-o-sucesso-sou-flexivel.html
Marcelo Melo teve tempo para treinar ao lado de Daniele Bracciali em SP (Foto: Gaspar Nobrega / Inovafoto)
- Posso dizer que sou muito flexível dentro de quadra. Sou muito tranquilo. Se o parceiro quiser cruzar e tomar passada, não tem problema para mim. Na dupla, você tem que jogar junto com o cara. Não adianta ficar reclamando e fazendo cara feia. Muitas vezes o cara fica nervoso e eu suporto. Não mostro que fiquei bravo porque ele ficou bravo. Vamos jogar? Vamos! Vamos aquecer? Vamos. Tem que acordar 9h da manhã? Vamos. Não tem problema. Sou meio assim. Vamos fazer isso? Vamos. Não tem nunca um não. Isso ajuda. Às vezes os jogadores de simples ficam sérios demais. Eu não sou muito assim quando jogo com um cara de simples. Faço o meu jogo, ajudo aqui, e não tem aquela pressão de, se perder, caiu a casa.
Qualquer duplista responde rápido: a maior de dificuldade ao trocar de parceiro toda semana é a falta de entrosamento. Com o mineiro de 29 anos, não é diferente. O treino para o primeiro jogo é quase sempre na base da conversa.
- O entrosamento é praticamente zero. Na primeira vez que eu joguei com o Ivan, nunca tinha batido bola com ele. Você não sabe se, de repente você cruza e leva uma passada, se o parceiro vai ficar nervoso. Às vezes tem um jogador que fica mais nervoso. Às vezes tem um jogador como o Tommy (Robredo), que diz "eu vou fazer esse negócio aqui e você fica lá". Tem que ter essas conversas. O Tommy devolve e gosta de ficar na direita. Não tem por que eu cruzar tanto na rede porque ele bate bem de direita. Tem uns jogadores que preferem que você cruze para não baterem tanto na bola. É difícil porque você não treina com o cara.
Cabeça de chave 1 no Aberto do Brasil
Em São Paulo, no Aberto do Brasil, Marcelo Melo repetirá parceiro pela primeira vez em 2013. O mineiro jogará ao lado do italiano Daniele Bracciali, com quem esteve no ATP 250 de Viña del Mar (Chile), na última semana. Os dois também jogaram juntos no ATP 250 de Kuala Lumpur no ano passado, quando alcançaram as semifinais. Cabeça de chave número 1, Melo mostra-se animado para lutar por vitórias em São Paulo.
- É muito boa a expectativa. Treinei bem, a quadra está rápida, e com o Bracciali a gente jogou bem em Kuala Lumpur. Em Viña eu cheguei muito em cima, as condições eram muito diferentes das da Davis (Melo jogou dias antes em Jacksonville, em quadra dura) e meu jogo não encaixou muito bem. Agora a gente vai ter tempo para treinar. Normalmente jogo bem no Brasil. Vamos ver se a gente consegue ganhar um, dois jogos.
Ainda sem data definida, Melo e Bracciali estrearão contra os brasileiros Thomaz Bellucci e João Souza, o Feijão. O SporTV exibe o Abarto do Brasil ao vivo.
FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/aberto-de-tenis-do-brasil/noticia/2013/02/recordista-de-parceiros-melo-dita-receita-para-o-sucesso-sou-flexivel.html
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